quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Cap. 96



          Capitulo 96


   Aviso: Este capítulo contém cenas de sexo. Se você se sente desconfortável, não leia =P 


   Luciana procurava encaixar seu corpo mais ainda no de Victor, procurava encaixar sua intimidade próxima a dele que pelo o que percebera já estava excitado. Uma das mãos deslizou pelo corpo dele e ao passar pelo abdômen o sentiu retrair, sorriu ainda com seus lábios grudado nos dele.

   Ao sentir a mão de Luciana já dentro de sua boxer ele se contraiu mais, aquele quarto estava pequeno demais para ambos. Enquanto ela fazia movimentos com a mão, ele dava leves beliscões nas nádegas dela. Já não agüentando mais, inverteu as posições, enquanto se apoiava em um dos cotovelos a mão livre fez um tour pelo corpo da amada que já se erguia fazendo movimentos para encaixar nele, que brincava de excitá-la mais – como se fosse possível – Luciana já gemia baixinho e sorria, estava adorando esses “carinhos” vindos dele.

   Já sentindo que estavam prontos, Victor rolou a calcinha dela pelas pernas e sem mais invadiu-a com movimentos calmos, segurou os pulsos dela e levou acima da cabeça de Luciana, segurou firme e assim fixou o olhar no dela, aos poucos voltou com os movimentos. Sentiu as paredes da intimidade dela se contrair, ela estava aumentando os gemidos, iria atingir o ápice mas algo os fizeram parar.

   Ouviram passos pelo corredor e ele deduziu que Paula estivesse ali, com uma das mãos tampou a boca de Luciana, a respiração estava ofegante de ambos, suados e a adrenalina a mil, sabia que a irmã poderia querer vir ao quarto do casal para pedir algo, talvez um filme para assistir com o namorado. O medo tomou conta de ambos e tudo não durou mais que cinco segundos porque os passos desapareceram.

   Voltando a olhar para Luciana, Victor sorriu sapeca e só percebeu ali que ainda estava dentro dela. Quem sabe a adrenalina e o fato de serem pegos deram mais excitação a ele, voltou com os movimentos, dessa vez foi mais rápido e preciso, atingiram o ápice quase juntos. Caiu do lado dela, estavam extasiados e com sorriso de satisfação.

_Seu louco. – Luciana ainda procurava ar naquele ambiente.
_Mas fala aí, não foi bom? – Virou-se para ficar de lado e com as pontas do dedo brincar fazendo desenhos imaginários no corpo da esposa.
_Uhum. Tirando o fato de Paula nos pegar no flagra foi bom sim. – A sua mão agora estava entrelaçadas na dele em cima do corpo. – Você não sabe como eu fiquei perdida de prazer quando segurou meus pulsos.
_Gosta de ser domada na cama né?
_Nem tanto vai.

  Sorriram e se beijaram.

_Vem.

   Juntos tomaram um banho, após se enxugarem, Victor levou Luciana nos braços até o closet.

_Vih, se vira. Não quero que olhe porque é surpresa.
_Ok Mademoiselle, sendo assim eu me retiro.

   Colocou uma cueca e voltou para o quarto. O sono estava chegando ao ponto de Victor não segurar muito tempo com os olhos aberto, mas ao ver Luciana entrando no quarto com aquela camisola tudo passou. 

_Opaaa – Sentou-se na cama
_Gostou? – Deu um giro em torno de si.
_Vem cá que hoje vamos namorar bastante.

  Como uma criança Luciana correu até ele, jogou em cima da cama e deitou aos risos.

_Amo esse seu jeito, continua sempre assim, não muda tá? Essa é a sua essência. – Victor retirou uma mexa que estava no rosto dela.
_E eu amo você de todas as maneiras possíveis.

  Antes de dormirem ainda namoraram um pouco e o fim de noite foi assim, acabaram dormindo abraçados.

   Pela manhã Luciana sentiu seu celular tocar na bolsa, xingou mentalmente porque seus olhos ainda não queriam abrir.

_Amor, seu celular tá tocando – Com o voz sonolenta, Victor sussurrou.
_Eu já ouvi Victor! – Alterou um pouco a voz e se levantou irritada.

   Cambaleando de sono foi até sua bolsa, no meio de tantos objetos achou o maldito celular que não parava de tocar. Atendeu.

_Alô
_Luciana?

   Aquela voz a fez estremecer, não de alegria, mas sim de raiva. Depois de muito tempo ouvir a voz da sua mãe ainda não era nada agradável.

_O que você quer?
_Feliz natal pra você também minha filha.

 Luciana fez uma careta e sentou-se na beira da cama.

_Feliz natal mãe. Como está por aí?
_Bem, só estamos com saudades de você. Desde que saiu daquele hospital não nos procurou.
_Você queria o que? Que eu fosse até vocês?
_Não é assim Luciana, mas acho que deveríamos fazer as pazes. Vamos começar do zero, estou aqui lhe pedindo desculpas. Soube que está empregada.
_Sim, a Joyce já foi te contar né?
_Quando se é esposa de um artista não precisa de muito para sabermos da sua vida Luciana, está estampada nos jornais, sites.
_Tá. – Suspirou. – Vou ter que desligar.
_Antes disso, me prometa que virá pelo menos em Janeiro nos ver Luciana? Traga o Victor. Eu estou te prometendo que começaremos do zero.
_Uhum. Tchau.

   Desligou incrédula do que acabara de ouvir, sabia que Geovana não mudaria nunca e que sempre seria aquela pessoa mesquinha.

_Sua mãe? – Victor já estava sentado, encostado na cabeceira da cama.
_Sim, veio com a mesma conversa, que iria mudar, nos chamou pra passar uns dias lá em Janeiro. – Levantou-se – Duvido dessa mudança.

  Foi ao banheiro e lavou o rosto, ao sair percebeu que Victor estava calado.

