Capitulo 67
_Tem certeza
Lu? – Victor já estava em pé
colocando sua boxer.
_Eu... Não sei,
ela tá quente, chora muito. Victor, tô com medo – Sentou na cama e começou a tremer.
_Calma, vamos
até o quarto dela.
Enquanto
Luciana ia até onde Gabriela estava, Victor colocou uma bermuda e foi até elas.
_E aí, quer
levar ela pra emergência?
_Não, vou ligar
pra Carol.
Luciana ligou
para Carol, por sorte a amiga estava saindo do plantão, porém, isso iria
demorar um pouco, enquanto isso ela colocou um termômetro embaixo do braço da
filha, a temperatura estava acima dos 37°, Luciana andava de um lado pro outro
com sua filha nos braços, Gabriela não parava de chorar e ela chorava junto.
_Luciana, fica
calma, deve ser normal.
_Não é normal.
Olha Victor, nossa filha tá chorando sem parar. (Soluçou) e a Carol que tá
demorando.
_Vou ligar pra
ela.
Victor ligou e
na primeira chamada, ouviram o interfone tocar. Carol entrou e foi logo
segurando Gabriela para analisar.
_Carol, me diz
o que ela tem, por favor. Ela vai precisar ir pra emergência?
_Se você se
acalmar e falar pausadamente irei responder tudo.
_Desculpa é
que... – Voltou a chorar.
_Lu, fica
calma. Uma febre às vezes não é nada. – Olhou para Gabriela – Vamos ver você minha boneca.
Enquanto Carol
analisava Gabriela, Victor se aproximou de Luciana, envolveu o braço no ombro
dela, beijou-lhe o topo da cabeça, aos poucos ela foi se acalmando.
_A Gabi está com
febre mesmo Lucy, mas essa febre é normal.
_Mas porque ela
chora tanto Carol?
_Por causa da
febre Luciana. O que ela precisa é de um remédio. – tirou da bolsa um talão de papel,
prescreveu o remédio e entregou a eles. – Ela vai tomar e vai ficar boa, acredite em mim, sou a melhor pediatra
que você conhece né? Rsrsrs
Victor: _Eu vou comprar o remédio. Com licença.
Victor se
trocou e rapidamente foi para a farmácia mais próxima para comprar o remédio.
Enquanto isso Carol ajudou Luciana a colocar Gabriela para dormir, sentaram no
sofá que tinha no quarto.
_Olha... Pelo o
que estou vendo a noitada foi boa né?
Carol falou e Luciana percebeu que na hora do
desespero não tinha tirado as meias pretas e nem o espartilho, só colocou um
roupão de seda. Olhou para si e envergonhada puxou mais o roupão, descruzou as
pernas.
_Ká!
(Repreendeu a amiga, que já estava rindo como uma criança.)
_Estou falando
algo de errado? Com um Deus grego desse você tem que inovar na cama mesmo. E
tratem de fazer mais filhos, quero ser madrinha de todos.
_Ele quem me
deu esse conjunto de presente –
Falou timidamente.
_Sério?! Então
o boy tem bom gosto.
_Carol, é
serio. Sem brincadeirinhas.
_(Risos alto)
Ok, vamos falar de algo serio. E aí, como você está?
_Se for sobre o
Daniel eu quero que ele e a vadia da Karen se fodam pra lá.
_É, hoje ele
foi mostrar a ela onde seria futura sala. Aquilo me doeu Lucy, só acho que você
deveria continuar.
_Ao lado do
Daniel como sócios? Nem morta.
_E em pensar
que nós três pensávamos tanto e sonhávamos que a LUCADAN desse certo, hoje,
cada um segue seu caminho.
_Meu mal foi
ter confundido amizade com uma transa.
Victor entrou
no quarto e ainda ouviu a ultima frase de Luciana, mas não quis questionar
nada, sua filha precisava daquele remédio e isso era o que importava. Carol
ensinou a como aplicar a medicação e foi para casa, Luciana a levou até a porta
e após isso voltou para o quarto da filha, que já dormia tranquilamente, saiu
dali e foi para seu quarto, as velas já estavam
apagadas e ele já tinha recolhido-as.
_Vih, me ajuda
a tirar esse espartilho
Ficou de costas
pra ele e com os braços deslizou o roupão até o chão, Victor sentiu-se
totalmente atraído com aquela visão, e mais uma vez ele estava “animado”, mas
com certeza Luciana não iria querer nada, estava preocupada, ele percebeu.
_Eu ouvi a
ultima frase da sua conversa com Carol.
_E...?
