sábado, 4 de janeiro de 2014

Cap. 67


          Capitulo 67


_Tem certeza Lu? – Victor já estava em pé colocando sua boxer.
_Eu... Não sei, ela tá quente, chora muito. Victor, tô com medo – Sentou na cama e começou a tremer.
_Calma, vamos até o quarto dela.

   Enquanto Luciana ia até onde Gabriela estava, Victor colocou uma bermuda e foi até elas.

_E aí, quer levar ela pra emergência?
_Não, vou ligar pra Carol.

    Luciana ligou para Carol, por sorte a amiga estava saindo do plantão, porém, isso iria demorar um pouco, enquanto isso ela colocou um termômetro embaixo do braço da filha, a temperatura estava acima dos 37°, Luciana andava de um lado pro outro com sua filha nos braços, Gabriela não parava de chorar e ela chorava junto.

_Luciana, fica calma, deve ser normal.
_Não é normal. Olha Victor, nossa filha tá chorando sem parar. (Soluçou) e a Carol que tá demorando.
_Vou ligar pra ela.

    Victor ligou e na primeira chamada, ouviram o interfone tocar. Carol entrou e foi logo segurando Gabriela para analisar.

_Carol, me diz o que ela tem, por favor. Ela vai precisar ir pra emergência?
_Se você se acalmar e falar pausadamente irei responder tudo.
_Desculpa é que... – Voltou a chorar.
_Lu, fica calma. Uma febre às vezes não é nada. – Olhou para Gabriela – Vamos ver você minha boneca.

    Enquanto Carol analisava Gabriela, Victor se aproximou de Luciana, envolveu o braço no ombro dela, beijou-lhe o topo da cabeça, aos poucos ela foi se acalmando.

_A Gabi está com febre mesmo Lucy, mas essa febre é normal.
_Mas porque ela chora tanto Carol?
_Por causa da febre Luciana. O que ela precisa é de um remédio. – tirou da bolsa um talão de papel, prescreveu o remédio e entregou a eles. – Ela vai tomar e vai ficar boa, acredite em mim, sou a melhor pediatra que você conhece né? Rsrsrs

Victor: _Eu vou comprar o remédio. Com licença.

    Victor se trocou e rapidamente foi para a farmácia mais próxima para comprar o remédio. Enquanto isso Carol ajudou Luciana a colocar Gabriela para dormir, sentaram no sofá que tinha no quarto.

_Olha... Pelo o que estou vendo a noitada foi boa né?

    Carol falou e Luciana percebeu que na hora do desespero não tinha tirado as meias pretas e nem o espartilho, só colocou um roupão de seda. Olhou para si e envergonhada puxou mais o roupão, descruzou as pernas.

_Ká! (Repreendeu a amiga, que já estava rindo como uma criança.)
_Estou falando algo de errado? Com um Deus grego desse você tem que inovar na cama mesmo. E tratem de fazer mais filhos, quero ser madrinha de todos.
_Ele quem me deu esse conjunto de presente – Falou timidamente.
_Sério?! Então o boy tem bom gosto.
_Carol, é serio. Sem brincadeirinhas.
_(Risos alto) Ok, vamos falar de algo serio. E aí, como você está?
_Se for sobre o Daniel eu quero que ele e a vadia da Karen se fodam pra lá.
_É, hoje ele foi mostrar a ela onde seria futura sala. Aquilo me doeu Lucy, só acho que você deveria continuar.
_Ao lado do Daniel como sócios? Nem morta.
_E em pensar que nós três pensávamos tanto e sonhávamos que a LUCADAN desse certo, hoje, cada um segue seu caminho.
_Meu mal foi ter confundido amizade com uma transa.

    Victor entrou no quarto e ainda ouviu a ultima frase de Luciana, mas não quis questionar nada, sua filha precisava daquele remédio e isso era o que importava. Carol ensinou a como aplicar a medicação e foi para casa, Luciana a levou até a porta e após isso voltou para o quarto da filha, que já dormia tranquilamente, saiu dali e foi para seu quarto, as velas já estavam apagadas e ele já tinha recolhido-as.

_Vih, me ajuda a tirar esse espartilho

    Ficou de costas pra ele e com os braços deslizou o roupão até o chão, Victor sentiu-se totalmente atraído com aquela visão, e mais uma vez ele estava “animado”, mas com certeza Luciana não iria querer nada, estava preocupada, ele percebeu.