_O que foi?
_Luciana, você já parou pra pensar que sua mãe merece uma segunda chance?
_Eu já dei segundas, terceiras, quartas chances e nada Victor, eu conheço aquela ali.
_Pense você no lugar dela, gostaria que Gabriela fizesse isso no futuro.
_A Gabi nunca fará isso porque não darei motivos.
_Tá, só quero que reflita.


   Victor saiu da cama e foi em direção ao banheiro. O clima estranho só estava começando.   

Continua... 

Cap. 95



          Capitulo 95

   De frente para o espelho, concentrado no “look” do seu cabelo, Victor fazia uma retrospectiva do que acontecera de bom e ruim naquele ano. Com certeza a melhor coisa fora ter Luciana de volta, o natal anterior só tinha tristeza no coração e pra piorar a situação estava na casa de Hellen.

   Suspirou fortemente e fez um gesto negativo com a cabeça na esperança de esquecer aqueles pensamentos ruins, assim que entrou no quarto viu sua roupa em cima da cama, Luciana tinha comprado para ele. Sorriu ao ver a camisa social azul clara, “Coisas de Luciana” fez um sorriso bobo ao lembrar que sua esposa ia ao delírio ao vê-lo usando camisas nessa cor.

   Assim que trocou de roupa foi andar pela casa, no corredor percebeu que a porta do quarto de Gabriela estava aberta, entrou e Luciana estava lá terminando de arrumar a filha.

_Fica quieta Gabi, por favor. – Tentava pentear os poucos cabelos que tinham na cabeça da filha.
_Quer ajuda?
_Ai vem cá, me ajuda que hoje ela tá que tá.

   Com risos e caretas vindas de Victor, a criança sorria gostosamente, assim que Luciana terminou colocou a filha nos braços dele.

_Segura ela. – Inalou o perfume dele. – Já falei que hoje você tá um gato?
_Não.

   Luciana ficou na ponta do pé para alcançar seu ouvido e sussurrar.

_Gato!

   Saiu do quarto. Victor vendo-a assim toda a vontade – Cabelo rabo de cavalo, descalça, short jeans e camisa regata colada no corpo – Suspirou, olhou para Gabriela que estava brincando com a gola da camisa do pai.

_Sua mãe é uma moleca linda de se ver.

   Desceu com a filha para a sala, Luciana ainda estava ali dando os últimos ajustes na casa.

_Luciana vai se arrumar, daqui a pouco todos chegam e você tá aí assim.
_Daqui a pouco eu vou. – Foi para a cozinha, saiu gritando no caminho – LOURDES OLHA O FORNO PRA MIM!

   O interfone tocou e ele foi atender a porta, assim que Paula colocou o carro na garagem e desceu viu Gabriela nos braços do irmão, tomou-a e entrou na casa.

_Você veio sozinha?
_Sim, a mamãe já já vem.

_Sozinha não... Ela veio comigo.

  Victor cumprimentou o namorado de Paula e entraram na casa.

  Aos poucos os familiares iam chegando, Leo e Tatianna foram um dos últimos.

_Cadê a Gabi? – Tatianna perguntou olhando para a sala.
_Está com a Paula lá no jardim. Só te digo uma coisa, vai ser difícil tirar a menina dos braços da minha irmã.
_Vou tentar.

   Assim que saiu atrás de Paula, Victor puxou Leo para se juntar ao restante da turma. Estava empolgado no papo quando viu Luciana descer na escada, ela estava linda e perfeita.

_Victor, limpa.
_O que Leo?
_A baba no continho da boca. (Brincou)

   Só após isso percebeu que estava tão concentrado em ver sua esposa que parou o que estava falando para admirá-la boquiaberto. Foi até ela que já estava no ultimo degrau.

_Você tá linda e perfeita. – Encostou os lábios no dela
_E você é suspeito em falar.

   Luciana foi cumprimentar todos ali presente, estava feliz, mas só faltava algo para se sentir completa, seus pais.

   Carol chegou toda animada com uma travessa nas mãos.

_Amigaaa – Abraçou Carol – Pensei que não viria.
_Se eu não viesse poderia me chamar de louca.

   Luciana terminou de cumprimentar o marido da amiga e o filho, depois o menino saiu correndo para ir brincar com Matheus.

_Olha, hoje trouxe aquela torta que você ama.
_Ai serio? – Tomou a travessa das mãos da amiga e correu para o balcão, pegou uma faca e com olhos fechados degustou a comida. – Amo essa sua torta de frango.

   Antes das dez o jantar foi servido, todos estavam sorridentes, alegres e Victor não parava de admirar a sua esposa ali, dando atenção a todos. Após o jantar e a sobremesa, aos poucos as pessoas iam embora cansadas, o restante ficou na sala.

Paula: _Gente, o que vocês tem de planos para o ano que se aproxima?
Leo: _Eu quero dar um jeito de reduzir a maratona de shows para ter mais momento com a família e quem sabe aumentar ela né amor – Abraçou Tatianna que fez um gesto afirmativo com a cabeça.
Carol: _Eu quero sair daquela miséria de hospital. Aí Lucy, arranja um emprego pra mim lá naquele hospital chique que você trabalha ok? – Todos riram.
Paula: _Vitor? E você?

    Ele olhou em volta, já tinha conseguido tudo o que queria na vida, mas como todo ser humano sempre tem algo em mente.

_Casar... – Falou olhando a hora pelo celular.
_Mas você já é casado dãããn! – Paula rolou os olhos e mais uma vez todos riram.
_E o que me impede?

   Luciana o fitou com raiva.

_Eu. Sou sua esposa e nós já somos casados.
_Sei lá amor, vai que aparece uma loira que me tire o fôlego? – Puxou Luciana para sentar de lado em seu colo.
_Espera só um minuto gente, vou ali pintar meu cabelo de loiro, já volto – Fez menção de se levantar mas ele segurou forte em sua cintura.
_Tô brincando, na verdade eu tenho alguns planos mas não gosto de expor eles.

   Continuaram conversando sobre o ano que se aproximava até Matheus chegar reclamando que tinha caído.

