segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Cap. 49 - Parte 2


Atenção: Este capítulo contém cenas de sexo! Caso não se sinta confortável, não leia.




   Luciana tocou a campainha do apartamento de Leo, olhou-se no espelho que ficava ao lado, preso na parede do edifício. Seus olhos estavam radiantes, estava amando como era e sendo amada por Victor. A porta abriu e os olhares foram trocados e presos um ao outro, ele sorriu e abriu espaço para ela entrar.

_Obrigada.

    Não sabia o que fazer nem como agir. Ora, ele era seu esposo, a pessoa com quem Luciana compartilhou os segredos mais íntimos, porque agora estava tímida diante dele? Notando o clima, Victor puxou-a para que juntos sentassem no sofá ali presente. Tocou-lhe a mão, acariciando-a leve.

_Obrigado por ter aceitado meu convite.
_Estou vendo que você já anda sozinho e de noite. Fico muito feliz por esse seu progresso, Victor.
_Eu sei.
– Baixou a cabeça – Fiz isso pelo nosso amor. Precisávamos ter um pouco de privacidade, não que em nossa casa não temos, longe disso, mas precisávamos de um momento a sós, eu e você, como dois namorados.
_Estou me sentindo uma adolescente mesmo, nem sei o que fazer. (Sorriu fraco)
_Eu sei...
– Levantou-se indo para o mini bar que ficava na sala, servindo um copo com whisky.
_Victor, eu não posso beber.
– O interrompeu. – Eu estou amamentando.
_Desculpe querida. Aceita um suco?
_Pode ser.

    Enquanto Victor ia para a cozinha, Luciana olhava ao seu redor, parece que ele tinha preparado tudo, a musica ambiental ela só pode notar naquele momento.

_Prontinho.
– Entregou-lhe o copo com suco – Um brinde?

    Os copos tocaram, e em nenhum momento eles quebraram a troca de olhares.

_Ao nosso amor
. – juntos sorriram e bebericaram suas respectivas bebidas. – Aqui parece aconchegante.
_O pouco tempo que fiquei aqui sempre gostei.
_Onde está o Leo?
_Ele não vem essa noite. Viajou para ver Clarisse.

   Luciana sentiu seu corpo ficar tenso, definitivamente parecia uma adolescente, mas como uma boa mulher já imaginou o que aquela noite reservava.

_E com isso você me trouxe para cá?
– Fez um olhar ousado.
_Sim. Quero conversar.
_Só conversar?
– Ergueu uma das sobrancelhas
_Claro que não.

   Victor retirou o copo das mãos dela e com o seu, colocou-os no centro, segurou as mãos e sua respiração demonstrou toda a timidez que estava sentindo no momento. Luciana não deixou se intimidar, tirando uma das mãos das dele, segurou-lhe a nuca e aproximou o rosto. A cena parecia ser em câmera lenta, ele via cada traço no rosto dela, o olhar caiu para a boca e os lábios se tocaram, uma emoção fora do comum acometeu-o, abriu um pouco mais para dar passagem a língua dela ir de encontro com a sua, elas se moviam perfeitamente, enquanto todo o resto do corpo reagia com leves espasmos, um choque bom de sentir. O beijo foi finalizado e Luciana já sorria com os olhos radiantes. Ficaram em silencio, com medo de quebrar aquela magia, Luciana pigarreou para acabar com o clima estranho.

_Se importa se eu te chamar para dançar?
_Onde Victor?
_Aqui na sala mesmo.

    Enquanto Victor procurava a musica ideal, Luciana pediu licença e foi ao banheiro, olhou-se no espelho, seu corpo tremia e ela achava que não daria conta do recado naquela noite.

_Calma Luciana, ele é seu esposo. Isso é normal, todo casal faz isso.
– Sussurrou para si.

   Respirou fundo e saiu do banheiro, Victor a esperava.

_Pronta?

   Pela musica Luciana deduziu que fosse mais um clássico que Victor gostava, Eric Clapton. Aproximou-se dele:

_Vih, faz muito tempo que eu dancei. Nem sei mais como deve ser.
_Deixa de drama, fazemos um par perfeito, Morena.

