“E toda vez que se
lembrar de mim
Saiba que estarei com
você
E quando tudo parecer
o fim
Lembre-se que nunca
vou deixar
Nosso amor morrer"
(Viva por mim –
Victor e Leo)
Aquela ligação mexeu muito com Luciana,
estava desesperada, sem entender nada. Victor iria deixá-la? Leo a chacoalhava
na esperança de tirá-la daquele transe:
_Luciana como você conseguiu falar com o Victor? Me fala alguma coisa.
_Luciana como você conseguiu falar com o Victor? Me fala alguma coisa.
Ela apenas soluçava, olhando para o nada.
Como um filme lembrou de todos os momentos bons que viveram, do nascimento da
sua filha que iria acontecer ainda. Leo sumiu do quarto, levou consigo o
celular dela, não parou para falar com Marisa tampouco com Paula, foi direto até
a delegacia, ligando ao mesmo tempo para Amaral – O detetive de confiança da família.
Não estava preocupado se estava falando no celular enquanto dirigia, a vida do
seu irmão era mais importante.
_Me encontre lá na delegacia, Leo.
Desligou e aguardou alguns minutos, juntos
entraram na sala do delegado que rapidamente pediu que rastreassem aquele
numero.
_Vá para casa, Leonardo. Tudo indica que
achamos o cativeiro, vou mandar meus homens até lá, mas se você for, será muito
arriscado.
_Prometam que vão passar tudo o que está
acontecendo.
_Leo, eu irei ficar aqui até saber alguma
noticia. Pode ir – Assegurou o detetive da família
Leo voltou mais calmo para casa, apenas
queria saber como e onde Victor conseguira aquele celular. Assim que entrou na
mansão, Luciana desceu as escadas com toda a fúria que estava.
_Devolve meu celular, Leo.
Ele baixou a cabeça e entregou-lhe, sob os
olhos assustados de Marisa e Paula.
_Tem alguma noticia do Victor? Conseguiram
rastrear o numero?
Marisa: _Que numero?
Com o olhar, Leo suplicou que Luciana não
contasse nada a Marisa. Sua mãe iria ficar desesperada.
Luciana: _Um numero ligou
para meu celular e eu pensei que fosse do Victor, Dona Marisa. Acho que me
enganei.
Paula: _Mas e aí, Leo?
Leo: _Nada. Mais uma vez foi uma pista
falsa.
Luciana subiu para o quarto, Gabriela que
assim como todos da casa, estava com o sono perturbado e chorona, clamando pelo
pai.
_Papai já volta. – Abraçou-a embalando a
filha em alguma cantiga de ninar
Parecia um replay em sua cabeça, Victor
despedindo-se dela como se estivesse prevendo algo. Sentiu as lágrimas molharem
seu rosto e um soluço vir em segundos.
_Está tão difícil sem você. – Sibilou
Leo entrou no quarto dela e ficou fitando-a,
sério. Luciana colocou Gabriela na cama, mostrando-lhe alguns brinquedos para
fazê-la entreter-se.
_O que você está sabendo Leo?
_Eles acharam o cativeiro.
Um baque no coração, Luciana queria gritar
de felicidade, pegar seu próprio carro e ir em direção ao local, queria tirar
Victor daquela aflição toda e trazê-lo de volta, trancá-lo no quarto e não
deixar ele sair nunca mais, só para não correr perigo.
_Mas eles não me disseram onde ficava. – Sentou-se na beira da
cama – Estou aflito Luciana, não poder fazer nada mesmo sabendo que
meu irmão corre risco de vida, isso é o que me dói.
_Estou com um medo enorme, Leo. Só quero
Victor de volta.
Abraçou-o de lado e foi acolhida por ele,
que a colocou deitada com a cabeça em seu colo, acariciando o seu cabelo.
_O que o Vitor falou para você?
_Victor me pediu desculpas, eu também pedi.
Mas o que mais me doeu, foi quando ele pediu que eu cuidasse das nossas filhas.