Tatianna: _O papo tá bom mas temos que ir né amor?
Paula: _Eu vou dormir. – Levantou-se – Vitor, pega minha mala no carro?
Victor: _Pede pro seu namorado fazer isso ô sua folgada.
Luciana: _Eu vou ajudar Joyce e Lourdes a limpar a cozinha.

   Despediu-se de Tatianna, Leo e os meninos. Assim que entrou na cozinha Joyce estava tensa.

_Dona Luciana.
_Fala Joy – Não a encarou porque estava ocupada colocando sorvete na taça.
_Eu posso sair pra ver o Murilo?
_A essa hora, desculpa Joy, acho melhor não. – Sorriu ainda com a colher cheia de sorvete na boca. – Tô brincando, pode sim. Aliás, vamos, eu te levo.
_Não precisa se incomodar Luciana.
_Joy, sem mais. Vou pegar minha bolsa lá em cima.

   Antes de sair avisou a Victor que estava na sala com Gabriela nos braços. Deixou Joyce no edifício onde morou.

_Toma – Pendurou as chaves no dedo – Leve ele pro meu apê.
_Não Dona Luciana, muito obrigada. Depois das duas da madrugada ele sai do serviço e aí saímos por aí.
_às duas da madrugada se tem o que no meio da Rua, Joy? Tô te falando, vá com ele até meu apê.
_Obrigada Luciana.

    Viu a sua ajudante ir em direção a Murilo, sorriu e saiu dali. Refletindo durante o caminho ela chegou a uma conclusão: “Quando amamos queremos que todos ao nosso redor fiquem bem... acho que é isso a tradução do amor”

   Assim que entrou em casa tudo já estava desligado, com meia luz. Subiu para o quarto, Victor estava acordado trocando de canal na TV, parecia estar cansado só esperando-a chegar.

_Demorei? – Colocou a chave na mesinha.
_Não.

    Luciana sentou na beira da cama, retirou os sapatos e suspirou aliviada.

_Fazer festa em casa é bom mas é cansativo. – Massageava o pé.

    Agradecendo mentalmente por ter “aliviado” os pés, Luciana sentiu as mãos de Victor tocarem sua cintura, o corpo dele se aproximou mais, sussurrou no ouvido dela.

_Coloquei a Gabi pra dormir já.
_Muito obrigada meu marido prendado.
_Quer massagem?
_Você faria?
_Tira a roupa e deita.

    Aos risos dele, ela foi tirando peça por peça bem devagar, queria seduzi-lo, ficando só de calcinha deitou-se de bruços. Aquelas mãos de Victor eram milagrosas, deslizavam facilmente em suas costas, já estava quase dormindo quando ele deu um leve tapa no bumbum dela.

_Acorda.
_Me deixa Victor, quero dormir.
_Não, agora você vai fazer massagem em mim. – Deitou do lado dela
_Seu chato.

   Ficando na mesma posição que Luciana estava anteriormente, Victor procurou relaxar, as mãos de sua esposa eram delicadas e ao contrario dela, sentiu-se muito bem revigorado, o cansaço já tinha passado.

_Espera Lu.

   Mexeu para virar e ficar de frente para ela, Luciana só ergueu um pouco o corpo para depois enfim sentar em cima dele. Foi deslizando até ficar deitada em seu peito.

_Quero você.
_Victor, estamos com visitas hoje – Apoiou o queixo no peitoral dele para encará-lo.
_Qual o problema? Você acha que eles não estão fazendo o mesmo que nós não?
_Victor! – Repreendeu-o batendo de leve em seu peito.
_Vamos namorar morena?
_Somente beijos ok?

   Ainda com seu corpo em cima do dele, Luciana iniciou um beijo, sentiu uma ardência dentro de si, queria ele para ontem e percebeu que estava sendo correspondida, finalizou o beijo.

_Victor... – Olhou para baixo e sorriu
_Não tenho culpa se meus desejos ficam incontroláveis quando você resolve deitar em cima de mim e só de calcinha.


   Sorriram, e o olhar de ambos caiu para a boca, mais um beijo se iniciou.

Continua...

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Cap. 94



         Capitulo 94


  Aviso: Este capítulo contém cenas de sexo. Se você se sente desconfortável, não leia =P 


  Enquanto Victor sugava-lhe o pescoço, Luciana não parava de olhar para o berço.

_Vih... Para.
_Não consigo... (Sussurrou)
_Victor... A Gabi.
_O que tem ela? – Parou de beijá-la
_Ela pode ver e... Não podemos fazer isso.
_Mas nós fazíamos aqui antes e você não reclamava.
_Porque era de madrugada né? Agora olha a hora – Olhou no pulso – Ainda são nove da noite.
_Ok...

   Victor sentou na cama procurando ar, sua respiração ainda estava ofegante, teve uma brilhante idéia.

_Vem comigo.

   De mãos dadas foram para o banheiro, ele colocou-a sentada no mármore da pia, ficou entre as pernas dela, assim logo tomou o pescoço e distribuiu beijos e leves sugadas no local, Luciana já gemia baixinho e apalpava a calça jeans para ajudá-lo a desabotoar a calça, aquelas mãos delicadas dela causava arrepio em Victor, parou o que estava fazendo para encará-la.

_O que foi?
_Não estou conseguindo abrir sua calça.
_Deixa que eu faço isso.

   Afastou-se um pouco dela e em movimentos calmo desabotoou a calça e deixou-a cair, ergueu o olhar para Luciana e sorriu sapeca.

_Não me tortura Victor, vem logo.
_E quem disse que vou te amar aí?

   Retirou o restante das peças, sem paciência Luciana retirou as suas. Victor segurou-a e ela logo entrelaçou as pernas envolta do quadril dele, assim foram para dentro do box, aos poucos foi escorregando dos braços e não perderam mais tempo, entregaram-se aquele beijo ferozmente, suas línguas demonstravam tudo o que queriam, as mãos já estavam muito bem ocupadas, Luciana segurava o membro dele que já estava enrijecido enquanto que Victor dava leves beliscões na região glútea dela. Já sentindo que não agüentava mais de tanto tesão empurrou-a para a parede, pressionou todo o corpo sobre o dela, uma das mãos segurou uma das coxas dela e num pedido mudo levantou até o seu quadril, a outra mão ligou o chuveiro, a água caia nos corpos.

