quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Cap. 100


             Capitulo 100


 Aviso: Este capítulo contém cenas de sexo. Se você se sente desconfortável, não leia =P  


_Pra onde você tá me levando Vih? – Luciana perguntou olhando pra estrada.
_Surpresa é surpresa, não estraga Lu.

   Pelo caminho ela pode deduzir para onde estavam indo e sim, Victor parou de frente para o imenso portão da fazenda hortense.

_Mas... Pensei que tinham vendido.
_Não, digamos que ela estava de reforma.

   Entraram na fazenda e assim que Luciana desceu do veículo sorriu, inúmeras vezes foi para aquela fazenda, algumas na companhia de Tatianna e Leo, outras só na companhia dele. Aquele vento serpenteava seu cabelo de uma maneira gostosa, amava o cheiro da grama.

_Agora isso aqui será o nosso cantinho. – Abraçou-a por trás.
_Como assim?
_Sempre que quisermos descansar esse será o nosso canto, tô louco pra trazer a Gabi aqui.
_Ela vai amar.

   Ficaram em silencio, admirando aquele local, com os braços envoltos da cintura de Luciana, ela entrelaçou as suas mãos nas dele, aquele carinho que mesmo sem se falarem os corpos de ambos já conversavam.

_Vamos andar de cavalo?
_Não Victor, eu tenho medo.
_Sempre medrosa. Vem comigo.

   Foram até a baia de cavalos, durante o caminho pareciam dois adolescentes, paravam para beijarem-se, andavam de mãos dadas. Ao chegar no local, Victor reservou dois cavalos, porém, Luciana ficou séria.

_Não vou montar. Tenho medo.
_Tomara que a Gabi não puxe a mãe. Vem comigo.

   A ajudou a subir no cavalo e em seguida montou, passearam pela fazenda e por incrível que pareça Luciana estava gostando. Pararam em uma arvore e desceram para sentarem no chão, entre beijos e abraços, conversas e carinhos, Luciana olhou para o céu.

_Vih, acho que vai chover.
_Impossível Morena
_Olha pro céu se armando. Melhor voltarmos.

   Na volta para o estábulo algumas gotas de chuva já estavam caindo, Victor acelerou os movimentos do cavalo mas acabaram pegando o começo da chuva.

_Olha isso Vih, tô toda molhada – Olhou para o próprio corpo.
_Está perfeitamente linda.
_Vamos voltar, pegamos o carro e voltamos pra fazenda onde todos estão.

   A chuva estava forte e Luciana saiu correndo na frente, Victor ganhou mais velocidade na carreira e agarrou-a por trás, acabaram caindo na grama, ele por cima dela.

_Você é louco.
_Louco por você.

   Beijaram-se com bastante vontade e precisão. Ao chegar em casa estavam completamente molhados, Luciana foi andando pela casa e tirando as peças que estavam colada em seu corpo, Victor também, chegaram ao quarto completamente nus.

   Victor parou no meio do cômodo e fez um olhar de tara para Luciana, mordeu o lábio inferior.

_Hey, planeta terra te chamando Victor Chaves. – Acenou para ele.
_Já te falei que você é gostosa?
_Não, também pudera, não me provou ainda hoje.

   Ele se aproximou dela e a empurrou para a cama, ficou por cima. Com olhar mais safado que Luciana vira em toda sua vida, Victor beijou os seios dela e abocanhou um, massageando e dando leves chupadas, o que a fez arquear as costas e erguer seu corpo para cima de tamanho prazer. Ainda fazendo um tour pelo corpo dela com beijos e leves sugadas ele parou na intimidade, abriu um pouco as coxas dela e mais uma vez a fez ir pro céu de tamanho prazer, já sentindo que ela chegaria ao ápice, parou ali mesmo.

    Luciana inverteu as posições para beijar cada parte do corpo dele, desceu para as coxas e na parte interior delas, mordiscou e chupou, parou de frente para a intimidade dele e fixou o olhar no dele que já estava suplicando para ela ir adiante, sorriu e com a boca e as mãos o excitou mais ainda, estava empolgada até sentir ele querer sentar e puxar sua cabeça para encará-lo, na sua mente, teve uma brilhante idéia.

_Você me quer? – De joelhos e entre as pernas dele se aproximou mais e beijou-lhe rapidamente.
_Quero estar dentro de você.
_Então vem...

   Engatinhando, Luciana foi para a cabeceira da cama, ficou de joelhos novamente, espalmou as mãos na parede e pelo ombro o encarou.

_Eu quero assim. – Ordenou.

   Victor foi até ela e de joelhos se encaixou no corpo dela, segurou os cabelos de Luciana com uma das mãos e puxou de leve, ouviu um gemido de prazer vindo dela que ainda o olhava por cima do ombro. Segurou a cintura dela e penetrou-a, aos poucos pode sentir que estava dentro dela e quando esteve por completo, acelerou o ritmo da transa. Luciana empinava mais, olhando para a parede sorria maliciosamente, o barulho do encontro dos corpos, gemidos de Victor e sentindo-o invadi-la era o suficiente para ter espasmos e leves arrepios em seu corpo.

   Aquela visão favorecia a Victor, ela de costas para ele, oras gemendo baixinho, oras alto, o deixava entorpecido de prazer, segurava forte a cintura dela para que a ajudasse a guiar o ritmo da transa, sentiu que ela estava prestes a atingir o ápice e acelerou os movimentos, alguns segundos depois sentiu Luciana ficar mole em seus braços e em breve o ajudar a atingir o ponto alto do prazer, chamando pelo nome dela, ele deu um urro alto e sentiu toda a sensação de um pós prazer, caíram na cama procurando fôlego. Olhou para a janela e a chuva ainda estava forte.