–
Seus olhos marejaram – Como se não fosse vê-las mais. Estou com medo, Leo.
_Eu também estou.
Luciana ergueu o rosto e viu Leo chorando,
pela primeira vez presenciara aquela cena. O seu celular tocou, o mesmo numero
de antes, fazendo os dois sobressaltarem, Luciana atender e a pedido de Leo, colocando-o
no viva-voz...
“Bora, qual dos dois delatou “nois”?”
Assustados, ficaram encarando o celular.
Ouviram uma mulher gritar e vozes como se estivessem conversando:
“_Raposa, eu não faria isso. Tu sabe. Carlos
morreu, mas tenta lembrar do teu sobrinho. Ele não vive sem mim.
_É bom se entregar. Os “Homi” lá estão vindo armados até os dentes. Alguém passou a informação para a policia.”
_É bom se entregar. Os “Homi” lá estão vindo armados até os dentes. Alguém passou a informação para a policia.”
_Então eles acharam o cativeiro mesmo,
Luciana. – Leo olhou para a cunhada, assustados.
“Aí chefia. O cara lá disse que já acharam o cativeiro, melhor a gente vazar. – Disse um dos rapazes.”
“O que tu esconde aí? Bora, mostra agora!”
“Aí chefia. O cara lá disse que já acharam o cativeiro, melhor a gente vazar. – Disse um dos rapazes.”
“O que tu esconde aí? Bora, mostra agora!”
Ouviram o baque do celular e tanto Luciana
como Leo começaram a gritar pelo nome de Victor.
“Agora “neguin” vai morrer pra aprender a lição...”
“Agora “neguin” vai morrer pra aprender a lição...”
Ouviram um pipoco, barulho de tiro e logo em
seguida Luciana jogou o celular na cama, colocando as mãos na cabeça e gritando
desesperada. Leo sentiu as pernas trêmulas e sentou-se no chão, passando as mãos
na cabeça. Viu sua cunhada gritar de desespero e não conseguiu ajudá-la, seu
coração doía e o choro veio involuntariamente.
Luciana sentia a mesma dor de quando perdera
sua mãe, quanto mais gritava, mais se desesperava por saber que a dor não ia
embora. Calou-se quando viu Marisa e Paula entrarem correndo no quarto:
Marisa: _O que houve? – Os olhos já estavam
brilhando.
Leo: _Mãe... Fica calma.
Paula: _FALA LOGO LEO!
Luciana entrara em choque, parou de chorar e
seu corpo saiu caminhando, ela não sabia o que estava fazendo, apenas pegou a
chave do carro e seguiu sem rumo. Não queria presenciar aquela cena, seria
doloroso demais ver Marisa e Paula saberem da noticia. Batia no volante para
descarregar a raiva e a dor, não era pra ser assim. Entrou na Hortense e seguiu
direto para o lago, descendo e em passos largos indo até um local onde meses atrás se encontraram. Ajoelhou-se na terra e com as próprias mãos começou a
cavar, até achar o baú de madeira, onde ali guardaram tantas coisas boas...
“E vamos prometer que só vale abrir quando
um sentir saudade do outro, caso chegue o fim da linha.”
A chave ela sempre guardou no porta luvas do
carro, com as mãos trêmulas abriu o baú e tirou o gravador dali, apertando o
play:
“Bom, estamos gravando aqui para demonstrar
que fizemos uma despedida de solteiro diferente. A partir dessa data, eu, Vitor
Chaves Zapalá Pimentel, irei chamá-la minha doce Luciana, de Lucy, prometo
isso.”
Ouviu a própria risada na gravação e entre lagrimas, sorriu.
“_Agora é sua vez.
Ouviu a própria risada na gravação e entre lagrimas, sorriu.
“_Agora é sua vez.
_Ai Vih, não vai dar certo... – Voltou a
rir.
_Lu, por favor, brinca direito e mais tarde você terá uma recompensa.
_Ok... Eu, Luciana Alves, irei chamar meu futuro marido apenas de Vitor... E queria aproveitar para dizer que o amo muito.”