   Com o corpo molhado Victor colocou a boca na curva do ombro com o pescoço de Luciana para saborear a pele de sua amada, ouviu-a gemer.

_Me possua Victor!

   Colocou o membro e calmamente foi sentindo-a, estava entrando aos poucos dentro dela, Luciana já cravava as unhas em suas costas quando ele acelerou o ritmo, afastou o rosto do corpo dela e olhou para baixo, agora eram um só, um só corpo, uma só alma. Seu olhar subiu para os lábios dela que estavam num tom avermelhado por conta da intensidade dos beijos, ela sorriu e o mundo parou para ele, sentiu as mãos da mesma espalmarem em seu peitoral e arranhar de leve, depois desceu para o quadril dele, ela estava ousando e assim que ele se aproximou mais uma vez para tomar os seus lábios e assim se encaixarem para um beijo, espalmou as mãos na região glútea dele, pressionou empurrando-o mais para si. Atingiram o ápice juntos e com ele ainda dentro de si ficaram em silencio, apenas ouvindo o barulho do chuveiro.

_Te amo – A voz de Victor saiu rouca enquanto aos poucos ia saindo do corpo dela.

  Tomaram um banho e foram para a cama.

   No outro dia tiveram que acordar para a realidade, Luciana voltou para Uberlândia junto com Tatianna e os meninos, Victor e Leo continuaram na estrada, últimos shows do ano.

   Os dias passaram devagar para eles, sempre que se falavam por telefone a saudade só aumentava. Em uma noite que ela estava voltando do trabalho, achou Victor brincando com Gabriela.

_Amor – Foi até ela e abraçou-a.

   Pediu que Joyce segurasse Gabriela assim que viu Luciana subir as escadas, sentiu que ela queria conversar, estava tensa, foi atrás dela. Achou-a no closet já indo em direção ao banheiro.

_Hey, onde pensa que vai doutora? – Impediu-a de passar.
_Vih, tô cansada, me deixa tomar um banho.
_Nem pensar, estou precisando de seus serviços doutora.
_Que pena, sou Obstetra e até onde sei homens não ficam “Grávidos” (Fez aspas com as mãos)
_Mas o meu problema a senhora pode resolver.
_Serio? – Continuou no embalo da brincadeira
_Sim. Estou com uma doença muito rara, ela tem um misto e se chama amor e saudade.
_Para de ser sacana Vih – Com um meio riso empurrou-o e foi ao banheiro.

   Victor esperou ela terminar o banho, assim que saiu não pode deixar de admirar, Luciana estava com uma camisola perfeita.

_Vem cá Lu... – Bateu na cama – Senta aqui.
_Não, seu tarado – Não conseguiu segurar o riso.
_Não vou fazer nada, te prometo. Só quero que me conte o porquê dessa carinha triste.

  Luciana sentou do lado dele, realmente estava triste.

_Hoje tive uma conversa com o meu chefe. – Respirou fundo – Vou ter que escolher, ou pego folga no natal ou na virada de ano.
_Mas como assim Luciana! (Alterou a voz) Eles sabem que você tem uma filha que depende de você?
_Claro que sabem Victor... Mas trabalho é trabalho. Não posso reclamar, ainda esse ano queria um emprego e não seria justo cuspir no prato que to comendo né?

  O silencio predominou, ambos procuravam uma solução.

_Você já sabe o que vai querer?
_Ainda não Vih, queria que você me ajudasse.
_Vamos pensar.

   Puxou-a para que se aninhasse em seu peito, Luciana sentou em seu colo e encostou a cabeça no ombro dele.

_Natal – Victor iniciou a conversa.
_Oi? – Ergueu o rosto para encará-lo.
_Escolhe a folga no natal, sei lá, é um evento mais familiar onde toda a família estará reunida.
_Tá, amanhã eu falo pra eles. – Baixou a cabeça e com os dedos ficou brincando com o peitoral dele.

_Então já tenho uma idéia, iremos fazer o natal aqui em casa, o que acha? – Puxou assunto depois de uma pausa.

_Amei, concordo com você Vih – Ergueu o rosto mais uma vez, agora foi para beijá-lo – Meu marido inteligente.  

Continua... 

Cap. 93


         Capitulo 93


   Após realizar a cirurgia e conseguir fazer o parto, a felicidade não cabia em Luciana, olhou para paciente que lhe agradeceu varias vezes por ter trazido sua neném ao mundo, finalizou tudo e foi para sala dos funcionários. Ligou para Victor, ele atendeu.

_Oi Lu
_Ai meu amor tô tão feliz.
_O que houve?
_Meu amor fiz uma cesárea e tipo... Tava muito nervosa no começo, ai espera, preciso de fôlego. – Respirou um pouco e ouviu Victor rir do outro lado da linha. – Enfim, eu tô tão feliz.
_Eu sabia que você conseguiria meu amor.
_É, mas se o Michael não tivesse na hora, acho que eu não conseguiria.

 Victor ficou mudo do outro lado da linha, ela percebeu isso.

_Você ainda tá aí amor?
_É Lu, to aqui sim. – A voz já estava um pouco desanimada.
_Tá, vamos falar de coisas boas. Que horas começa o show?
_Mais tarde.
– Falou seco.
_Victor, não era minha intenção causar ciúmes em você é que eu estava tão empolgad...
_Esquece Lu, olha tenho que desligar.
_Espera, a Gabi, como está?
_Ficou no quarto da Tati, agora no fim da tarde passeamos... Você faz falta Lu.
_Eu sei, prometo que esses dias irei aí.
_Você tinha me prometido que daria um jeito de vir pra cá amanhã, porque essa mudança?
_Calma aí Victor, tenho que providenciar as papeladas pra levar pro hospital. O mundo não gira em torno de você cara.
_Você tem razão, tenho que desligar antes que a nossa discussão piore.

