segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Cap. 64


                        Capitulo 64



   Aviso: Este capítulo contém cenas de sexo. Se você se sente desconfortável, não leia =P 


Minha esposa é a minha amante
Amiga e namorada
Em seu beijo provo da magia
Em seu beijo

           (Tudo bem – Victor e Leo)


   Andando em passos lentos até o box, Luciana o abriu e Victor logo virou, esboçou um sorriso ao vê-la ali.

_Sabe aquele banho a dois que você me proporcionou hoje pela manhã e eu recusei? Acho justo aceitar agora.
_É... Antes tarde do que nunca.

    Ela o abraçou fortemente, seus lábios direcionaram para o lóbulo da orelha, mordeu de leve e sussurrou.

_Hoje quero você daquele jeito...

   Ainda sussurrando colocou a mão no membro dele e pode perceber que já estava enrijecido a esse simples toque. Ficou fazendo caminho de ida e volta, arrancando suspiros pesados vindo dele, parou com o que estava fazendo e virou-se, espalmou as mãos na parede, olhou por cima do ombro e mordeu o lábio inferior sedutoramente. Victor imaginou que iria chegar ao ápice ali mesmo com esses gestos de Luciana, foi até ela e beijou-lhe o ombro, depois foi para nuca, não parou até descer e chegar à região lombar, subiu os beijos para o lóbulo da orelha dela e enquanto falava segurou os cabelos dela com as mãos e apertou-os fazendo um rabo de cavalo.

_Se é assim que você quer então terá. – Sussurrou.

   Ainda naquela posição tomou os lábios dela e beijou vorazmente, tudo estava bem e... Luciana quebrou o beijo, virou-se, empurrou-o de leve e começou a passar sabonete no corpo como se ele não estivesse ali. Victor ficou sem ação, acabou vendo-a tomar banho sozinha, após tirar toda a espuma do corpo, olhou para ele, piscou o olho e deu um selinho nos lábios, aproximou a boca no ouvido dele.

_Termine de tomar banho que estou de esperando na nossa cama.

   Saiu dali, se enxugou e sem vestir nada se deitou de bruços na cama, apoiou-se nos cotovelos e ficou mexendo no celular esperando Victor. Ele tomou um banho caprichado, antes de sair do banheiro borrifou seu perfume e foi até o quarto, a visão estava perfeita em sua cama, foi se aproximando sem que ela percebesse, beijou a região glútea e foi subindo até chegar na nuca.

_Eu te falei que te esperaria. – Virou-se e ficou fitando-o – O que foi?
_Você sabe como enlouquecer um cara né Luciana?
_Desculpe se te deixou louco My Lord.
_Você adorar joguinhos de prazer né?
_Amo.
– Não deixou de caprichar no olhar sedutor.
_Então eu vou te torturar.

    Victor beijou o pescoço de Luciana e foi descendo com os lábios para os seios, tomou-lhe um com a boca e sugou, enquanto outro ele já acarinhava com a mão, após isso desceu para o abdômen e ao se aproximar na intimidade caprichou nos movimentos com a língua, Luciana puxava fortemente aquelas madeixas grisalhas e soltava o ar pesadamente. Victor ouviu alguns sussurros dela, estava chegando ao ápice, parou e beijou-lhe a boca enquanto colocava devagar o membro dentro dela, ficou assim até sentir-se seguro para acelerar o ritmo e juntos chegarem ao ápice, após isso, ela deitou a cabeça no peito dele.

_Te amo Victor.
_Eu ainda acho que te amo mais. – Acarinhou os cabelos dela.

  Ficaram em silêncio apenas curtindo a troca de carinhos até ele puxar conversa.

_Por quê?
_Oi? – Encostou o queixo no peito dele para encará-lo
_Porque cortou o cabelo? Gostava deles na cintura.
_Vih eu só cortei um pouco abaixo do ombro, não estou careca – Ele riu gostosamente. – Na verdade cortei porque queria mudar de vida radicalmente. Na época senti raiva de você e tudo o que me lembrava era que você me apelidou de morena por causa dos meus longos cabelos, aí fui na cabeleireira e mandei ela fazer o serviço sem dó nem piedade.
_Boba.
_Gostoso.