   Os batimentos cardíacos de Victor aumentaram a velocidade ao senti-la mais perto, colando o corpo para iniciar a dança, ele podia jurar que ela notara sua aflição e ansiedade. Repousou uma das mãos na cintura, enquanto a outra procurava a mão dela para entrelaçar, a mão delicada de Luciana tocou seu quadril, um gesto inocente, porém que mexia no seu sistema nervoso, o sangue que se instalava no corpo descera todo para entre suas pernas. Não! Ele não podia ficar excitado com uma simples dança, afastou-se milimetricamente dela e sentiu-a sorrir enquanto movia o quadril, lentamente, seguindo as batidas da musica, acompanhou-a nos movimentos.

(...)
And then she'll ask me, "Do you feel all right?"
E então ela me pergunta, "Você está bem"?
And I'll say, "Yes, I feel wonderful tonight"
E eu digo, "Sim, me sinto maravilhoso esta noite"

   Estava se sentindo um menino, com os hormônios mexendo consigo não o deixando pensar em nada.

_Como está sendo sua ida a psicóloga?
_Estou gostando. Agora só preciso enfrentar esse medo que me acomete.
_Vai dar tudo certo, Victor.

   Olhou para ela, Luciana tentava puxar assunto, mas estava mais nervosa que ele. Puxou-a mais para si espalmou a mão nas costas dela, subindo devagar, sentiu-a soltar o ar próximo ao seu pescoço, foi inevitável, a respiração de Luciana estava mexendo consigo e involuntariamente ele ficou excitado de vez. Sentiu quando ela tirou-lhe a mão que estava entrelaçada colocando na sua nuca, juntando a outra que momentos antes estava no quadril. Não tinha como ficar mais excitado do que estava, mas aqueles braços aferrando-o e as mãos dela mexendo em seu cabelo, o deixava sem conseguir concentrar.

(...)
I feel wonderful
Me sinto maravilhoso
Because I see the love light in your eyes
Porque vejo a luz do amor no seu olhar
And the wonder of it all
E a maravilha disso tudo
Is that you just don't realize
É que você simplesmente não percebe
How much I love you
O quanto eu te amo

   Luciana sentiu a ereção de Victor quando ele colou de vez os corpos, não hesitou tampouco o repreendeu, continuou dançando e agora fitava cada traço do rosto dele.

_Desculpe.
_Pelo o que Victor?
_Não consigo me controlar e... – Olhou para baixo – Acho que estou nervoso. Faz tempo que ficamos assim, a sós.
_Não fique tenso, também estou assim. Eu ficaria triste se seu corpo não respondesse aos meus toques... Eu sinto sua falta.

   Ele nada respondeu, mas ainda com os movimentos da dança tocou-lhe os lábios enquanto apertava a cintura de Luciana, um beijo casto, porém, ela queria mais. Victor colou a testa na de Luciana enquanto respirava ofegante. As mãos dela ainda estavam ali, em sua nuca, acarinhando.

_Você mexe comigo, Lucy. Estou tentando me controlar, mas está impossível.
_O que estamos esperando?
_Você dizer que sim e eu irei amá-la como nunca.

...
And then I'll tell her
E então eu falo para ela
As I turn out the light
Enquanto apago a luz
I say, "My darling, you were wonderful tonight"
Eu digo, "Minha querida, você estava maravilhosa esta noite"
Oh, "My darling, you were wonderful tonight"
Oh, "Minha querida, você estava maravilhosa esta noite"

   Luciana sorriu, tantas coisas boas ditas em duas frases. Continuou dançando e logo o olhou profundamente:

_Sim. Me ame essa noite e sempre que puder. Meu corpo clama por você, Victor.

    Victor parou de dançar, um sorriso surgiu nos seus lábios. Segurando a mão dela cruzou pelo corredor, indo para o quarto de hospedes, já tinha preparado tudo, Luciana só percebeu isso assim que entrou no quarto: Algumas pétalas de rosas vermelhas guiando o caminho até a cama.

