Parte 1
Após despedirem,
Leo e Tatianna seguiram em seus carros, Victor fora em seguida junto com
Luciana, porém, desviou o percurso.
_Victor, esse
caminho nos leva para o lado oposto da nossa casa.
_Eu sei. – Continuou dirigindo sem olhá-la.
_O que você tá
aprontando hein?
_Aguarde e você
verá.
Continuou
dirigindo e assim pegou a rodovia, Luciana o olhava atentamente, porém ele só
olhava de esguelha. Já percebendo que não arrancaria nada, preferiu ficar
quieta, apenas apreciando a boa musica que tocava no som e assim relaxou,
esticou as pernas e pela janela via somente o escuro da noite, ainda tentava
ver algo além disso mas nada conseguia, aos poucos o carro foi perdendo
velocidade e chegaram no local, olhou para ele ainda boba e com vergonha.
_O que foi Lu? – Parou o carro na frente do local e só
assim encarou-a, passou a mão na coxa esquerda dela.
_Victor, isso
aqui é um motel.
_E o que tem?
Não é aqui que os casais namoram? – Beijou o rosto dela.
_Temos casa
para fazer isso.
_Ahh pagar de
santa agora não dá né Lu? – Se
virou para pegar algo no banco de trás. Entregou-lhe um pacote – E esse é o meu presente, acho que esse é
o local apropriado para você usar ele.
_Victor!
(Repreendeu-o) Lá vem você e essas lingeries né?
_Dessa vez acho
que você vai gostar.
O portão foi
aberto e na entrada Victor fez o pedido de qual quarto gostaria, era o mais caro
dali, Luciana pode perceber assim que eles os encaminharam. Guardou o carro na
garagem, ela ficou parada dentro do veículo.
_Vai sair do
carro? – Abriu para ela sair.
_Você é louco!
Ao sair ele
segurou uma das mãos e depositou um beijo. Abraçando-a por trás foi guiando até
entrarem no quarto, aquela meia luz era agradável, o cômodo era enorme e
Luciana queria olhar para todos os locais ao mesmo tempo, Victor virou-a para
beijar-lhe profundamente, beijo esse que a entorpeceu a tal ponto de deixar o
pacote com o presente escorregar de suas mãos.
_Quero ter mais
um filho com você Morena. –
Sussurrou no ouvido.
Luciana o
empurrou e correu para o carro, ele ficou sem entender nada, “será que ela está fugindo de mim?”
Sibilou.
_Olha ai no
frigobar, veja se tem água.
_O que você foi
fazer no carro?
_Pegar isso
aqui – Mostrou a cartela de
comprimidos.
_Tá com dor de
cabeça?
_Não. Isso se chama anticoncepcional – Foi até a mini geladeira e achou garrafa de água. Bebericou para só depois tomar com o comprimido junto.
_Não. Isso se chama anticoncepcional – Foi até a mini geladeira e achou garrafa de água. Bebericou para só depois tomar com o comprimido junto.
_Mas... – Ficou pensativo – Você nunca tomou isso.
_Eu sei mas
agora que estou casada não quero outro “acidente”
desse nem tão cedo.
_Tá explicado o
motivo da sua mudança de humor repentina.
_Esquece isso,
tomei é o que importa. – Se
aproximou dele e colocou a cartela dentro do bolso da calça – Cuida bem disso, não posso perder.
Victor
envolveu-a pela cintura e beijou-lhe mais uma vez, aquele beijo causava uma
sensação gostosa nele, as línguas sincronizavam de uma certa maneira que assim
como na transa, o ritmo era perfeito, eles sabiam o momento certo de acelerar
assim como também reduzir a velocidade. Luciana finalizou o beijo com vários
selinhos.
Ao entrar no
banheiro ela logo abriu o pacote, não queria demonstrar mas amava os presentes
que ele lhe dava, Victor tinha um bom gosto e sabia ter a dosagem certa para
comprar algo ousado e romântico. Um lindo conjunto de calcinha e sutiã, entre
eles uma liga de perna, puxou a ultima peça e pendurada em seus dedos ficou
sorrindo. Porque ele queria que ela usasse? Procurou se vestir logo para não
deixá-lo esperando tanto.
Victor POV (Point of view/Ponto
de vista)
“Estava tão ansioso que se alguém presenciasse esse momento iria dizer que eu não passaria dos meus 18 anos. Preparei tudo desde aquela manhã, aproveitei que Luciana estava tão empolgada nos últimos ajustes da inauguração que saí sem que percebesse, há muito tempo queria fazer isso mas me faltava oportunidade, certa vez falei para ela sobre essa idéia de ir para um motel e ela rebateu dizendo que não podia deixar a Gabi sozinha, isso não era justo, somos pais mas acima de tudo temos que ter uma vida a dois e coisas desse gênero sempre nos faz bem.
O plano estava dando certo e Luciana foi
correndo pro banheiro, ela estava ansiosa mas não dava o braço a torcer, o que
me deixava com mais vontade de vê-la daquele jeito, naquela lingerie. O quarto
que escolhi era justamente do jeito que queria, o plano estava perfeito, hoje a
noite seria para agradá-la. Corri até o carro, no porta malas deixei um dos
meus violões, peguei-o e voltei para o quarto, coloquei ele na cama e
rapidamente tirei minha roupa, ficando só de cueca. Acho que ela vai gostar da
minha serenata de amor. Aproximei-me de um sofá que ficava perto de um cano de
pole dance e sentei, ela demorou um pouco, até demais pro meu gosto mas quando
saiu do banheiro estava linda, do jeito que imaginei. Bastante tímida ela ficou
me procurando pelo cômodo.
_Aqui.
Assim que me viu se aproximou de mim e
com os olhos semicerrado veio em passos lentos.
_Onde você
achou esse violão?
_Como se não
soubesse que esse é um dos que eu comprei o ano passado.
_Victor, suas
surpresa me assustam.
_Relaxa, que
tudo isso é para um bem maior.
Analisando o local, Luciana parou os
olhos naquela área de dança, voltou a me fitar sem acreditar.
_É isso mesmo,
quero que vá ali e dance pra mim enquanto toco violão.
_O que você vai
tocar para que eu dance? Vida boa? (Arqueou as sobrancelhas) No way Vih, não sei dançar.
Mais uma vez em passos lentos ela se
aproximou de mim, aproveitei o momento para colocar dinheiro preso na liga que
estava em sua perna, porém, ela retirou, inclinou-se para sussurrar em meu
ouvido.
_Não precisa
disso, pra você faço o serviço completo de graça. – Depois me olhou profundamente. – Não sei dançar e se você rir eu te bato.
Dei o um riso sapeca para ela enquanto
lhe fitava.
_Então fica
tranquila. Prometo não rir da sua cara porque se tem alguém que está pagando
mico sou eu fazendo serenata ainda por cima de cueca.
Continua...
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