   Beijaram-se dessa vez de uma maneira romântica e dormiram abraçadinhos.

   Victor aproveitou aqueles dias ao lado da família, no fim de semana foram para a fazenda, pois Ronald e Marisa junto com Paula iriam para lá e queriam ver Gabriela. Nos braços deles a criança sorria e quase não chorava, estava se acostumando a estar em um ambiente de paz e amor. No domingo voltaram para Uberlândia e ao chegar em casa e ver sua filha dormindo tranquilamente e sua esposa ali em sua cama, Victor sentiu uma paz interior, era justamente isso o que sempre buscou, uma família, não perfeita mas feliz mediante a qualquer situação da vida. Dormiram abraçados como ultimamente estavam fazendo.

   Ao acordar Luciana olhou o relógio, ainda eram cinco da manhã. Tateou o lado da cama e percebeu que Victor não estava lá, a luz do closet ligada entregou que ele estava ali, levantou-se e foi até lá, ele estava fazendo uma mala.

_Victor, vai pra onde? – Se assustou.
_Te acordei princesa? – Foi até ela e beijou-lhe o topo da cabeça.
_Não mas você ainda não respondeu a minha pergunta. Vai viajar?
_Esqueci de te dizer que vai começar a nossa turnê.
_Mas precisa viajar de madrugada? – Colocou as mãos na cintura.
_(Risos alto) essa fala aí é minha Morena. – Envolveu as mãos na cintura dela – Prometo que volto logo ok?
_Vou fingir que acredito. – Encostou o rosto no peito dele para exalar o perfume.

   Luciana estava acostumada a ter Victor do seu lado e ao vê-lo partindo sentiu-se só, quase chorou e dia foi de tristeza para ela. No fim da tarde Carol ligou chamando-a para uma reunião na LUCADAN, ao entrar na sala Daniel e Carol já tinham iniciado a reunião e a cara da amiga não estava muito boa.

_Me chamaram e eu vim.

Daniel: _Oi Luciana, o motivo da nossa reunião é justamente voltado a você e o seu futuro aqui na clinica.
Luciana: _Pode falar Dani.
Daniel: _Luciana, gostaria de comprar suas ações aqui na empresa.
Luciana: _Mas ela não estão a venda.
Carol: _Foi isso o que falei pro Dani.
Daniel: _Mas não quero mais fazer sociedade com você. Depois do seu processo pode ser que seu nome suje o nome da LUCADAN.


   Luciana ficou inerte, queria gritar, chorar, socar Daniel mas tudo o que fez foi tentar pensar em algo para rebater, sem chance.

Continua...

domingo, 29 de dezembro de 2013

Cap. 63


                          Capitulo 63


Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém só penso em você
E aí, então, estamos bem

Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar, agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa

                           (Cássia Eller – Por enquanto)

   Ao abrir os olhos, Luciana teve a visão mais maravilhosa impossível, Victor estava ali, dormindo e com uma feição tranqüila. Ao ouvir o choro de Gabriela pela babá eletrônica levantou sorridente e foi até o quarto da sua filha, deu a mamada e foi com ela em seus braços para a cozinha, Joyce já preparava o café da manhã.

_Bom dia Joy.
_Bom dia Lucy.

   Percebeu que a empregada a olhava estranho e logo veio em sua mente que na noite anterior não tinha percebido que exagerou nos gemidos alto, com certeza Joyce estava tensa porque ouvira tudo.

_Está tudo bem Joy?
_Sim menina.
_Você tá tão estranha.
_A sua mãe ligou e... Desculpe, mas eu falei a verdade.

  Luciana refletiu sobre o que acabara de ouvir, soltou um riso.

_Quer saber Joyce? Que se dane todos, cansei de ser pau mandado. Se minha mãe quiser me aceitar que seja assim.