_Acho que teremos que dormir aqui. – Luciana sussurrou enquanto se aninhava no peito dele.
_Daqui pra mais tarde passa, é chuva de verão.

   Ficaram em silencio por bastante tempo, ainda procuravam fôlego e nesse embalo Victor lembrou de quando conheceu Luciana, fez uma retrospectiva da sua vida até os dias recentes.

_Já tem a resposta? – Indagou depois de pensar muito em sua vida e concluir que era feliz até demais.
_Que resposta? – Encostou o queixo no peitoral dele para encará-lo.
_De casar comigo?
_Sério isso?
– Sentou de frente pra ele.
_Sim, quero casar com você.
_Mas Victor, já somos casados.
_Não no papel, quero você sendo minha esposa oficialmente.
_Você já sabe minha resposta... – Voltou a deitar a cabeça no peito dele, após uma pausa lembrou-se da outra proposta feita por ele. – Mas, como vou poder casar com um barrigão? Isso é, se daqui pra lá eu engravidar.
_E quem disse que vamos demorar pra casar? Quero isso pra daqui a dois ou três meses. Seria bom nas minhas férias para fazermos uma lua de mel.
_Não vou conseguir providenciar um vestido de noiva em dois meses.

  Victor sorriu e apertou-a em seus braços.

_Vai sim, confio em você. Sabe do que tava me lembrando? De quando te conheci.
_Nossa, que tempo bom aquele.
_Nossa amizade começou quando eu te vi de camisola.
_E você de cueca – riram com a lembrança. – Te achava gato, mas não te via como um homem pra casar e ter filhos.
_Quase que você me perdeu, já pensou? Você quem me ajudava nas paqueras e ficas de barzinhos.
_Putz! Verdade. E eu quem escolhia as meninas, lembra Vih?
_Claro.
– Apertou-a em seus braços e com a mão livre acariciou as longas madeixas preta. – Acho que o destino já tinha nos reservado para ficarmos juntos e não sabíamos... Eu te amo Luciana.
_Te amo mais. – Seu rosto foi para de encontro com o dele e beijou-lhe os lábios.


   Aquele beijo acalmou e após isso novas juras de amor aconteceu, estavam ciente da barra que iriam passar, a vida não seria fácil mas o amor era forte e prevalecia, fortificava-os. Talvez em breve teriam noticias boas (Ou ruins), as reconciliações aconteceriam e Luciana iria precisar e muito de Victor alguns meses depois, iria perder algo que para ela era de extrema e profunda importância, Victor também iria precisar dela em algum momento no futuro, mas agora, no presente, eles buscavam a felicidade eterna e juntos formarem uma família e um lar onde tivesse paz, amor e respeito...


        Fim 

PS: Gostou da história? Acompanhe a segunda temporada clicando em: Lembranças de Amor, Segunda temporada

Nota da Escritora

n/a: Ai gente, terminar essa fic doeu meu coração. Não poderia deixar de fechar com chave de ouro com um hot (Maliciosa eu? Never! KKKK) Mas quando decidi escrever essa fanfic, não foi só em demonstração ao meu amor que sinto por ele, mas para mostrar os reais valores, uma lição, que assim como escrevo, também sou leitora de muitas fics e cada uma me deixa uma reflexão para pensar e agir na prática, no dia a dia.

Às vezes achamos que algo é impossível e que turbulências em nossas vidas não vão acabar, mas assim como existem momentos ruins passageiros, existem momentos bons que também são passageiros. Pra mim, não importa, o importante é viver o agora, aproveitar o agora, #CarpeDiem, é isso o que levo comigo todos os dias. (Aproveite a vida ao máximo ok? Isso aí #Yeah!)

Gostaria de agradecer a TODAS as leitoras, algumas não conheço, outras conheço mais KKKKKK, as meninas do grupo no facebook – Tati, Renata Melo, Dieniffer, Fernanda Santos, Lídia – que sempre estavam comentando os capítulos e me dando uma injeção de animo para continuar e finalizar essa fanfic. Agradecendo também a Nai Copque, minha amiga que aturou todo esse tempo a minha linda pessoa mandando capítulos e perguntando se ela estava gostando KKKK (Me atura há 15 anos porque não me agüentar por alguns meses? KKKKK). Vocês são fodas meninas!

Talvez eu faça uma segunda temporada (Se vocês chorarem demais eu não resisto e acabo escrevendo mesmo KKKKKKK) já tô até com idéias na cabeça, mas se caso eu não continuar isso será como uma novela, terminamos até o ultimo capitulo, o resto é com vocês, na imaginação de cada uma, pensem como quiser, o Victor é todo de vocês (Na imaginação, claro J).

Aproveitando o meu lindo texto grande KKKKKKK para avisar a todas que vem fanfic nova por aí, aguardem. Adianto já: A PP (Personagem Principal) será uma linda adolescente de seus vinte anos. Por isso, fiquem ligadinhas no meu blog de webs e fanfics que por lá irei avisar quando postar os primeiros capítulos.


Mais uma vez OBRIGADA MENINAAAS! VOCÊS SÃO FODAAAAS!

Ass: Tamy Lins

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Onde tudo começou...

         Flash Back...

Victor...

Para Leo, seria mais uma noite tocando nos barzinhos da vida, mas para mim não, aquela noite seria diferente, algo de bom iria acontecer em minha vida e seria ali.

_Xiii parece que hoje não teremos muita gente pra ouvir a gente tocar.
_Mas vamos tocar mesmo assim.

Começamos com algumas musicas que sabíamos que as poucas pessoas ali naquelas mesas iriam gostar. Aos poucos o bar foi enchendo e aquele barulho todo de várias pessoas conversando ao mesmo tempo foi tomando conta do ambiente, estava empolgado e até mais animado enquanto dedilhava meu violão.