Ouviu um estalar de beijo, lembrando do dia e do momento em que isso acontecera.
“Também te amo muito.”
_Lu, por favor, brinca direito e mais tarde você terá uma recompensa.
_Ok... Eu, Luciana Alves, irei chamar meu futuro marido apenas de Vitor... E queria aproveitar para dizer que o amo muito.”
Ouviu um estalar de beijo, lembrando do dia e do momento em que isso acontecera.
“Também te amo muito.”
Ainda ajoelhada Luciana entregou-se aquela
dor, gritando por Victor entre os soluços. Calou-se olhando para o lago:
_Meu Senhor, eu sei que não sou merecedora de nada... Mas eu queria ele de volta... Eu não vou saber viver sem ele... Já tiraste minha mãe, porque isso agora? – Baixou a cabeça sentindo as lágrimas cair como cachoeira – Eu só quero ser feliz uma vez na vida... POR FAVOR... EU QUERO O VICTOR!
Sentiu uma leve tontura, caindo de vez na terra, desmaiou.
_Meu Senhor, eu sei que não sou merecedora de nada... Mas eu queria ele de volta... Eu não vou saber viver sem ele... Já tiraste minha mãe, porque isso agora? – Baixou a cabeça sentindo as lágrimas cair como cachoeira – Eu só quero ser feliz uma vez na vida... POR FAVOR... EU QUERO O VICTOR!
Sentiu uma leve tontura, caindo de vez na terra, desmaiou.
***
Leo não tinha forças para falar a Marisa
algo que iria deixá-la desesperada.
_Calma mãe...
_COMO ME PEDE CALMA? AGORA EU TE VEJO JOGADO
NO CHÃO, CHORANDO. ME FALE AGORA.
_É muito cedo para te dizer algo, mas acharam o cativeiro do Vitor.
_É muito cedo para te dizer algo, mas acharam o cativeiro do Vitor.
Paula segurou Marisa que já estava tremendo,
prevendo o que Leo iria dizer.
_Mãe... Vou precisar de você agora. Seja
forte. – Levantou-se e abraçou-a enquanto entregava-se ao choro.
Os dois filhos abraçaram a mãe, vendo-a
chorar e ficar fraca. Meia hora depois, o celular dele tocou, era Amaral. Com
medo ele foi para a varanda atender, só para não ver sua mãe entrar em choque
ao saber da noticia.
_Oi Amaral
_Leo, realmente era isso o que você tinha
falado. A ligação era do cativeiro, na entrada mesmo os policiais já foram
recebidos com trocas de tiros.
_Tá, mas e o Vitor?
_O Victor foi achado em um dos quartos, está
indo para o hospital.
_Amaral, não precisa mentir pra mim, serei
forte... Como o Vitor está?
Foram os piores segundos para Leo, só queria
que como uma mágica recebesse noticias boas do irmão, até estranhara sua própria
frieza ao ter audácia de perguntar sobre Victor.
_O Victor está bem, ou melhor, acho que quase
bem. Ele está em choque, mas já está no hospital. Vai pra lá que estou pegando
os pontos principais que faltam para a investigação. Depois nos falamos.
Leo sorriu, olhou para o céu que estava
estrelado:
_Obrigado meu Deus.
_Obrigado meu Deus.
Entrou correndo pela sala, eufórico, queria
falar várias coisas ao mesmo tempo, Paula e Marisa ficaram olhando assustadas
para ele:
_Vitor está vivo, ele está indo para o
hospital... Vamos todos para lá... – Olhou ao redor – Onde está Luciana?
_Ela saiu, depois falamos para ela agora
vamos, por favor.
Lourdes olhou para Leo, segurando as mãos
dele:
_O Vitor vai precisar e muito de vocês. Vão que eu fico aqui com a pequena Gabriela, não esqueçam de me dar noticias.
_O Vitor vai precisar e muito de vocês. Vão que eu fico aqui com a pequena Gabriela, não esqueçam de me dar noticias.