  Desligou sem ao menos ouvir o que ela tinha a dizer. Estava com ciúmes sim e sabia que só iria piorar porque Luciana veria o ex todas às vezes e que iriam trabalhar juntos, só de pensar nisso se explodia de raiva por dentro.

  Assim que desligou Luciana sentiu seus olhos arderem, não iria chorar no local de trabalho mas se alguém a encontrasse isso iria acontecer. Saiu da sala e foi para o banheiro lavar o rosto, ao sair Michael estava esperando-a.

_Parabéns, você mandou bem.
_Obrigada Michael, eu tenho que voltar pra maternidade.
_Espera, irei junto.

  Procurou passar aquele resto de plantão afastada de Michael, não queria que a cena que aconteceu naquela noite ocorresse novamente, amava Victor e assim deveria parar de dar liberdade a outros caras, Michael seria o primeiro a tomar essa medida.

  Chegou em casa e tudo o que fez foi dormir, na sua cama faltava algo, faltava Victor abraçando-lhe, fazendo carinhos em seus cabelos enquanto assistia algum filme. Tentou ligar para ele mas só chamou, virou-se para o lado e foi dormir.

  Aqueles dias estavam corridos para Luciana, no sábado e domingo pegou o plantão direto só para na segunda-feira ir para São Paulo, iria fazer uma surpresa para Victor, que já não atendia suas ligações e não respondia suas mensagens.

  Para Victor aqueles dias de shows foi algo triste, queria sua Luciana ali, lhe passando segurança, posando para as fotos de sites assim como Tatianna fazia ao lado de Leo, mas o que tinha era Gabi que não a levava para os shows, Joyce tinha ido para São Paulo para cuidar de Gabriela enquanto eles saiam para fazer o show durante a noite.

  Acordou aquela manhã de segunda-feira meio triste, a saudade bateu e ele ligou para Luciana, porém o celular dela estava desligado.

   Estava na varanda do quarto de hotel brincando com Gabriela quando bateram na porta, assim que abriu lá estava Luciana, assustada sem ao menos saber se ele estava bem para com ela.

_Oi! Gabiiii – Tomou a filha dos braços dele e foi para a cama.
_Porque não atendeu quando te liguei?
_Estava vindo pra São Paulo. – Colocou a filha no berço. – E porque você ligou pra mim se quando eu te mandei mensagens não me respondeu? Quando eu ligava não me atendia? Victor, não vem me culpar, não agora.

   Foi para o banheiro, precisava relaxar antes que acabasse discutindo com Victor e pegando um vôo de volta para Minas Gerais. Aquela água escorrendo pelo seu corpo era a melhor sensação que podia sentir, assim que abriu os olhos tomou um susto, do outro lado do box Victor fitava-a, estava com os braços cruzados e visivelmente serio.

_O que houve? – Falou enquanto desligava o chuveiro e com as mãos tentava escorrer a água ainda contida no cabelo.
_Nada – Abriu a porta do box e entregou-lhe a toalha.
_Obrigada. – Enrolou-se e foi andando na frente até o quarto.

   Ao vê-la deixar a toalha deslizar do seu corpo para o chão Victor não se controlou, abraçou-a e roubou-lhe um beijo, já não se lembravam de discussão, clima tenso, nada disso, porque agora se entregavam aquele beijo.

_Entenda uma coisa, se tenho saudades e ciúmes de você é porque te amo. – Victor segurou-lhe o rosto entre as mãos.
_Eu sei disso Victor.

  Ficaram alguns segundos abraçados e só apreciando aquele silencio bom.

_Vai se trocar que vamos sair, a Tati e o Leo nos chamaram para passearmos pela cidade.

   Aquele dia foi bastante animado, como sempre Tatianna não largava Gabriela e Luciana só relaxava. Decidiu passar mais alguns dias enquanto Victor estivesse ali em São Paulo, ligou para Michael que concordou em pegar seus plantões.

   No ultimo dia ali na capital Paulista todos decidiram ir a uma pizzaria e ainda convidaram algumas pessoas. Entre amigos, Victor já falava que estava empolgado e pegando algumas dicas para fazer a festa de um ano de Gabriela.

_É verdade isso Cunhadinha? – Paula perguntou a Luciana
_Dependendo de mim não quero festa agora. A Gabi tá muito novinha, não vai entender nada.
_Mas eu quero e daí? – Victor abraçou-a de lado e beijou-lhe a bochecha
_Quando estivermos a sós conversaremos. – Todos riram.  

   Entre risadas e papos, Gabriela já estava meio sonolenta e Luciana decidiu voltar para o hotel, Victor segurou a filha nos braços para levá-la até o carro.

_Viu? Ela dorme feito um anjo nos braços do pai
_Não se acha muito tá senhor Victor Chaves.

   Assim que chegaram no quarto colocaram Gabriela no berço, Victor pressionou todo o seu corpo atrás de Luciana, segurou firme nos quadris dela.

_Amor, tô com saudades... – Sussurrou no ouvido dela.

  Ela virou o rosto para encará-lo.

_É mesmo? – Virou-se, ficando de frente para ele. – Que tipo de saudade?
_Saudade desse teu corpo nu sobre o meu – Desabotoou os primeiros botões da camisa dela – Ops! Desculpe.

 Aos beijos foram para a cama.

Continua...

domingo, 26 de janeiro de 2014

Cap. 92


          Capitulo 92


   Victor nada falou, foi para o banheiro e ao entrar no chuveiro deixou que aquela água caindo o deixasse mais relaxado. Ao voltar para o quarto Luciana estava sentada na cama o esperando. Ainda calado ele procurou uma bermuda em sua mala, depois vestiu, isso sem encará-la

_O que esta acontecendo Victor?
_Nada Luciana. Não posso ter meu momento não? – Arqueou as sobrancelhas.
_Olha, desculpa por não poder estar hoje aqui... – Levantou-se e o abraçou por trás. – Prometo amanhã ou depois vou dar um jeitinho de vir te ver. – Beijou as costas dele.