Um grupo de umas dez pessoas entrou no bar, estavam todos juntos e pareciam animados, coisas de jovens. Entre eles uma bela moça me chamou atenção, seu cabelo jogado para um lado dava um certo charme, sua calça jeans estava colada em seu corpo e eu logo imaginei aquele corpo nu, parei com meus pensamentos porque Leo já me olhava estranho. Aquele grupo de jovens sentou em uma mesa não muito distante de onde estávamos e aquela linda morena sentou de frente para o palco, claro que caprichei em tudo, na voz, nas notas que saiam do meu violão, nas musicas que cantava.

Em um momento de distração um garçom se aproximou de nós e sussurrou em meu ouvido.

_A moça da mesa ali mandou eu te entregar.
_Ok – Coloquei o papel no bolso, estava tocando ainda.

No intervalo puxei o bilhete.

“Depois que terminar de tocar me encontre no estacionamento. Beijos”

Fiquei na duvida para onde o garçom tinha apontado, não sabia qual mesa mas estava rezando para que fosse aquela morena.

Voltei a tocar e a ansiedade só tomava conta de mim. Ao olhar novamente para a mesa algo partiu meu coração: Um rapaz sentou ao lado da moça, colocou a mão em sua coxa e sussurrou algo no ouvido dela.

Não sabia o que fazer, estava confuso mas assim que terminamos de tocar fui correndo pro estacionamento, esperei bem uns cinco minutos, ouvi barulhos de sapato feminino se aproximando e meu coração acelerou, ao me virar olhei para a moça que não tinha nada parecido com a minha bela morena, era loira, bonita, não vou negar. Aos poucos minha memória foi reconhecendo-a, ela estava sentada na mesma mesa da garota.

_Oi – Se aproximou um pouco mais de mim.
_Você é a dona do bilhete?
_Sim, desculpa a minha audácia mas te achei tão lindo.
_Obrigado.

Iniciamos uma conversa bastante proveitosa. Geisy, a dona do bilhete, fazia faculdade de medicina e estava com os amigos ali para brindar mais um dia de vida. Aos poucos fui percebendo que ela era ou aparentava ser uma menina com bons recursos de vida, vivia bem e seu pai pagava a faculdade, mas ela tinha um jeito encantador, era bastante carinhosa e aproveitei para não só trocar carinhos como ir mais além, beijei-a e ficamos assim no estacionamento. Trocamos numero de telefone naquela noite voltei pra casa um pouco mais animado.

Geisy era uma menina incrível, poucas vezes que nos falamos no telefone foi fundamental para me admirar com ela. Certo dia, conversando ao telefone ela me fez um convite.

_Sábado a tarde terá um churrasco com a turma da facul, vem comigo?
_Vou dar um jeito, mas você sabe que não posso demorar, a noite terei que ir tocar.
_Tudo bem.

E lá estava eu, sábado a tarde em frente a um edifício de luxo, o churrasco seria na cobertura e assim que entrei percebi que todos era bem de vida e a festa não era pra qualquer um, me senti pequeno, mas não me abalei, com Geisy do lado me sentia o cara mais importante do mundo, ela tinha um dom de levantar meu humor a qualquer hora, em qualquer momento. Aos poucos aquele espaço foi enchendo e um dos rapazes apareceu com um violão.

_Will, me dá esse violão que meu namorado toca bem melhor que você. – Geisy tomou o instrumento das mãos do rapaz e me entregou – Mostra pra eles o que é musica de verdade.

Comecei tocando algumas musicas conhecidas para eles, e aos poucos fui mostrando minhas composições. Todo mundo gostou e na brincadeira do “toca mais uma” acabei ficando até bem mais do que pensava. No fim da festa a tal morena apareceu, seus longos cabelos negros se destacavam na sua pele branca, entreguei o violão a um dos rapazes e fui sentar perto de Geisy que agora estava falando com a moça.

_Lucy, você conhece o Victor? Ele se apresentou no barzinho quando estávamos.

A moça olhou meio estranho pra mim e eu com minha boa educação estendi minha mão para que se encontrasse com a sua a fim de nos cumprimentarmos.

_Prazer, Vitor.
_Prazer também, Luciana.

Conversamos o básico porque além de estar de saída, ela foi até o cara que tinha sussurrado em seu ouvido enquanto repousava a mão na sua coxa naquele dia no barzinho.

Geisy e eu nos começamos a namorar escondidos, o pai dela não deveria saber. Certa noite, a coisa entre nós foi esquentando mas como não tinha condições de levá-la para um bom motel, ela me deu uma sugestão.

_Onde estamos indo? – Perguntei enquanto ela apertava o interfone de um edifício. – E de quem é esse apartamento que estamos indo?
_Da Lucy. Ela divide com Nina e o Fernando, o peguete dela.

Autorizaram nossa entrada e assim que Geisy apertou a campainha Luciana abriu a porta, suas vestes me deixaram boquiaberto, uma excitação fora do comum tomou conta de mim. Ela estava com uma camisa larga e acho eu que com um short curtíssimo por baixo, só gostaria de saber o que ela tinha, talvez estivesse só de calcinha.

_Geisy? O que você tá fazendo aqui?
_Oi Lucy – Entrou na sala me puxando pela mão – Soube que o Fê e a Nina não estão hoje. Então vou usar o quarto dela tá?
_Porra, me avisasse antes né? – Ela ficou sem jeito atrás do sofá. – Vai logo pra o quarto da Nina.

Fomos para o quarto da tal Nina, Geisy trancou a porta e logo me jogou na cama.

