quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Cap. 65


                       Capitulo 65

Daniel: _Desculpa Luciana, mas é que como você tem um processo rolando na justiça vai queimar o nome da empresa.
Luciana: _Eu não tenho mais nada, meu caso na justiça já foi resolvido.
Carol: _Espera, eu não vejo necessidade da Luciana sair da sociedade.
Daniel: _Desculpa Carol, mas eu não quero continuar na sociedade com a Luciana.
Luciana: _A verdade é que você não vai com minha cara Daniel, por isso fica colocando um monte de empecilho. – Seus olhos já marejavam – Ok, é assim que você quer, irei providenciar a papelada com meu advogado. Com licença.

   Retirou-se da sala em passos largos para que ninguém presenciasse as lagrimas teimando em cair no seu rosto. Carol chamou-a.

_Lucy, espera – Luciana parou para esperar a amiga – Se você não continuar na sociedade eu também não quero continuar.
_Não Carol, não faça isso. Continue.
_Mas Lucy olha pra você, está aí chorando. Caramba! Era o nosso sonho fazer com que a LUCADAN desse certo e deu, não sei por que estamos assim. Olha amiga, reaja, lute, não deixa esse sonho que você demorou pra conquistar se acabar por uma briguinha besta entre você e o Dani.
_Você tá inocente nessa historia né Ká? Tá na cara que o Daniel quer que eu saia pra colocar a Karen aqui. Tudo tem seu momento certo, estou em um momento que quero me dedicar a minha filha, ter mais tempo com ela e a clínica só atrapalharia. Quanto a você – Tocou no ombro de Carol – Continue. Diferente de mim o seu filho já está com quase cinco anos, o que dá mais tempo pra você ficar aqui. Só te peço isso, fique.
_Só fico se você me prometer que quando for abrir sua clinica irá me chamar para sermos sócias. – Carol também já entregava que estava triste, as lagrimas no olho estavam já caindo pelo rosto.
_Sim, eu te prometo Carol.

   Chorando, as duas amigas se abraçaram como se fosse um ultimo adeus, passaram longos minutos ali. Luciana se recompôs e voltou para casa, durante o trajeto lembrou da inauguração da clinica, três jovens ansiosos para que aquele projeto desse certo, com certo receio de algo não sair como esperavam e hoje a amizade entre ela e Daniel tinha se desfeito, assuntos pessoais levou essa historia para um triste fim. Antes de entrar em casa, enxugou as lagrimas, não queria que Joyce falasse algo para Geovana, tudo era questão de tempo e ela logo se organizaria na vida. Ao entrar na sala e se aproximar do carrinho, seus olhos brilharam e ela logo esqueceu de tudo a sua volta até mesmo do problema, segurou Gabriela nos braços e ficou fazendo carinhos nela.

_Está tudo bem Dona Luciana?
_Sim Joyce. Faz um favor pra mim? Leva minha bolsa pro meu quarto?
_Tudo bem.

  Joyce saiu da sala e Lourdes se aproximou em passos lentos, nem Luciana percebeu a presença dela ali.

_Algo está te perturbando né menina?
_Que susto Lourdes. Não, estou bem.
– Omitiu
_Tem certeza menina? Sinto que você precisa conversar.

 Luciana olhou para Lourdes e sentiu-se despida, ficou com vergonha.

_Não precisa mentir pra mim Luciana, eu sinto as coisas.
_Vou ter que me desligar da clinica. Não cheguei a brigar com Daniel mas ele não me quer mais lá. – Baixou a cabeça.
_Fique tranqüila Luciana, em breve sua vida mudará e para melhor, é só isso o que tenho a dizer.

   A empregada saiu da sala e Joyce já estava descendo as escadas.

   Luciana passou os dias assim, procurou seu advogado e ele logo providenciou a papelada. Raquel preferiu não continuar na LUCADAN já que Luciana não faria mais parte da equipe, a recepcionista sempre fora fiel a ela e neste momento estava fazendo isso.

   Ao se levantar às cinco da manhã para dar a mamada de Gabriela, Luciana ficou pensativa, o que seria da sua vida? Com um tempo iria achar um ponto e colocar sua clinica, mas e se não desse certo? E se Daniel estivesse certo ao dizer que o nome dela estava sujo na cidade por causa de um capricho de Marilda? O que lhe restava era o hospital e era esse caminho que ela seguiria por enquanto.