   Por um segundo Victor fez um risinho bobo e se sentiu uma criança. Prometeu que a ajudaria em sua profissão, então iria cumprir. Acariciou as mãos da sua amada que repousavam no abdômen, virou-se e distribuiu selinhos em seus lábios.

_Tudo bem... Desde que... Você me recompense quando voltar, ok?
_Eu prometo meu amor.

   Não se conformaram somente nos selinhos e entregaram-se em um beijo mais profundo, Victor foi empurrando-a até a cama, caiu por cima dela, suas mãos já estavam na alça da blusa de Luciana tentando tirar, enquanto as mãos dela já aproveitando que ele não fechara a bermuda ficou brincando com a barra da cueca. Aquilo estava indo longo demais.

_Para. – Empurrou-o de leve.
_Porque Morena? Tava tão bom.
_Tenho que ir.

   Sentaram-se na cama ainda procurando fôlego.

_Vou sentir saudade. – Beijou o ombro dela.
_Eu também. Acho que vou deixar a Gabi aqui.
_A Tati vai adorar.

  Antes de ir embora Luciana conversou com Tatianna que com um sorriso perfeito aceitou tomar conta de Gabriela. Infelizmente Victor não pode acompanhá-la até o aeroporto pois tinha que fazer a passagem de som na casa de show.

   Ansiosa, Luciana queria gritar de alegria, dizer como aquele dia estava lindo para todos. Ao chegar em casa ela pegou rapidamente as chaves do carro, em seu closet procurou seus trajes profissionais e foi para o hospital.

  Em um semáforo vermelho ela ficou pensando, como seria ver Michael agora? Será que seus sentimentos voltariam a tona mais uma vez? Seu celular apitou e ela viu uma mensagem:


“Já chegou em Uberlândia? Antes de entrar no hospital me dá um toque. Victor.” 

  Sorriu, tudo estava voltando ao normal, como nos velhos tempos onde sua amizade com Victor era algo forte e inocente... Mas não, a segunda mensagem que chegou demonstrou que a inocência entre ambos não era a mesma:


“Hey, te amo pra valer, lembre-se de não esquecer... 

...Beijos infinitos na sua boca... Minha gostosa J Victor.” 

   Dessa vez soltou uma gargalhada gostosa e assim entrou no hospital, fora recebida pelo chefe de plantão.

_Desculpa Lucy, não tivemos tempo de pedir sua papelada. Hoje está um caos aqui, estamos precisando mesmo.
_Ok, amanhã ou depois eu trago minha carteira de trabalho e outras papeladas.
_Venha, te mostrarei a ala dos funcionários.

   Tudo era mais vivo, mais alegre naquele hospital, Luciana pode ver os rostos dos funcionários que sempre estavam em harmonia uns com os outros. O ambiente era perfeito.

 Antes de guardar sua bolsa, ligou para Victor.

_Oi
_Não tá dando pra te ouvir.
_Espera... – Gritou com o pessoal da banda que estavam tocando algo para se divertirem – (Hey! Parem de barulho que estou falando com uma das mulheres da minha vida!) – Luciana ouviu alguns assovios e um “Gostosa” que ela podia jurar que vinha de Leo. – (Mais respeito com minha esposa.) – Voltou a falar com ela – Então agora consegue me ouvir?
_Sim, vou começar a trabalhar e ai... Estou nervosa.
_Vai dar tudo certo meu amor, eu confio em você.
_Você falando assim me dá uma injeção de animo sabia?
_Mas é claro que sei.
_Obrigada... Te amo.
_Boba, te amo mais.
_Tenho que desligar. Beijos.
_Outro

  Desligaram e ela pode sentir a mulher mais amada do planeta. Seguiu para a ala da maternidade e a tarde foi tranqüila, sem muito trabalho, pela noite foi falar com uma das enfermeiras.

_A paciente do 404, como está? Alguma evolução na dilatação?
_Não doutora, acho que terá que ser cesárea. A menina também é muito novinha.

  Sentiu seu corpo tremer. Depois de um ano iria fazer uma cesárea e pra piorar ao olhar para a paciente lembrou de Gabriela.

   Encaminharam-na para sala de cirurgia, Luciana sabia que não conseguiria fazer aquela cesárea sozinha. Antes de entrar na sala bebeu cinco copos de água, alguém sussurrou em seu ouvido.

_Não acha que está nervosa demais não?

  Ao virar-se Michael estava ali, se jogou nos braços dele.

_Michael, não sei se vou conseguir.
_Eu chego aqui pra pegar o plantão e você já me abraça? Vou querer estar sempre por perto quando você estiver nervosa. O que houve?
_Sabe, é a minha primeira cesárea e eu... Acho que não vou conseguir.

  O rapaz sorriu e voltou a fixar os olhos nos dela.

_No passado você que me ensinou a não ficar nervoso na hora de um parto... hoje sou eu quem tenho que te ensinar?
_Então, aqueles ensinamentos... Tá com você? Preciso que passe essa força pra mim.

  Michael riu e enlaçou-a pela cintura.

_Vamos, eu te ajudo a perder esse medo.

Um homem grisalho passou por eles.

_A novata mal chegou e você já quer pegá-la?

   Só uma frase assim para Luciana perceber que aquela troca de carícias mais parecia ser vinda de um casal. Baixou a cabeça e soltou-se do rapaz.

_Vamos?

   Entraram na sala e antes de fazer a incisão, Luciana sentiu que estava tremula, olhou para Michael.

_Não conte comigo doutora, quero ver você perder o medo e fazer isso.