_Espera, sua amiga não gostou muito.
_Ahh esquece, ela só tá de mau humor porque o Fê vai viajar pra França – Beijou meu pescoço

Aquela noite foi boa pra mim, e pra minha surpresa Geisy não era virgem o que só facilitou. Conversamos bastante após o sexo e ali dormimos, acordamos com batidas na porta, coloquei minha cueca e abri, um senhor que aparentava ter seus quarenta anos ou mais estava na minha frente.

_Seu safado, tirou a honra da minha filha!
_Calma senhor eu...

_Pai! – Geisy se agarrou nos lençóis com vergonha.
_E você sua vagabunda, que vergonha! Eu já suspeitava quando me disseram que você andava de mãos dadas com esse pobretão aí.

_O senhor tenha mais respeito ao me pronunciar assim.
_Cale a boca seu insolente!

Nossa discussão verbal foi parar na sala, Geisy já tinha trocado de roupa, Luciana estava assustada mediante a situação. Do nada, Geisy apontou para  a menina.

_FOI ELA PAI! FOI CULPA DELA E DELE – Apontou pra mim – ELA QUE ME APRESENTOU ELE E ME FORÇOU A FICAR COM ELE.

A mascara de Geisy caiu a partir dali, me senti decepcionado, aquela não era a menina que conheci cheia de planos, sorridente, que não ligava pra o que falavam quando alguém nos via na rua de mãos dadas.

_Eu? Geisy, enlouqueceu? Você que veio parar aqui no apartamento dizendo que usaria o quarto da Nina, como você sempre fez quando quer transar com qualquer macho! – Queria bater palmas pra Luciana por ter dito essas verdades.
_Não fala assim da minha filha!
_E o senhor é outro banana, cego! – Luciana abriu a porta – Agora saiam do apartamento ou eu chamo a policia. E você Geisy, esquece o nosso endereço!

Só depois que Geisy saiu eu me deparei com a situação, eu e Luciana estávamos com roupas intimas, ainda estava só de cueca e ela com uma camisola bem curta.

_Que louca! – Ela foi ate a cozinha.

Fui até a cozinha e a vi ficando de ponta de pé para pegar algo no armário acima, ao virar-se ela não ligou para como eu estava vestido.

_Seu nome é Victor né?
_Sim, mas pode me chamar de Vitor.
_Não, Vitor é feio. Quero Victor e vou te chamar assim.

Tomamos café em um papo legal, ela era bastante diferente de Geisy até nas atitudes, era mais sorridente e ali começamos uma amizade.

Os anos passaram e a minha amizade com Luciana só aumentou, agora ela sempre nos acompanhava em eventos e cheguei a conclusão que só a via como amiga mesmo, ela era algo que eu chamava “demais” para mim, muito inteligente, mas também muito moleca e quando estava perto dela parecíamos duas crianças, acho que foi por isso que toda aquela vontade de ficar com ela passou, pra mim, ela era a minha irmã, conversávamos sobre tudo até assuntos íntimos e ficadas tanto da minha parte como a dela.

Em uma dia, tocando no barzinho, o dono do estabelecimento perguntou se tinha mais alguém conosco, eu e Leo apontamos para a mesinha ao lado onde Tatianna e Luciana estavam conversando.

_Qual mesa? Precisamos saber para se caso elas quererem algo descontarmos no cachê de vocês.
_Aquela mesa ali ó – Leo apontou.
_É aquela mesa onde tem uma loira e uma morena... A Morena é minha sacou? – Brinquei.

No fim da noite quando já estávamos saindo do barzinho olhei para Luciana.

_Tá me olhando assim... Quem eu devo chegar perto e pedir pra ficar com você Vih?
_Ninguém, achei um apelido pra você. Agora só eu posso te chamar assim.
_Não vem com palavras escrotas. – Rimos.
_Será Morena, a minha morena.
_Ahh se não fosse nossa longa amizade, eu me casaria com você Vih. – Me abraçou.
_Não, você é muita areia pro meu caminhão.

Os anos se passaram e Luciana nunca mudou seu jeito de ser, o que me deixou bastante feliz. Ela se formou, começou a trabalhar mas nunca esqueceu de me ligar todos os dias para contar como fora tudo. Amizade assim não achamos em qualquer lugar.





Luciana...

Estava cansada e não queria sair com a turma para mais uma noite em barzinhos, mas Nina insistia que eu fosse, Fernando se encontraria conosco assim que saísse da faculdade.

Geisy como sempre, abusada e metida contando como fora suas férias em Orlando, os caras que ela pegou. Ainda não tinha olhado para o palco onde dois jovens cantavam, percebi que o que tocava violão era mais charmoso, tinha um enigma no olho, se Fernando não aparecesse naquela noite eu pegaria o contato dele.

_Você tá vendo como ele é bonitinho? – Geisy já estava um pouco “alterada”
_Qual dos?
_O que tá tocando violão. Quer saber... – Rasgou um guardanapo e puxou uma caneta na bolsa. – Vou mandar um recadinho pra ele.

Sabia que eu perderia pra Geisy, ela era linda, loira e sempre usava sua “mascara” de eterna virgem, o que deixava os homens completamente loucos. Fernando se aproximou da gente e sentou do meu lado, ele estava mais carente que o normal e após bebermos além da conta voltamos pro apê, eu dividia com ele e Nina.

Na faculdade Geisy veio com um papinho de que ela e o tal cantor lá estavam namorando, ao relatar como ele era, senti uma ponta de tristeza. Um homem como ele não merecia uma garota mimada com a Geisy.

_E o irmão dele, tem namorada? – Nina se interessou.
_Não sei e nem quero saber, não é bonito, se fosse eu pegaria ele também. – Geisy jogou seu cabelo loiro todo pra trás.
_Como assim Geisy? Você namora o cara mas já está pensando em traição? Credo – Rolei os olhos.
_E você acha que eu me imagino casando com aquele pobretão? Não estou disposta a sustentar caras que se iludem no mundo da musica.