  Colocou Gabriela no berço e ficou zelando o sono da filha, sentiu um roçar quente de pontas de dedos percorrerem em seus braços enquanto um corpo firme se pressionava contra suas costas, os mesmos dedos desceram e já com as mãos seguraram firmemente sua cintura enquanto os lábios macios deslizavam pelo pescoço.

_Eu sei que nossa filha é linda mas você tem que parar de se desligar do mundo enquanto zela o sono dela. – Sussurrou

  Aquela voz era um alivio para seu coração, Luciana se virou e o abraçou fortemente.

_Que saudades desse abraço. – Se segurou para não chorar.
_Pensei que estava com saudades dos nossos beijos também.

   Soltaram-se do abraço e os olhares de ambos já estavam na boca quando os rostos se aproximaram, mataram a saudade naquele beijo, as línguas já invadiam as bocas de ambos de uma maneira que a tradução era uma só: Saudade.

   Foram para o quarto, enquanto Victor tomava um banho para relaxar Luciana ficou pensando em sua vida.

_Hey, tem algo que te perturba? – Victor deitou do lado dela.
_Não, esquece. – Aquele não era o momento propício para ser contado. – Me conte como foi os shows.
_Bem, as mesmas coisas, mas a cada dia a energia fica mais positiva. – Envolveu o braço no ombro dela. – E por aqui? Está tudo bem?
_Sim, ai Victor nossa menina está tão linda. Agora só quer abrir o sorrisão e quando Lourdes está longe ela chora.

   Ficou falando sobre a filha para que ele não percebesse que algo incomodava nela, após conversarem muito e verem que já passava das seis e meia da manhã, ela deixou que ele descansasse um pouco e foi ajudar Lourdes nos afazeres da casa. Victor acordou depois das onze, fez seu desjejum e saiu para resolver algumas coisas, na volta para casa comprou um buquê de rosas brancas e vermelhas para sua amada, assim que parou o carro a cena que vira foi a mais emocionante para ele: Luciana estava com Gabriela nos braços, bem no jardim, sorridente e conversando com a filha.

   Desceu do carro e escondeu o buquê atrás para que ela não desconfiasse. Em passos lentos foi se aproximando dela que ao vê-lo sorriu mais ainda.

_Meu amor... – Percebeu que ele escondia as mãos – O que tem aí atrás?
_Acho que você logo irá saber.
_Me mostra logo.

   Victor mostrou o buquê e os olhos de Luciana brilharam, Joyce apareceu e segurou Gabriela para que os dois pudessem se abraçar.

_Obrigada meu amor – colou os lábios nos dele brevemente e segurou o buquê – Como são lindas.
_Comprei rosas brancas para selar a paz nessa casa, e vermelhas para que nossa paixão aumente mais ainda a cada dia que se passe.

   Luciana baixou a cabeça e chorou, sem saber, Victor estava levantando o astral dela que há dias não estava bem.

_Obrigada.
_Não tem de que meu amor.

  Ficaram em um breve silêncio, Luciana quebrou.

_O que fez com aquele buquê que me deu?
_Qual?
_Daquela noite em que nos separamos.
– Balançou a cabeça negativamente como se quisesse esquecer. – Detesto lembrar.
_Sinceramente? Joguei o vaso na parede.
_Victor! (Repreendeu-o com um meio riso)
_Não foi por estar com raiva de você, joguei porque assim que você fechou a porta eu me senti o cara mais idiota do mundo. Mas assim que vi o vaso em pedaços, salvei uma rosa e guardei no local secreto, um dia te mostro.
_Só não demora porque a essa altura ela deve estar murcha.
_Pode deixar. Vamos mudar de assunto – Se ajoelhou e segurou uma das mãos dela – A minha senhora gostaria de sair para jantar hoje comigo?
_Não Victor, a Gabi, ela não pode ficar sozinha.
_Luciana, precisamos sair um pouco, a Joyce cuida da Gabi por alguns instantes. Prometo que não te levo para canto nenhum além desse. Por favor Morena, não quebra o clima, estou aqui ajoelhado e te pedindo isso, sem contar no mico que estou pagando na frente da Joyce. – A empregada riu –  Viu? Se eu levar um toco ela vai rir mais ainda

Com olhar suplicante de Victor, Luciana cedeu.


_Ok, você venceu.

Continua...

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