   Ainda com as mãos tremendo ela colocou o bisturi sobre a pele da paciente, não conseguia se concentrar porque seu medo era maior, lembrou-se Gabriela mais uma vez, as lagrimas meio que silenciosas queriam descer pela sua face, sua testa já suava. As mãos de Michel seguraram as suas e ajudou-a nos primeiros passos.

Continua...

Cap. 91


          Capitulo 91


  Ao acordar Luciana rezou para que tudo o que houve na noite anterior não tivesse passado de um pesadelo, mas não era, as suas peças de roupa jogadas no chão entregou. Esfregou os olhos numa tentativa de esquecer-se de tudo, mas a culpa batia insistentemente em seu pensamento.

   Assim que tomou seu desjejum procurou por Victor que estava na grama brincando com Gabriela.

_Vih, precisamos conversar.
_Senta aí, pode falar.

   Assim que se aconchegou naquela grama verde e macia sentiu sua voz querer falhar, seus olhos embaçarem.

_Quero te pedir desculpas por ontem. Olha, só foi um sentimento passageiro, acho que... – Respirou profundamente para não chorar. – Acho que foi a emoção de saber que alguém pensa em mim, que se preocupa comigo mesmo depois de anos sem me ver.
_Você esquece que melhor do que alguém que pensa em você, é aquele que não só pensa em você todos os dias como te ajuda no que for preciso.
_Eu sei, não estou te desmerecendo. De uns meses pra cá minha vida mudou graças a você e eu só tenho a te agradecer...
_Essa é a hora em que você pede um tempo e sai por aquela porta, acertei? – Sentiu sua voz ficar rouca de nervosismo, amava demais aquela mulher.

   Luciana soluçou em meio ao choro, para ele, isso era um “sim” para sua pergunta anterior, segurou-se para não chorar também porque Gabriela já segurava forte em seu rosto, diferente dos pais estava sorridente.

_Não – falou após aquele silencio predominar o local por longos minutos. – Hoje assim que acordei me veio a realidade, te amo muito e não consigo viver sem você. Não quero passar todo aquele sofrimento de quando fui para São Paulo... Não me deixa Victor.

   Sem mais, Victor puxou-a para um beijo calmo e cheio de felicidade. Como uma verdadeira família feliz voltaram para o interior da casa, Luciana recebeu uma mensagem avisando que sua entrevista seria naquele dia.





   Com as mãos tremula, Luciana decorava falas em seu pensamento, queria muito aquele emprego. Victor segurou sua mão e ainda prestando atenção no transito beijou-a.

_Vai dar tudo certo amor.
_Será Victor? E se eu falar besteira na hora? E se eles me acharem boba?
_Seja você, é isso o que vão procurar saber na entrevista. Você se sairá bem.

 Parou de frente ao hospital e agora com o veículo parado pode encará-la.

_Vai dar tudo certo Lu, quando sair me dá um toque que eu venho te buscar.
_Tô me sentindo uma adolescente, é serio. Estou tremendo da cabeça aos pés.

 Victor riu gostosamente, abraçou-a, beijou-lhe rapidamente.

_Seja apenas você, mostre o que tem de bom e tudo dará certo.

 Antes de sair virou para encará-lo.

_Obrigada por me dar apoio mesmo depois de tudo.
_Te apoio porque te amo e sei que é isso o que você quer.

   Rapidamente Luciana entrou no hospital, a entrevista fora rápida, apenas explicou algumas informações contidas em seu histórico de trabalhos anteriores. Saiu de lá um pouco esperançosa, já ia ligar para Victor mas não precisou, ele estava fora do carro, encostado na lateral. Todo o tesão que não sentiu na noite anterior veio a tona.

_E aí? – Beijou-a
_Foi né. Agora é esperar me chamarem.
_Vai dar certo Lu. – Abriu a porta para ela entrar no veículo – Mademoiselle... – segurou a mão dela enquanto entrava.
_Bobo.

  Voltaram para casa felizes e sorridentes, parecia que tudo estava se encaixando novamente. Chegaram e desceram do carro.

_Antes de entrarmos, queria te pedir uma coisa.
_Sem dramas Victor, pode falar.
_Vai comigo para São Paulo dia doze?
_Ahhh Vih, tô frustrada daquela cidade.
_Por favor, Passaremos o fim de semana lá, depois terá a festa de aniversario do Antonio. Vem comigo, só te peço isso.
_Ok, você venceu.

 Victor abraçou-a forte, ergueu-a do chão e girou no ar.

_Para com isso seu maluco!

_O maluco aqui que te ama.

************************************************
   As semanas de dezembro estavam passando rápidas. Luciana já estava descrente, após sua entrevista nenhum telefonema recebera do hospital, não iria ficar se remoendo mas queria muito já estar trabalhando fixamente.

   A viagem para São Paulo não poderia ser mais divertida, Tatianna e Leo mimavam muito Gabriela, foi assim que saíram do aeroporto em direção ao hotel.

Luciana: _Vou acabar dando essa menina pra vocês criarem.
Tatianna: _Ai Lu, queria tanto que a Gabi pudesse passar uns dias lá em casa.
Victor: _Calma que nas férias você vai paparicar essa menina e muito.
Leo: _As suas férias serão junto com a família Vitor?
Victor: _Pretendo que isso aconteça. Ano passado não aproveitei nada.
Luciana: _Sem contar que a Gabi nasceu e você teve que voltar.
Victor: _É mas agora eu tenho você do meu lado e juntos aproveitaremos as minhas férias. – Abraçou-a de lado.
Tatianna: _Lembrei da Hellen te embebedando na virada do ano. – Todos riram.
Leo: _Melhor nem lembrar, vamos esquecer isso.

   Assim que entraram no hotel cada um seguiu para seu quarto. Luciana colocou Gabriela no berço e no mesmo instante recebeu uma ligação, Victor apenas observava.

_Alô?... Sou eu mesma... Claro, posso sim... Agora estou em São Paulo, irei demorar... Ok.

  Desligou com um sorriso mais que perfeito.

_Quem era?
_O hospital, me ligaram para avisar que hoje eu começo... Isso não é legal?