Saí de perto dela e passei aqueles dias afastada, Geisy me dava náuseas com seus pensamentos horripilantes. No sábado fui para um churrasco que teria no apê do Nilo, um amigo nosso e eis que vejo Geisy usando sua “mascara” de namorada perfeita, sentou perto de mim e logo em seguida o namorado se aproximou.

_Lucy, você conhece o Victor? Ele se apresentou no barzinho quando estávamos.

Cumprimentei ele educadamente mas a vontade que eu tinha era de jogar na cara do pobre coitado que ele era mais um bonequinho dela, que Geisy adorava brincar com os sentimentos dos caras.

Os dias se passaram e em uma noite, estava sozinha assistindo TV e comendo biscoito quando a campainha tocou, abri e lá estava Geisy e o namoradinho dela. Fiquei sem jeito porque só estava usando uma camisa larga, não esperava ninguém já que Fernando tinha viajado para se despedir dos pais pois iria viajar para a França, o que me deixou mais bolada ainda naqueles dias.


_Geisy? O que você tá fazendo aqui?
_Oi Lucy – Entrou na sala me puxando o rapaz pela mão – Soube que o Fê e a Nina não estão hoje. Então vou usar o quarto dela tá?
_Porra, me avisasse antes né? – corri e fiquei sem jeito atrás do sofá. – Vai logo pra o quarto da Nina.


Aquela noite eu fiquei confusa, pra piorar a situação, Geisy transava fazendo testes vocais porque os gemidos eram altos. Já estava preparada para o sermão que daria nela e pela manhã a campainha tocou e eu fui abrir, o pai da Geisy estava ali me encarando e com uma cara não muito boa.

_Onde está minha filha?

Passou por mim sem pedir autorização e saiu pelos cômodos do apartamento procurando por ela, fiquei na sala esperando o pior e vi o rapaz e o pai de Geisy entrarem na sala em uma discussão. O coitado do rapaz não merecia ser insultado daquele jeito, senti uma revolta e só piorou quando a vadia da Geisy apareceu na sala já vestida e com seus “choros falsos” na minha frente.

_FOI ELA PAI! FOI CULPA DELA E DELE – Apontou para o rapaz – ELA QUE ME APRESENTOU ELE E ME FORÇOU A FICAR COM ELE.

Ahhh aquilo pra mim foi o pior, já estava cansada de Geisy aprontar todas e sempre era no meu apartamento. Falei o que foi preciso no momento e assim vi a minha ex-amiga sair dali, só naquela hora percebi que o cara estava só de cueca e eu pra piorar, estava de camisola. Fingi não perceber mas ele tinha um corpo perfeito, me senti mil vezes mais excitada do que quando via o Fernando circular completamente nu – Claro que quando a Nina não estava lá. – Porém, o rapaz ficou sem jeito, fui para a cozinha e ele veio em seguida.

Nossa amizade começou ali mesmo, Victor – Porque eu amava chamá-lo assim – Era um rapaz de ouro, sortuda seria a mulher que um dia casaria com ele, se é que iria casar porque com um tempo de amizade percebia que ele aproveitava a vida e as mulheres que sempre lhe cortejavam onde quer que estivéssemos. Sempre que dava o acompanhava nos barzinhos e as mulheres meio que me olhavam torto achando que eu era namorada ou algo assim, mas nem ligava porque assim que Victor batia os olhos em uma garota, lá estava eu para ajudá-lo a conquistá-la, algumas davam certo e acabavam namorando, outras, nem tanto assim.


Sabe aquela sensação que tive ao ver Victor só de cueca em meu apartamento? Não tinha mais. Com um tempo a convivência só me mostrou que uma amizade valia bem mais que uma noite de prazer ou um relacionamento que não daria muito certo, eu e Vih tínhamos opiniões diferentes, jeito de ver a vida diferente. O respeito entre nós era verdadeiro.  

Cap. 99


                     Capitulo 99


  Já dentro de casa e arrumada, Luciana pegou as chaves do seu carro, nas pressas desceu, trancou a casa e foi para o apartamento de Tatianna. Olhou para o relógio e marcava onze da noite, ainda teria muito tempo. Olhou para o vestido e sorriu, agradeceu mentalmente por ser “desequilibrada” quando o assunto eram roupas, porque os vestidos que ela sempre comprava no shopping por achá-los bonitos lhe serviram pra essa ocasião, sempre comprava e não usava quase nenhum.

   Mais uma vez enfrentou um transito caótico e ficou aguardando ali, ligou o som do carro e ouvindo o novo CD de Victor e Leo relaxou, a musica o que tens era perfeita e só naquela hora ela lembrou que ele muitas vezes sussurrava para ela, ainda grávida, sim, aquela musica fora pra ela, seus olhos encheram mas ela deteve o choro, não podia se emocionar ou borraria a maquiagem.

    Entrou no apartamento de Tatianna e todos ficaram surpresos, não esperavam por ela, que também não tinha ligado para ninguém. Com os olhos, procurou por Victor, achou-o em grupo de homens na varanda, os seus olhares se cruzaram e ele esqueceu de tudo ao seu redor, foi em direção a ela.

_Porque não me disse que viria? – Beijou-lhe a boca.
_Desculpa, queria fazer uma surpresa pra você.

  Victor em momento algum soltou a mão dela naquela noite.

_Falta dez minutos para a virada!
– Tatianna gritou.

_Amor, vem aqui.

   Com Gabriela nos braços, Victor subiu com Luciana para a cobertura do apartamento, ficaram admirando a cidade.