   Colocou Gabriela no carrinho e preparou uma bandeja de café da manhã, levou para o quarto e Victor estava saindo do banheiro.

_Bom dia – Colocou a bandeja em cima da cama, foi até ele e envolveu os braços no pescoço.
_Oi minha princesa. – Depositou um selinho nos lábios dela.
_Preparei a bandeja para nós. – De mãos dadas, o levou até a cama. – Fica aí que eu já volto.

   Enquanto Victor saboreava o café da manhã, Luciana foi buscar Gabriela, ao entrar no quarto com a filha nos braços ele abriu o sorriso mais perfeito da sua vida.

_Um café da manhã assim ao lado da família... O que quero mais da vida?

   Enquanto Luciana fazia seu desjejum ele segurou a filha nos braços. Estava mais a vontade e sem receio de derrubá-la.

_Morena, precisamos conversar.
_Milagre você me chamou de Morena depois de séculos.
_Por que você é minha morena... Somente minha, só eu posso te chamar assim.
_Hum... Que hoje ele acordou possessivo. (Ironizou brincando)
_Vamos falar sério agora. Quero que você volte a morar comigo ainda hoje. Eu te ajudo a fazer as malas.
_Calma Victor, tem um monte de coisa pra levar. Olha, eu prometo que vou voltar a morar na sua casa mas é que... Tenho que pensar na Joyce, no quarto da Gabi.
_Se ela tem um quarto lá em casa pra que levar esse? Leve só as roupas dela. Irei na frente pra pedir a Lourdes que arrume tudo lá porque você está voltando. Mais tarde eu venho lhe buscar. – Segurou o queixo dela pra que o encarasse – Estou falando sério Luciana.
_Eu sei meu amor e você sabe que não sou mulher de duas palavras.

   Victor puxou-a para beijar-lhe a boca, um beijo calmo mas romântico, Gabriela começou a chorar.

_Acho que ela não gosta de presenciar os pais namorando.
_(Risos alto) Acho que ela será muito ciumenta Victor.
_Ela será ciumenta ou eu como pai que serei ciumento?
_Não sei, só o tempo dirá.

  Tomou a filha dos braços dele, antes de sair do quarto Victor a chamou.

_Toma banho comigo? – Esticou o lábio inferior, fez biquinho
_Ai Victor, essa sua carinha convence qualquer uma menos a mim. – Soltou um riso gostoso – Queria muito mas acho melhor não, a Joyce tá arrumando a casa, já basta os gemidos alto que eu acho que ela ouviu ontem.
_E daí? Prometo que te ajudo a não gemer alto.
_Hahaha Victor, na boa. Vai tomar banho porque se eu for junto com você não responderei por mim.

   Com uma tristeza estampada no rosto Victor entrou no banheiro e tomou uma ducha, ao sair e estar devidamente trocado de roupa, pois não queria causar transtorno como o da ultima vez que a empregada o flagrou só de peça intimas, foi para a varanda, Luciana estava com sua filha nos braços, sussurrando algo, se aproximou dela.

_Promete que vai voltar ainda hoje pra casa?
_Prometo Victor Chaves irritante.  

   Ele sorriu e envolveu um dos braços no ombro dela, ficaram em silêncio, apenas apreciando Gabriela fazer caras e bocas.

_É serio que você transou com a tal da Katherine?
_Olha Lu, eu poderia ser mentiroso e dizer que não, mas sim, eu transei com ela. Fica calma, ela não é como a Sarah ou a Hellen. Te asseguro disso.
_Mas transou com você e isso não me faz querê-la como amiga. – Ficou séria.
_Hey – Ela ergueu a cabeça para encará-lo. – Não fica assim. O que houve entre eu e a Kate foi rápido, coisa sem compromisso. Agora tenho que ir, vou resolver algumas coisas antes de te vir te buscar mais tarde. E terei que usar seu carro, o meu tá lá em casa.
_Ok, pode levar.