   Bateu uma tristeza em Victor, queria sua esposa justamente naquele dia, dia da abertura dos shows naquela cidade.

Continua... 

sábado, 25 de janeiro de 2014

Cap. 90



            Capitulo 90


Aviso: Este capítulo contém cenas de sexo. Se você se sente desconfortável, não leia =P 



   Após conversar com Leo, Victor ficou mais a vontade para voltar a casa e participar daquele momento em família. Comeu uma fatia de bolo e ainda fez algumas piadinhas para todos ali presentes rirem, menos Luciana que estava visivelmente seria para seu lado.

   Com Gabriela nos braços, Tatianna chamou Matheus e Antonio para irem até a sala e Leo também foi junto. Lourdes e Joyce saíram de perto do casal para deixá-los mais a vontade.

_Esse bolo tá uma delicia. – Victor fechava os olhos degustando a comida.
_É, tá gostoso mesmo. – Respondeu bastante fria e se afastou dele para colocar o prato na pia.
_Lu, me desculpa? – Se aproximou dela.
_ Dessa vez pelo o que?
_Por não ter participado da montagem da arvore. Sei lá, acho isso serviço feminino.
_Mais tarde conversamos.

   Luciana saiu da cozinha em passos rápidos, agora quem estava com raiva era ela, para Victor era muito fácil ficar de mau humor e de uma hora pra outra melhorar. Sentiu-se culpado por mais uma vez estragar a felicidade de sua amada, correu atrás dela, conseguiu alcançá-la na entrada da sala, sem perceber quem estava perto segurou os braços dela e empurrou-a na parede.

_Eu te amo.

   Roubou-lhe um beijo cheio de segundas intenções, Luciana bem tentava cortar o clima já percebendo que todos observavam a cena do casal mas Victor insistia e sua língua parecia querer fazer moradia eterna dentro da boca da amada, ouviram alguém pigarrear, ao afastarem os lábios viram que na sala todos estavam ali.

Leo: _Aí, se querem namorar deixem para mais tarde. Os pequenos não precisam ver essa cena. (Soltou uma gargalhada gostosa)
Luciana: _Me desculpem. – Ficou vermelha na face, querendo que o chão se abrisse.
Tatianna: _Deixa eles Leo, achei tão romântico isso. Os meninos nem perceberam, estão brincando empolgados perto da arvore.

   Victor olhou para Luciana, que estava tensa e para acalmar os ânimos chamou Leo para conversarem na área externa da casa, ficou ali até o irmão ir embora com a esposa e os filhos. Assim que foi para o quarto Luciana estava lendo livro, através do óculos de grau olhou para ele.

_O que foi aquilo hoje?
_O que? A parte em que eu te beijei. Não tinha visto eles ali.
_Não é sobre isso Victor, estou me referindo a sua mudança de humor.

  Victor sentou ao lado dela, que já o fitava esperando uma resposta.

_Não queria falar sobre isso mas não dá para adiar Luciana. Quando você falou do Michael senti que estava abalada, querendo reviver o passado.
_Você acha que eu teria coragem de te trair?
_Não, de maneira alguma. Mas seus sentimentos ficaram mexidos, eu pude ver e sentir isso Luciana, consigo ler sua alma, seus pensamentos. Sejamos sinceros, você está empolgada pela volta dele.
_Victor, você está com ciúmes?
_Não Luciana, você está me passando isso. Eu acho que essa vinda dele te deixou abalada nos sentimentos.

   Ela não estava acreditando no que estava ouvindo. Pior de tudo foi ter que reconhecer que ficou abalada não ao ponto de deixar Victor, mas pelo fato de seu ex estar bem.

_Então você quer um tempo no relacionamento nosso? – Cruzou os braços nervosa.
_Eu? Não, mas e você?

   Uma pergunta tão simples e uma década para ela achar em seus pensamentos algo convincente, uma resposta mais clara.

_Não, eu te amo Victor, tenho certeza disso. Mas acho que essa sua insegurança vai atrapalhar.
_Não estou inseguro, apenas tenho medo de te perder, confesso.

  Luciana se aproximou dele e beijou-lhe calmamente.

_Nunca você irá me perder meu amor.
_Então se não vou te perder quero uma prova disso. Quero te amar hoje, sentir seu corpo e o meu formar um só, tem que ser agora.

   Não estava preparada para fazer amor naquela noite, sabia que estragaria tudo e acabaria discutindo com ele. Os olhos de Victor suplicava por esse momento e por ele e o amor que ambos sentiam tentou, rolaram na cama aos beijos mas Luciana assumiu o comando, ficou por cima e com poucas preliminares ajudou que ele a penetrasse, cavalgava no corpo dele e não podia deixar de pensar na voz de Michael sussurrando em seu ouvido, fechava os olhos ao lembrar desse fato. Não chegava a ser amor mas era um sentimento que sabia que seria passageiro, coisa de momento, estava no caminho certo ao querer Victor mais e mais. Não conseguiu atingir o ápice e o ajudou para que ele chegasse até o final, caiu deitada no peito dele, que empurrou-a e foi procurar suas roupas no chão para vestir, calado e pensativo.

_O que houve Victor? Vem pra cama.
_Reveja o que você fez porque depois disso o que aconteceu agora a pouco só me deixou mais decepcionado.
_Victor o que está falando? – Sentou-se na cama.
_Você estava pensando nele Luciana, percebi isso. Esqueceu que consigo ler seus sentimentos?

  Ela baixou a cabeça com vergonha.

_Eu bem que não queria fazer amor.
_Isso você chama de fazer amor? Desculpa Luciana mas hoje o que houve aqui foi uma transa qualquer.


   Saiu do quarto e deixou-a ali pensativa, queria reverter a situação mas naquele momento se sentia culpada. Encolheu-se no lençol e chorou baixinho, assim que o sono veio a tona relaxou, sentiu as mãos de Victor envolver sua cintura mas não ligou, continuou com seu sono profundo.

Continua...