_Porque aqui?
_Porque essa será a minha primeira entrada de ano com você.
_Larga de ser bobo Vih, já comemoramos inúmeras vezes.
_Mas quando éramos apenas amigos, agora somos um casal e temos uma filha.

   Aguardaram em silencio a contagem regressiva, aquele era o momento mais que perfeito para Luciana, só estavam os dois perto da piscina, todos estavam dentro do apartamento e pelas vozes já faziam a contagem... Aos poucos ouviram gritos. Victor que estava abraçando Luciana por trás sussurrou em seu ouvido:

_Casa comigo?

   Ela se virou e ficou de frente para ele.

_Feliz ano novo pra você também (Sorriu)

   Beijaram-se rapidamente porque Gabriela já apontava para o céu, o show de fogos de artifícios começara e eles pararam para ver, aos poucos aquele ambiente foi enchendo e todos ficaram olhando para o céu.

   Após receber vários abraços desejando feliz ano novo, Luciana pediu para ir pra casa, estava cansada e Gabriela já dormia em seu colo. Foram no carro de Victor, durante o trajeto ele puxou assunto.

_E aí, que milagre foi esse de te liberarem?
_Michael pegou o plantão.
_Aquele cara quer algo com você. – Voltou a olhar para o transito
_Não, ele está de papo com a pediatra lá.
_Menos mal.

   Chegaram em casa e Luciana logo colocou Gabriela no berço, voltou para o quarto, entrou no closet e lembrou que não tinha tomado o anticoncepcional.

_Na boa, posso te fazer um pedido?
_Claro Vih.
_Para de tomar isso – Tirou a cartela das mãos dela. – Vamos tentar ter mais um filho?

   Luciana ficou parada, com os olhos fixados nos de Victor, queria dizer não mas não resistia a ele.

_Ok, você venceu. – Sentou-se na cama – Mas ó, não é tão fácil assim. Tem muitos casos que a mulher engravida depois de um ano. Não cobra muito de mim ok?
_Enquanto isso – Sentou do lado dela – Vamos ensaiando como fazer bebê.

  Luciana riu alto e o beijou.

_Mas hoje não, tô um pouco cansada tá?
_Tudo bem.

   Deitaram e abraçados dormiram. Pela manhã sem Lourdes e Joyce, Luciana preparou o café da manhã e levou até o quarto.

_Acorda seu dorminhoco. – Colocou a bandeja na mesa e foi até ele, distribuiu vários selinhos no corpo.
_Lu, eu te amo, mas será que posso dormir mais cinco minutos?
_Ok.

   Saiu do quarto e pegou Gabriela, levou até a cama e colocou a filha em cima de Victor.

_Agora você acorda.

   Com sorriso perfeito, Victor se virou e ficou brincando com sua filha, depois foi ao banheiro e quando voltou, tomou café da manhã junto com a esposa.

_Hoje vamos pra fazenda. Passaremos o dia lá.
_Tudo bem.

  Após se arrumarem e decidirem o que levar pegaram a estrada. Assim que chegaram todos já estavam lá, na piscina, Matheus estava empolgado, perto da churrasqueira, Leo estava tirando foto e mexendo no celular.

   O dia estava perfeito ali, pela tarde Gabriela estava sonolenta e Luciana colocou-a no quarto para dormir, assim que voltou Victor estava conversando com Tatianna e se calaram na presença dela.

_E a Gabi, já dormiu?
_Já sim Tati, o que conversavam?
_Nada
– Victor olhou para ela desconfiado.

  Algum tempo depois ele a chamou para conversarem a sós.

_Aceita sair comigo agora? Quero te mostrar algo.

_Mas e a Gabi, Victor?
_A Tati cuida dela. Vamos?

Continua...

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Cap. 98


        Capitulo 98


  Os últimos dias de dezembro estavam literalmente “voando”. Victor viajou para fazer os últimos shows da dupla, sempre que a saudade batia, ele abria o pingente da corrente, passava vários minutos ali, apenas apreciando. Luciana aproveitava cada momento com Gabriela que agora não queria mais sair do andajá.

   Dia 31 Victor voltou para casa, estava com a saudade grande. Entrou no quarto e Luciana estava dormindo, parou para admirá-la, ela era perfeita e no fundo ele sentiu que fizera a escolha certa ao querê-la por toda a vida. Tomou uma ducha e tentou deitar na cama de uma maneira que não a acordasse, porém, ela se virou.

_Vih? – Se aninhou no peito dele, que envolveu os braços envolta do corpo dela.
_Oi amor.
_Porque chegou agora? – Olhou para o relógio que ficava próximo a cama. – Cinco da manhã?
_Tentamos chegar mais cedo mas houve  tumulto na nossa saída no aeroporto.

   Luciana voltou a dormir, Victor ainda ficou fazendo carinho nos cabelos dela e por fim adormeceu, assim que acordou ela não estava mais do seu lado. Desceu para a cozinha e ao olhar pela janela, Gabriela já estava no andajá, com Joyce ajudando-a.

_Ela é linda, eu sei disso. Mas já levou três quedas nesse andajá. – Luciana se aproximou sem que ele percebesse.
_E você ainda deixa ela andar nesse andajá Luciana? (Repreendeu-a)
_Ihh pai babão, relaxa. São as primeiras quedas Victor, isso é normal. Eu tenho que ir.

  Olhou para ela e pode ver que pelas vestes branca que Luciana usava já iria trabalhar.

_Acho maldade te colocarem justamente hoje pra trabalhar.
_Eu escolhi o natal como folga né? Mas ó, a Joyce vai te ajudar a arrumar a Gabi mais tarde e sua roupa está pronta lá no closet. – Sentiu que iria chorar – Me abraça?