_Você fez tudo isso, mas... E se eu não quisesse? – Arqueou as sobrancelhas.
_Primeiramente... – Aproximou-se dela, passando as mãos na cintura e apertando-a – Eu te chamaria de louca. Segundo, depois do clima na sala, pelo pouco que te conheço sei que não negaria.

   Ela sorriu e baixou a cabeça timidamente.

_Vamos tentar. Faz muito tempo que eu fiz isso.
_Apenas vamos fazer uma coisa em que somos bons... Fazer amor, e com você será a única coisa do universo que não canso.


        Luciana’s POV On

   Selamos os lábios em um beijo profundo, já correspondia com as mãos em suas costas, descendo para a barra da camisa, repousando-a por baixo dela para sentir a sua pele.Victor levou-me para a parede mais próxima, prensando-me para que pudesse sentir a sua excitação, prendendo-me em seus braços, aquilo estava sendo um máximo! Mesmo com os olhos fechados, eu rolava-os de tanto prazer. Os lábios se afastaram e ele olhou-me, sabendo que ali não tinha mais como voltar atrás. Estava nervoso como se fosse a primeira vez que iria me amar, sua respiração demonstrando toda a exasperação que meu corpo sentia.
Guiei cegamente para a cama até sentir que ele estava próximo a ela, abria os botões da camisa que ele usava, estava ofegante, querendo-o tanto que estava impaciente. Recebi a ajuda dele, que retirou a camisa, repousei as minhas duas mãos em seu peitoral, arranhando de leve e fazendo um esforço para colocá-lo sentado na beira da cama.  Victor lançou um olhar que me deixou mais viva, com mais garra e voltando a ser a Luciana que sempre fui quando estávamos entre quatro paredes. Sem perder muito tempo colocou a mão por baixo do meu vestido, puxando a calcinha de uma vez só. Sentei em seu colo com os joelhos apoiados na cama, ele beijou o meu pescoço enquanto eu subia mais o vestido, deixando-o na altura do quadril.

_Victor...
_Seja o que for, deixa pra depois.

   Victor voltou a beijar e dar leves sugadas no meu pescoço, eu queria dizer algo, mas o tesão estava imenso naquele momento.

_Victor, estou falando sério. – O empurrei de leve.
_O que houve meu amor? – Estranhou a minha atitude
_Fica aqui, já volto. – Saí da cama, ficando em pé, virei o rosto para encará-lo – Vai tirando o resto de roupa que você tem.

   Saí pelos corredores em busca da minha bolsa, claro que eu estava preparada para isso. Achei-a na sala e sem pensar em mais nada corri com ela de volta para o quarto

   Achei Victor apenas de boxer, esperando ansioso. Ergui a bolsa, abrindo-a rapidamente e com a respiração ofegante:

_Sei que estamos parecendo dois jovens virgens, mas você precisa usar isso. – Mostrei o pacote de camisinha.
_Mas porque Luciana?
_Não estou tomando comprimidos. Por favor, só hoje.

   Ousada, andei lentamente mexendo meu quadril de uma maneira sensual, deixando Victor quase sem ar, eu podia senti-lo nervoso, tragando a própria saliva.

_Adoro quando você fica assim, só de cueca.

   Provoquei-o com um beijo profundo, agora estava me insinuando para ele, descendo as mãos pelo corpo dele até chegar na barra da boxer. Ousada, coloquei a mão dentro para sentir a intimidade que latejava e estava rígida. Victor gemeu entre meus lábios enquanto sentia a tortura que a minha mão fazia em seu membro, fazendo caminho de ida e volta bem devagar.

_ Lucy! Melhor parar. – Sussurrou com a voz falha.
_Por quê? Não está gostando, meu bem?
_Eu preciso de você... Tem que ser agora.
_Pra que a pressa quando temos a noite inteira pela frente.