Sem olhar para trás, Leo, Paula e Marisa
seguiram para o hospital. Como já era de esperar, vários jornalistas estavam na
frente, ao verem o carro se aproximando voaram em cima. Leo pedia licença para
entrar no hospital e não respondia a nenhuma pergunta, apenas queria tirar a mãe
dali. A espera foi grande, Victor estava em uma das salas, fazendo vários
exames, mas algumas enfermeiras já se aproximavam dizendo que ele não fora
ferido, apenas estava em choque talvez pelo o que viveu naqueles dias.
_Vou procurar a Luciana, ela precisa saber
da noticia.
_Onde será que ela está?
_Não sei, Mãe. Mas acho que foi até a
Hortense, algo me pede pra ir até lá.
_Quer companhia, Leo?
_Não, Paula. Fica com a Mãe aí.
Mais uma vez enfrentou aquele mar de
pessoas, os jornalistas insistiam em perguntar sobre Victor, ele nada
respondeu, saiu dali e foi direto para a Hortense. Tudo estava escuro, apenas o
carro perto do lago estava com os faróis acesos, seguiu para lá. Entrou em
desespero ao ver Luciana jogada no chão, correu até ela:
_Luciana? Fala comigo.
_Luciana? Fala comigo.
Ela não respondeu e ele colocou-a nos braços
e seguiu rapidamente para o hospital, entrando no estacionamento restrito para
médicos, saiu correndo pedindo ajuda, alguns enfermeiros o ajudaram. Enquanto a
maca ia em direção a emergência, Luciana abriu os olhos mas permaneceu com eles
semicerrado, Leo passou a mão em seu rosto:
_Vai ficar tudo bem, Lucy. – Sorriu.
Luciana tentava entender o porquê ele estava
sorrindo. Victor morreu e não era para Leo estar nessa felicidade toda,
sentiu-se fraca e voltou a fechar os olhos. Uma angustia tomava conta de si,
queria gritar, quem sabe assim seu marido não voltava e juntos tentavam fazer
aquela segunda chance ser pra valer, sem erro, sem discussões, sem separações.
Abriu os olhos, mas voltou a fechá-los,
aquela luz do hospital estava incomodando-a. Aos poucos foi se acostumando com
o ambiente e logo voltando a abri-los. Alguém segurava sua mão, olhou para o
local, Leo estava ali, sorridente.
_Que bom que acordou.
_Leo... Eu sonhei que achavam o cativeiro do
Victor. E ele... – Começou a chorar.
_Shhhhh. – Colocou o dedo
indicador nos lábios dela – Não foi sonho.
Luciana chorou de vez, entregou-se a dor que
estava sentindo.
_Não chora Lucy.
_Ele me deixou, Leo.
_Não, ele não te deixou.
Sem entender o sorriso nos lábios do
cunhado, Luciana fitou-o com raiva.
_Então porque não está chorando?
_Porque ele está vivo.
Fazia tempo que Luciana recebia uma noticia
tão boa assim, sorriu enquanto chorava.
_Onde ele está? Eu quero vê-lo, só acredito
nessa historia se o Victor surgir aqui agora na minha frente.
_Calma aí. O Vitor está aqui no hospital,
ele passou por exames e agora está internado.
_Ai meu Deus! – Pôs a mão na boca, não
contendo a alegria e o susto – Porque, ele está podendo falar?
_Olha Lucy, sedaram o Vitor, só teremos
respostas amanhã. Cuida em melhorar essa sua saúde. Primeiro, o Victor vai
precisa e muito de você. Segundo, porque você está grávida. Agora descansa.
Luciana não conseguiu relaxar, queria ver
Victor, saber se ele estava bem. Só iria acreditar em tudo isso quando ele
aparecesse em sua frente
Continua...
olha, confesso que depois desse capítulo, comecei a shippar Luciana e Leo kkkkkkkkkk
ResponderExcluirKKKKKKKKKKKKKKK abalou e mexeu msm, né?
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