   Abraçaram-se fortemente, assim que se afastaram Victor segurou o rosto dela e tomou-lhe os lábios. O beijo estava romântico mas foi intensificando e não restou outra opção se não colocá-la na parede mais próxima e pressionar seu corpo ao dela, as mãos já estavam fazendo um tour no corpo de ambos. Luciana finalizou o beijo.

_Melhor pararmos por aqui. Eu tenho que ir.
_Não vai, fica?
_Tenho mesmo que ir Vih – Deu um selinho nos lábios dele. – Te amo
  
   Sem olhar para trás, Luciana foi deslizando a mão no braço dele até chegar na mão, Victor apertou forte e entrelaçou-a. Ainda sem olhar para trás Luciana foi em direção a porta, entrou no carro e antes de dar a partida viu Victor indo em sua direção.

_O que foi?
_Nada, só queria dizer que também te amo.

  Tomou os lábios dela mais uma vez e assim viu sua amada partir.

   Pela noite, Joyce cuidou de Gabriela, arrumou-a e quando viu que Victor já estava pronto para sair, entregou a filha a ele.

_Seu Victor, vou ter que ir pra casa do Murilo, o senhor se importa de ir sozinho com a Gabi?
_Não, pode ir Joy. Quer carona?
_Não, muito obrigada. Feliz ano novo desde já
– O abraçou.
_Você também, muita saúde e paz.

   O trajeto até o apartamento de Leo e Tatianna, ele ligou o som, vez outra olhava pelo retrovisor e conversava com Gabriela.

_Amor, chama papai. A primeira palavra tem que ser papai ok?

   A menina sorria no banco de trás e ele mais ainda. Olhou para o banco do passageiro e suspirou, Luciana fazia muita falta, queria ela ali, linda, sorridente, algumas vezes o manobrando ao falar “Mais devagar Victor” ou “não avança o sinal”,“ olha a placa de pare” “olha o limite permitido da via Victor”.

Minha chatinha, minha marrenta... Que saudades de você, desabafou sozinho.


    Assim que entrou no apartamento onde seria a festa de virada de ano, Paula já foi pegando sua filha dos seus braços e Leo o chamando para conversarem.

**********************************************
   O plantão estava mais parado impossível, naquela tarde Luciana fez dois partos e nada mais, já estava entediada. Pela noite ainda apareceu uma cesárea e após isso ficou ali esperando alguém aparecer. Sentou-se na recepção da maternidade para assistir TV e tentar se distrair.

_Acho que os anjinhos não querem vir ao mundo nessa data tão especial. – Michael sentou do seu lado.
_O que está fazendo aqui? Seu plantão é amanhã.
_É ruim quando não se tem família aqui. Estão todos no Rio de Janeiro e exatamente a essa hora – Olhou o relógio no pulso – Estão na praia de Copacabana.
_Nossa, que ruim pra você.
_Pois é, aí pensei, você tem amigos, família, marido e filha que queriam sua presença onde quer que estejam na cidade.
_Ahh mas eles entendem que é meu trabalho. – Baixou a cabeça.
_Vai.
_Oi?
_Eu falei pra você ir pra casa ou seja lá onde todos estão reunidos.
_Mas, não posso deixar o plantão.
_E quem vai saber? Você acha que os donos do hospital estão preocupados com isso? Quanto ao chefe de plantão ele vai te entender, conversamos hoje a tarde sobre isso no telefone.
_Mas e você?
_Eu?
– Olhou para Daiane, pediatra de plantão que se aproxima na recepção. – Tenho uma missão, ganhar o coração dela.
_Sério que você está de olho nela?
_Carne nova no pedaço. (Sorriram) brincadeiras a parte, conheço-a de longa data, agora o destino meio que está me dando “um empurrãozinho”

   Luciana já sentiu seus olhos marejarem, quase sentou no colo dele como agradecimento, o abraçou forte.

_Obrigada meu amigo! Juro que nunca esquecerei o que está fazendo por mim.

   Assim que Luciana saiu para a sala dos funcionários, Michael baixou a cabeça e sussurrou.

_Pena que você só me ver como amigo Luciana.

   Claro que falara aquilo de conquistar Daiane para despistar o que sentia por ela, ninguém poderia saber, Luciana era casada e feliz com Victor, não queria atrapalhá-la na vida.

   Outro problema Luciana enfrentou, transito imenso! Tentou cortar caminho, mas em tudo quanto era rua existiam carros e carros. Ainda iria passar em casa e se vestir.

_Calma Luciana, vai dar tudo certo – Sibilou.

Continua... 

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Cap. 97


       Capitulo 97


   Luciana ficou ali no quarto, pensativa. Agira de forma errada para com sua mãe, mas sempre soube que não deveria depositar tanta confiança em Geovana, no fundo estava cansada de dar murros em ponta de faca. Victor saiu do banheiro e sem dizer uma palavra sequer saiu dali, ela imaginou que ele fora para a cozinha, também fez o mesmo.

   Ao entrar na cozinha Paula e seu namorado já estavam tomando café, Joyce também já estava ali.

_Bom dia a todos.

   Todos responderam menos uma pessoa que acabava de chegar. Calado, Victor foi até o armário e pegou uma xícara, se ele não queria conversa Luciana nada podia fazer.

_Chegou cedo Joyce – Luciana procurou ignorá-lo mesmo Victor estando perto dela.
_O Murilo tinha que pegar cedo hoje no trabalho.
_Mas o que importa é que passaram a noite juntos né? – Despejou suco no copo – É... O que uma noite de sexo não faz, deixa a gente com a pele mais revigorada né?

  Joyce ficou com o rosto vermelho e baixou a cabeça, na mesa, Paula começou a rir.