   Luciana o levou até a porta, assim que ele se foi colocou Gabriela no berço e foi arrumar suas malas e decidir o que levaria.

*********************************************

   Com um sorriso no rosto, Victor cantarolava enquanto estava no volante indo para casa. Todo aquele amor que achava que tinha perdido por Luciana voltou com toda força, estava feliz e queria que o mundo inteiro soubesse. Ligou o som do carro dela e o CD que estava tocando era da dupla, mais precisamente a musica Lembranças de Amor, deixou rolar, percebeu que Luciana tinha colocado no replay a musica, a letra bem que dizia o que ambos sentiram naquele período afastado.

   Ao chegar em casa, ligou para Tatiana, que acionou uma colega decoradora. Queria trazer alegria para aquele quarto que seria da sua filha, queria cor, estava ansioso. No fim da tarde recebeu uma ligação de Luciana avisando que estava pronta e como se fossem dois adolescentes, o coração batia descompassado, dessa vez não iria errar, dessa vez não iria a deixar sair da sua vida tão facilmente. Ao parar no estacionamento do edifício as malas já estavam lá e ela com um sorriso bobo e de ansiedade o abraçou.

_Vamos?
_Vamos sim, estou pronta.

   O ajudou a colocar as malas no bagageiro, Joyce colocou Gabriela na cadeirinha e sentou do lado dela. O caminho fora tenso, nada se falava. Assim que ele parou na porta da garagem fitou-a, segurou-lhe as mãos.

_Vamos fazer um juramento. Nada, nem ninguém irá atrapalhar o nosso relacionamento e se tivermos algo para falar que sejamos aberto um com outro, nada de mentiras, se tivermos achando algo estranho na nossa vida a dois, que conversemos sobre algo que incomoda. Me prometa isso Luciana.
_Sim Victor, eu prometo que não vou deixar me levar por maldades alheias. Se achar algo que me incomode nesse relacionamento, irei te falar e se caso o nosso amor acabe um dia, espero eu que não, da minha parte eu te falarei. Te amo muito.

   Se beijaram fortemente, as lagrimas caindo no rosto de ambos já entregava o quão importante aquele amor era.

   Entraram na casa e a primeira coisa que Victor fez foi levá-las para o quarto de Gabriela, Luciana ficou encantada. 

_Meu amor. Que felicidade, amei tudo aqui.
_Fiz pensando em como você gostaria.
_Obrigada. – O abraçou.

   Foram interrompidos com Lourdes na porta, abraçou Luciana e desejou felicidades ao casal, avisou que janta estava pronta, tudo estava indo bem e feliz. Joyce se hospedou em um quarto de hospedes perto do quarto de Gabriela, assim Luciana dormiria mais tranqüila. Com a filha nos braços e sua esposa do lado, Victor pediu para Joyce tirar uma foto deles, na mesma hora postou na rede social da dupla.


“A felicidade é algo que não se compra, se conquista e aos poucos se tem. Agora me sinto pleno e completo ao lado da minha família. Luciana, Gabi, amo vocês. Victor C.” 

    Após isso viu várias fãs responderem, apoiando, outras criticando mas ele não ligou, estava feliz sim e isso era o que importava. Após Luciana colocar Gabriela para dormir foi para o quarto, Victor não estava lá mas o barulho do chuveiro já entregava onde ele estava. Sem pensar em mais nada, despiu-se e foi até ele.

Continua...

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Cap. 62


                  Capitulo 62

Aviso: Este capítulo contém cenas de sexo. Se você se sente desconfortável, não leia =P 


   E por isso voltou
   Porque sempre o amou
   Mesmo levando a dor
   Daquela mágoa
   Mas segurando a sua mão
   Sentiu sorrir seu coração
   E amou como nunca havia amado

                                  (A minha gratidão é uma pessoa – Nando Reis)

      Parada no meio da cozinha, foi assim que Luciana ficou por alguns minutos assim que Victor se foi. Estava tão perto de ser feliz novamente mas como sempre alguém vinha e atrapalhava, por alguns minutos nos braços de Victor se sentia feliz, realizada e com a esperança que seu desejo antes de soprar aquelas velas tinha sido realizado, porém estava ali aflita e sem saber o que fazer. Não perdeu muito tempo, passou no quarto de Gabriela que dormia como um anjo, depois pegou a chave do carro e desceu, achou Joyce aos beijos com Murilo, o empurrou, estavam assustados.