_Eu ouvi a ultima frase da sua conversa com Carol.
_E...?
_A sua frase – Parou o que estava fazendo – Com quem quis dizer aquilo?
_Ahh lembrei – Virou-se para ele. – Não foi com você. Estava falando pra Carol que meu mal foi ter confundido os sentimentos com o Daniel, talvez eu não devesse ter transado com ele e assim não confundiríamos nada.
_Mas de todo jeito o Daniel sempre foi caidinho por você, percebi isso nas reuniões que participava de vocês antes de abrirem a clinica.
_Eu quero é esquecer tudo isso.  –Virou-se novamente – Me ajuda a tirar isso porque quero tomar um banho.
_Posso ir junto?
_Só se for pra tomar banho como duas pessoas decentes Victor.

   Após tirarem a roupa entraram no banheiro, Luciana não estava brincando quando disse que tomaria banho sem fazer nada de mais. O deixou ali e foi trocar de roupa, depois foi para o quarto de Gabriela e ficou ali sentada na cadeira. Victor saiu do banheiro e foi até ela, que já estava dormindo ali.

_Lu, acorda.
_Pode falar, tô só com os olhos fechados.
_Vem pra cama, a Gabi está bem.
_E se acontecer algo com ela?
_Não vai Luciana, vem.

   Foi junto com o esposo para o quarto, se enrolaram no lençol e Luciana logo procurou o peito dele para se aninhar. Victor ligou a TV e ficaram assistindo filme mas percebeu que ela já estava dormindo, desligou televisão e foi dormir abraçado a ela.


   Luciana acordava de instante em instante para ver se estava tudo bem com sua filha, Gabriela estava tendo uma melhora e já pela manhã estava bem.

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    Aqueles meses foram normais e passaram rápidos, Luciana já tinha o jeito certo de cuidar da filha e as febres eram normais, aprendeu isso depois daquela madrugada. Como sempre Victor viajava e passava dias sem voltar pra casa, estavam fazendo muitos shows para que quando começassem a gravar o CD dessem uma reduzida, sentia saudades da sua família, queria Luciana sempre do seu lado mas se conformava com um telefonema, que agora tinha outra voz especial, Gabriela já soltava gritinhos e sibilava algo que eles ainda não entendiam mas Luciana não parava de gravar e sempre que podia mandava pra ele.

    Faltando alguns dias para o aniversario de Victor, ele teve uma folga e foi para casa. Passou a parte da manhã se divertindo ao lado da filha e de Luciana, pela tarde foram para a fazenda. Os assuntos agora eram diferentes, Luciana, Victor, Tatiana e Leo agora tinham outro papo, tudo era voltado em filhos, casamentos. Em um momento em que passeava com a esposa e a filha, parou de frente pro lago.

_Espera Lu.
_O que Victor, e porque esta se agachando?
_Logo você vai entender.

   Cavou bastante até achar o que queria. Tinha enterrado um pote de vidro, dentro dele, uma rosa que aparentava ter sido vermelha no passado.

_Foi aqui que eu guardei a rosa que tinha salvado.

  Luciana riu gostosamente, ajeitou a filha no carrinho de bebê e pegou o pote.

_Só você mesmo Vih. – O abraçou
_Guardei aqui porque esse sempre será o nosso canto aqui na fazenda.
_Meu amor, esse simples gesto me deixou boba – Sentiu que algumas lagrimas iriam cair.
_Para, não chora. – Com os polegares, limpou o canto do olho dela.
_Eu te amo Victor.

   Abraçaram-se fortemente, ficaram admirando a paisagem abraçados.

_Não gostei de saber que seu aniversario você não vai passar do meu lado.
_O trabalho me chama Morena. Seja o que for que você vai fazer, quando eu chegar vou querer.
_É mesmo? Não vou fazer festa pra você. Só iria te chamar pra sair, jantar, sei lá.
_Depois iríamos para um motel?
_Pra que motel se temos nossa casa? Dá até pra tomarmos conta da Gabi.
_Lu, temos que sair mais, não quero que nosso relacionamento caia na rotina.
_E não vai Vih, já basta as posições diferente que fazemos na cama né? – Afundou o rosto no peito dele, estava com vergonha
_Mas de vez em quando ir para locais diferentes reacende a chama sabia?
_Ok, vou pensar nessa sua idéia.

   E assim ficaram, admirando o sol se pôr para dar vez a Lua para brilhar, Gabriela sempre sussurrando algo que eles não entendiam e arrancando risos deles.

Continua...  

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