Victor: _Luciana, isso é coisa que se diga? (Repreendeu-a)
Luciana: _Eu sempre brinquei assim com a Joy.
Victor: _Acontece que hoje temos visita. – Com a cabeça apontou para a mesa.
Luciana: _Bom dia pra você também Victor... – Virou-se para ir em direção a pia mas voltou para encará-lo – A propósito, você também está com a pele revigorada. (Arqueou uma das sobrancelhas)

   Paula soltou uma gargalhada alta e o seu namorado apenas riu timidamente. Já Victor, não gostou muito da brincadeira, deu as costas a Luciana e foi para a mesa, ela foi junto mas não sentou perto dele.

  Enquanto Joyce servia a todos na mesa ela puxou assunto.

_Joy, a mamãe ligou pra mim.
_Que legal Lucy.
_Ela quer que eu vá passar uns dias por lá, prepara sua mala, que em Janeiro estamos indo passar um final de semana.

   Pelo canto do olho percebeu que Victor fez um meio sorriso, interpretou como uma reconciliação.

_Que bom, estou feliz pela sua atitude Lucy.
_Pois é, temos que dar mais credibilidade às pessoas né – Falou a frase inteira seu tirar os olhos de Victor.

   Após conversas paralelas na mesa e risos, Leo, Tatianna e os filhos chegaram cheios de presentes na mão.

Leo: _Bom dia a todos.
Luciana: _Chegaram em uma ótima hora, venham, tomem café conosco.
Tatianna: _Já tomamos, obrigada.
Paula: _E esses presentes, são pra mim?
Leo: _Qual é gente? Hoje é natal, trocas de presentes, esqueceram?
Paula: _Claro que não, esperem que vou pegar os meus presentes no quarto.

   Todos se reuniram na sala para presentear uns aos outros. Em um dos presentes Leo e Tatianna ofereceram a Gabriela.

_Cadê a Gabi hein?
_Calminha que ela já chegou – Luciana estava descendo com sua filha no braço.  

Tatianna: _Esse compramos especialmente pra ela.

   Assim que Luciana e Victor abriram se emocionaram, um lindo andajá.

Leo: _Só tenho que dizer uma coisa, acabou a paz de vocês Lu e Vitor.

   Victor como um verdadeiro pai babão colocou a filha dentro do andajá e ficou ensaiando alguns passos junto com a filha. Para quebrar o gelo que estava entre eles, Luciana se aproximou e com as mãos na cintura brincou:

_Hei, não vai me dar presente não marido?
_O seu tá lá em cima, mas só você pode ver.

Leo: _Deve ser alguma lingerie pra ela usar com ele.

   Todos riram e continuaram com a troca de presentes, em um momento Victor saiu e ao voltar estava com os presentes na mão, entregou a todos e Luciana foi a ultima.

_Feliz Natal – Abraçou-a fortemente.
_Posso abrir aqui mesmo? – Todos riram com o olhar de Luciana assustado.
_Pode sim, tava brincando.

   Assim que abriu não entendeu o porquê, mas sabia que ele tinha bom gosto, um lindo celular de ultima geração estava em suas mãos.

_Você me presenteou com um celular no meu aniversario, achei justo fazer o mesmo.
_Tava precisando mesmo meu amor.
– O abraçou. – E não pensa que eu esqueci de você. – Entregou uma caixa de joalheria.

   Ansioso, Victor abriu e viu uma corrente de ouro, com um pingente que ao abrir tinha duas fotos: uma de Luciana e outra de Gabriela.

_Quero que saiba que esse foi o melhor presente que já recebi. – Sentiu seus olhos marejarem. – Sempre que a saudade bater irei olhar para essas fotos, e também sempre levarei vocês comigo.

   O dia só estava começando, todos estavam alegres. Luciana subiu para o quarto, estava na cama empolgada, tirando os chips do celular antigo para colocar no novo, Victor entrou no quarto.

_Obrigado Lu – Já estava com a corrente no pescoço e não parava de segurá-la.
_Desculpa, só não tinha noção do que te dar de presente, sei lá, você tem tudo. Pensei em um violão mas não entendo dessas coisas.

   Em um meio riso, Victor foi até ela, sentou do seu lado e com uma das mãos segurou o queixo, beijou-lhe a boca.

_Obrigado por ter feito a escolha certa.
_Do que?
_Dar uma chance a sua mãe.
_Eu fiz isso por mim não por você.
_Mas meu conselho te ajudou. – Abraçou-a de lado.
_Ela quer que você vá junto.
_Irei, vamos dar um jeito de esquecer o passado, acredito na mudança dela.
_Então vamos – Levantou-se mas Victor segurou seu punho.
_Porque ir agora? Deixa eles lá embaixo, nem vão sentir nossa falta.

   Victor puxou-a para que caísse na cama, ficou por cima e começou a beijar-lhe cheio de desejo.

_Não dá Victor, temos que ir mesmo. Mais tarde pensamos nisso.

   Contra a vontade dele, ela saiu do quarto e desceu. Tatianna, Paula e Luciana ficaram conversando na beira da piscina enquanto os rapazes estavam fazendo churrasco.

Paula: _Ontem a luz do quarto de vocês estava ligada quando eu desci pra tomar água.
Luciana: _É, Victor tava fazendo uma massagem, eu estava precisando.
Tatianna: _Massagem é? Sei. – Todas riram
Luciana: _Era massagem mesmo, agora o que houve depois só em off.
Paula: _Então já estão providenciando um irmãozinho pra Gabi?
Luciana: _Não, to tomando comprimidos. Agora não é a hora.


   Aquele dia foi alegre, estavam em um momento feliz e como todo feriado passa rápido, pela noite Luciana já estava pegando plantão no hospital.

Continua...