terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Cap. 87


       Capitulo 87


With a smile...
Com um sorriso...
That's my home, yeah
Essa é a minha casa, yeah
That's my home.
Essa é a minha casa...

                      (Jessie J – Who You Are)

_Nunca fiquei tão feliz em te ajudar a fazer as malas.

   Victor separou todas as roupas de Luciana que estavam no guarda roupa, enquanto isso ela as arrumava dentro da mala. Ainda estava um pouco cansada e debilitada por conta dos medicamentos que estava tomando, com isso ele não a deixava fazer nada que precisasse de esforço. Joyce estava no outro quarto fazendo as malas de Gabriela e as suas, decidiu que iria ficar ao lado de Luciana e não iria voltar para casa de Lucas e Geovana.

_Vih, eu posso fazer isso. – Tentou se levantar mas ele impediu-a
_Hoje você não faz esforço nenhum.

  Terminado de separar as roupas, ajudou-a a colocar nas malas.

_Prontinho. Agora vem cá. – Abraçou-a
_Para de me tratar como uma criança. – Esticou o lábio inferior.
_Nesse momento você precisa de carinho e atenção. Vem, vamos tomar um banho.
_Eu posso fazer isso sozinha Victor.
_Luciana, de onde você tirou essa teimosia? Não está vendo que esta fraca, não consegue nem ficar em pé? Vem...

  Abraçados foram para o banheiro. Antes para Victor era um prazer despir sua amada, hoje ao tirar a blusa percebeu as seqüelas daquela loucura causada por ela, Luciana estava magra, o tom da sua pele era sem vida, doentio. “Mas isso vai mudar, tenho certeza e nos meus braços você vai melhorar” Pensou.

_Você está me olhando tão estranho – Encolheu-se no próprio corpo, escondendo os seios com as mãos.
_Eu? Imagina, você com sua neura. – Se aproximou dela – Sempre linda e sempre minha Morena.
_Não me chama mais assim. De morena não tenho nada. – Sentou na beira da banheira vazia.
_Não Lu, você está linda e sempre será linda.
_Aos seus olhos, que é suspeito em falar.
_Hey. – Ajoelhou-se, ficando entre as pernas dela. – Cadê a Luciana alegre e cheia de vida que eu conheci?

  Luciana olhava para o próprio corpo e as lagrimas tomavam conta de si, não entendia o porquê daquela crise existencial mas só queria que tudo ficasse bem. Colocou as mãos no rosto para Victor não vê-la tão triste assim, porém, ele tirou-as.

_Se for pra chorar, que chore em meu peito.

  Inclinou a cabeça dela para de encontro com seu peitoral e assim ela permaneceu por longos minutos, soluçava, fungava, o apertava cada vez mais.

  Victor a ajudou a tomar banho tentando arrancar risos dela, Luciana tentava sorrir. Não sabia o porque, mas queria sair daquele apartamento e não voltar nunca mais. Descobriu que luxuria não é tudo na vida, morar ali fez refletir que a vida não é só dinheiro, existe o amor para com o próximo também.

   Após terminar de se arrumar, Victor pegou as malas e levou-as para o estacionamento, colocou-as no bagageiro do veículo e subiu novamente. Joyce já estava com Gabriela nos braços saindo do apartamento.

_Onde está Luciana?
_No quarto.

  Encontrou-a olhando para aquele cômodo. Abraçou-a por trás.

_Me promete que não vai sentir falta desse apartamento?
_Não só prometo como quero sair logo daqui.

   Juntos e de mãos dadas desceram até a recepção do condomínio, entregaram a chave e foram para o carro em direção ao aeroporto. Menos de duas horas já aterrissavam em Uberlândia.

   Parecia que Luciana tinha visto aquela cidade há décadas, tudo parecia novo, mas ao mesmo tempo tudo estava do mesmo como da ultima vez que estivera ali. Sorriu internamente, aquela era sua verdadeira casa, Victor segurou-lhe a mão.

_Feliz?
_Sim.

   Aos gritinhos finos de Gabriela e risos chegaram na mansão, tudo estava muito calmo, esperava todos ali, Carol, Leo, Tatianna e seus sobrinhos só que não estavam lá. Desceu do carro com a ajuda de Victor.

_Depois pegamos as malas, vamos entrar.