    Empurrei-o para deitar por completo na cama. Sim. Eu estava nervosa, com medo de errar em algo mas nessas horas deixei tudo de lado para viver do prazer, prazer esse que iríamos ter como nos velhos tempos. Tomei seus lábios e o beijei, sentindo Victor segurar minha cintura e com toda força masculina jogar meu corpo para baixo, nossas intimidades roçando, apenas aquele tecido da sua cueca nos separava. Desci meus lábios para seu corpo, deixando um rastro por onde passava, parei entre suas pernas e sorri para ele que estava nervoso e ao mesmo tempo louco de excitação. Mordi de leve a parte interior das coxas e subi para sua virilha, não era preciso ser expert para saber que Victor estava pulsando em sua intimidade, clamando para que eu o livrasse daquela boxer. Mordi de leve o seu membro ainda por cima daquela cueca e o vi agarrar com força os lençóis próximos, pender a cabeça para trás e conter o gemido que estava preso em sua garganta, vagarosamente tirei seu membro e com minha boca e mãos explorei aquela região. As mãos de Victor foram para meu cabelo, segurando com força, oras puxando, outras, me guiando na velocidade que queria.

    Senti ele me virar e acomodar minha cabeça no travesseiro, seu olhar era pura luxuria misturado com seu jeito encantador e romântico. Colocou-me sentada para tirar meu vestido, deixando-me com o sutiã, que também não durou muito em meu corpo, ele pôs a mão no feixe, passando as alças por meus braços, revelando os meus seios. Deitou-me novamente e do mesmo modo que eu fiz, ele fez em meu corpo, deixando um rastro por onde seus lábios passavam, parou com a boca em um dos meus seios e sugou-o, enquanto uma das mãos tomava o outro e apertava me causando um prazer imenso. Sua língua fazia círculos pelo meu mamilo e eu me contorcia mais embaixo do seu corpo. Prazer maior foi sentir os dedos dele em minha intimidade, fazendo círculos enquanto sua boca não parava de sugar meu seio. Estava a ponto de gritar e acordar todos os vizinhos, as ondas do prazer estavam ficando cada vez mais fortes quando ele parou.

   De joelhos Victor procurou a camisinha, achando-a na cama. Rasgou o pacote nas pressas, estava ofegante, sentindo-se sufocado. Amava vê-lo assim, com as mãos tremulas enquanto tentava se proteger. Victor deitou sobre mim, um medo o invadia, achava que não iria conseguir.

    Senti Victor investir dentro de mim, devagar, parando na metade para procurar meus olhos e quando encontrou, sorriu com um brilho nos seus. Aquela magia eu apenas queria que se esticasse pela eternidade, a cada vez que sentia seus carinhos em meu rosto, sua voz rouca me falando coisas próprias para aquele momento, um prazer me invadia. Gemi ao sentir que ele agora fazia movimentos contínuos, parando algumas vezes. Após alguns minutos, já sentia que o prazer estava a caminho, me invadindo por dentro, aumentei os gemidos e fiquei procurando onde colocava as mãos para fincar minhas unhas. Victor também estava sentindo que o prazer não iria demorar muito para chegar e acelerou os movimentos, clamando pelo meu nome. Caiu sobre mim, cansado, respiração rápida e feliz.

_Te amo – Saiu de dentro de mim e deitou ao meu lado

   Virei meu corpo para aninhar-me ao dele, estava satisfeita e feliz. Coloquei a cabeça em seu peitoral e fechei os olhos. Após a luta pelo prazer, vinha a paz e a satisfação. Tudo estava tão calmo que achei que tinha cochilado, mas antes de pensar nisso ou meus olhos quererem fechar, Victor respirou forte, fazendo isso apressadamente.

_Está tudo bem? – Ergui meu rosto para encará-lo.
_Sim. – Tentou sorrir. – Acho que eu achei um momento bom para desabafar.

   Victor forçou levemente minha cabeça a afastar dele. Fazia menção de levantar, não só saí de perto dele como sentei encostada na cabeceira. O encarava com mil perguntas em minha mente. Será que aquela nossa transa foi um teste para ele e ao fim saber que não existia sintonia entre nós?

_Estou ficando louco guardando tanta coisa só para mim.
_Pode falar, Vih. – Toquei sua mão. – Se for sobre nós, estou preparada.
_Não. – Ele abriu um sorriso lindo. – Nosso relacionamento está indo tão bem. essa noite só fez provar isso.
_Então conte-me o que te aflige?


Luciana’s POV Off.

Continua... 

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