_A sua frase – Parou o que estava fazendo – Com quem quis dizer aquilo?
_Ahh lembrei – Virou-se para ele. – Não foi com você. Estava falando pra
Carol que meu mal foi ter confundido os sentimentos com o Daniel, talvez eu não
devesse ter transado com ele e assim não confundiríamos nada.
_Mas de todo
jeito o Daniel sempre foi caidinho por você, percebi isso nas reuniões que
participava de vocês antes de abrirem a clinica.
_Eu quero é
esquecer tudo isso. –Virou-se novamente – Me ajuda a tirar isso porque quero tomar
um banho.
_Posso ir
junto?
_Só se for pra
tomar banho como duas pessoas decentes Victor.
Após tirarem a
roupa entraram no banheiro, Luciana não estava brincando quando disse que
tomaria banho sem fazer nada de mais. O deixou ali e foi trocar de roupa,
depois foi para o quarto de Gabriela e ficou ali sentada na cadeira. Victor
saiu do banheiro e foi até ela, que já estava dormindo ali.
_Lu, acorda.
_Pode falar, tô
só com os olhos fechados.
_Vem pra cama,
a Gabi está bem.
_E se acontecer
algo com ela?
_Não vai Luciana, vem.
_Não vai Luciana, vem.
Foi junto com o
esposo para o quarto, se enrolaram no lençol e Luciana logo procurou o peito
dele para se aninhar. Victor ligou a TV e ficaram assistindo filme mas percebeu
que ela já estava dormindo, desligou televisão e foi dormir abraçado a ela.
Luciana
acordava de instante em instante para ver se estava tudo bem com sua filha, Gabriela
estava tendo uma melhora e já pela manhã estava bem.
**********************************************
Aqueles meses
foram normais e passaram rápidos, Luciana já tinha o jeito certo de cuidar da
filha e as febres eram normais, aprendeu isso depois daquela madrugada. Como
sempre Victor viajava e passava dias sem voltar pra casa, estavam fazendo
muitos shows para que quando começassem a gravar o CD dessem uma reduzida,
sentia saudades da sua família, queria Luciana sempre do seu lado mas se
conformava com um telefonema, que agora tinha outra voz especial, Gabriela já soltava
gritinhos e sibilava algo que eles ainda não entendiam mas Luciana não parava
de gravar e sempre que podia mandava pra ele.
Faltando alguns
dias para o aniversario de Victor, ele teve uma folga e foi para casa. Passou a
parte da manhã se divertindo ao lado da filha e de Luciana, pela tarde foram
para a fazenda. Os assuntos agora eram diferentes, Luciana, Victor, Tatiana e
Leo agora tinham outro papo, tudo era voltado em filhos, casamentos. Em um
momento em que passeava com a esposa e a filha, parou de frente pro lago.
_Espera Lu.
_O que Victor,
e porque esta se agachando?
_Logo você vai
entender.
Cavou bastante
até achar o que queria. Tinha enterrado um pote de vidro, dentro dele, uma rosa
que aparentava ter sido vermelha no passado.
_Foi aqui que
eu guardei a rosa que tinha salvado.
Luciana riu
gostosamente, ajeitou a filha no carrinho de bebê e pegou o pote.
_Só você mesmo
Vih. – O abraçou
_Guardei aqui
porque esse sempre será o nosso canto aqui na fazenda.
_Meu amor, esse
simples gesto me deixou boba –
Sentiu que algumas lagrimas iriam cair.
_Para, não
chora. – Com os polegares,
limpou o canto do olho dela.
_Eu te amo
Victor.
Abraçaram-se
fortemente, ficaram admirando a paisagem abraçados.
_Não gostei de
saber que seu aniversario você não vai passar do meu lado.
_O trabalho me
chama Morena. Seja o que for que você vai fazer, quando eu chegar vou querer.
_É mesmo? Não
vou fazer festa pra você. Só iria te chamar pra sair, jantar, sei lá.
_Depois iríamos
para um motel?
_Pra que motel
se temos nossa casa? Dá até pra tomarmos conta da Gabi.
_Lu, temos que
sair mais, não quero que nosso relacionamento caia na rotina.
_E não vai Vih,
já basta as posições diferente que fazemos na cama né? – Afundou o rosto no peito dele, estava com
vergonha
_Mas de vez em
quando ir para locais diferentes reacende a chama sabia?
_Ok, vou pensar
nessa sua idéia.
E assim
ficaram, admirando o sol se pôr para dar vez a Lua para brilhar, Gabriela
sempre sussurrando algo que eles não entendiam e arrancando risos deles.
Continua...
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