   Assim que abriu a porta de entrada foi surpreendida com gritos e uma mesa repleta de guloseimas, na parede, bolas rosa e lilás e um cartaz: “Bem vinda Luciana!”

   Segurou-se mas não conseguiu, colocou as mãos no rosto e o choro veio involuntariamente. Carol foi a primeira a correr e abraçá-la.

_Minha amigaaaa, bem vinda.
_Obrigada Ká.

   Logo após todos os outros a abraçaram, Joyce ajudou Lourdes a servir o bolo, Luciana recusou.

_Luciana, a Lourdes fez exclusivamente pra você, coma. – Victor repreendeu-a com um olhar.

   Ela ensaiou algumas gafadas mas logo recusou. Victor sentou em uma cadeira e puxou-a para sentar de lado no colo dele, em uma das coxas.

_Será que dá pra vocês namorarem outra hora? – Carol fez todos rirem com essa frase.
_Não posso paparicar meu príncipe?
_Esquece vai, sei que você não sair do colo dele tão cedo, falo com você aqui mesmo. Me fala como você está?
_Bem, agora posso dizer isso.
_Se você soubesse o quanto sofremos aqui amiga. Não faz essa loucura de novo não tá?

  Luciana virou o rosto para encarar Victor que estava fitando-a, logo falou.

_Agora eu aprendi a lição de não ouvir mais ninguém.

   A casa ficou cheia o dia inteiro. Tatianna e Leo não largava Gabriela, Carol teve que ir embora, tinha plantão. No começo da noite Leo e a família despediram-se dos dois, deixando-os a sós, assim foram até o quarto.

   Sentir aquele cheiro, olhar para aquela cama, aquele closet que por vezes arrumou, fez Luciana acreditar que não estava sonhando, aquilo era real. Colocou as malas ali e logo percebeu a bagunça.

_Eu me afasto e você logo deixa esse closet ganhar vida própria né Victor?
_Viu como você faz falta? – Abraçou-a por trás. – Mas isso não é hora de arrumação, vamos namorar.

   Puxou-a para o quarto, sentaram na cama e ele logo lhe roubou um beijo. Há tanto tempo não o beijara assim com vontade e precisão, aquela língua que rolava em sua boca, pedindo mais passagem, as suas mãos na nuca dele... Essa era a melhor sensação do mundo.

_Victor – Quebrou o beijo. – Eu...
_Olha, só vamos fazer algo a mais se você quiser.

  Luciana gargalhou alto, o que fez Victor ficar sem entender nada.

_Qual o motivo desse riso?
_Nada... Estamos parecendo dois adolescentes bobos. Tô me sentindo uma virgem.
_É mesmo? – Segurou uma mexa do cabelo e colocou atrás da orelha dela. – Então tenho que fazer com carinho hoje.
_É gato mas hoje não vai dá... – Olhou para si – Tô um pouco fraca, prometo fazer amanhã com você.
_Tudo bem. Que tal tomarmos um banho?
_Você assim
– Apontou para a calça dele – Tarado desse jeito? No way. (Risos alto) Eu vou primeiro.
_Ok, deixa a porta aberta, qualquer coisa grita.

   Victor precisava deixar Luciana um pouco só para não sufocá-la, queria que ficasse livre.

   Assim que Luciana saiu do banheiro, Victor foi tomar um banho. Deitou-se na cama e suspirou aliviada, tinha que admitir que Victor era seu anjo, seu protetor aqui na terra.

_Pensando no que? – Puxou o lençol para deitar do lado dela.
_Estava aqui pensando, você é meu anjo protetor... – Encostou a cabeça no peito dele. – Obrigada por tudo Victor. Eu te amo.
_Eu sei que me ama, se não me amasse nosso casamento não superaria essa turbulência que aconteceu esse mês.
_Me perdoa por eu ter sido tão rude com você? – Encostou o queixo no peito dele para encará-lo.
_Só te perdôo se você me beijar.


   Luciana subiu um pouco e seus rostos se encontraram, aquela troca de olhar foi mais que perfeita, existia um brilho no olho de ambos, um amor sem explicação. Beijaram-se ternamente, mas foi intensificando, Luciana já descia com a mão pelo abdômen dele, brincando com a barra da cueca, Victor já colocava as mãos na região glútea dela, apertando-a fortemente, queria tanto quanto ela.

Continua...

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