_Joyce, por favor, pode subir e tomar conta da Gabi?
_Mas Dona Luciana essa chuva está forte...
_Por favor? – Suplicou
_Ok.

   Joyce subiu e Luciana entrou no carro. Não sabia para onde ir, Victor poderia ir para a fazenda mas naquela chuva sabia que ele não arriscaria, foi direto para casa dele e ao parar na frente da garagem tinha lembrado que devolvera o controle do portão. Desceu do veículo e foi até o interfone, chamou algumas vezes e ela já estava triste achando que ele não estava por ali.

_Quem é? – A voz dele estava visivelmente irritada.
_Victor... Abre aqui... Sou eu. – Estava chorando e também com frio.

   Ele desligou e ela ficou embaixo da chuva, aos prantos, ouviu o barulho do portão da garagem ao abrir e sem pensar entrou, não pensou em momento algum de colocar o carro para dentro. Parou de frente da casa como um cão abandonado, colocou as mãos no rosto para que ele não percebesse seu desespero. Em passos largos, Victor foi até ela.

_O QUE VEIO FAZER AQUI? TERMINAR NOSSA BRIGA?
_Não grita comigo Victor... Me desculpa se eu sou uma idiota que acredita em tudo o que falam... Mas eu não estou conseguindo viver sem você, tá difícil e tudo o que eu quero é o Victor que eu conheci e me apaixonei de volta, o Victor que dizia me amar... – Voltou a chorar.

   Victor não sabia o que fazer, queria ser rude com ela, dizer mais coisas severas mas ao vê-la assim, aos prantos e desesperada o que fez foi segurá-la e tomar-lhe um beijo cheio de paixão. Não estava ligando se estavam embaixo da chuva ou se o frio já os tomavam porque agora estava nos braços dela.

_Vem – Segurou-lhe a mão – Vamos entrar.
_Eu não posso Vih, a Gabi.
_Então entra no carro que eu já volto.

   Luciana voltou para o carro e ficou esperando-o. Victor fechou a casa e com uma mala de mão entrou no carro, colocou-a no banco de trás.

_Liga o ar porque to morrendo de frio.

   Até o apartamento dela ficaram em silêncio, mas ao entrarem no elevador Victor empurrou-a na parede mais próxima e com um beijo mostrou o que estava por vir. Entraram agarrados e Joyce os olhou espantada.

_Obrigada Joy. Pode ir dormir que eu vou para o quarto.
_Luciana você está molhada, vai pegar um resfriado.

   Luciana deixou-a falando e segurando as mãos de Victor foram para o quarto dela, ao fechar a porta e passar a chave riu bastante, estava se sentindo uma adolescente onde o mundo do sexo era algo novo, ajudou Victor a tirar a baby look e espalmou as mãos no peitoral dele, aproximou os lábios no pescoço e chupou de leve, subiu para sussurrar no ouvido dele.

_Estava com saudades.

   Victor segurou forte a cintura dela para se encaixarem e tomou os lábios com voracidade, as mãos de Luciana já se ocupavam abrindo a calça dele e pondo a mão dentro da boxer, a cada movimento sentia o abdômen dele se contrair e mordia os lábios dela com força, o empurrou para cair na cama e fazendo um streap tease foi tirando peça por peça, ficando só de calcinha. O ajudou a tirar a calça e a cueca para saborear o membro dele, com a boca fazia caminhos de ida e volta e mais uma vez o via se contrair e sussurrar palavras sem nexo. Já não agüentando mais Victor inverteu as posições e beijou o corpo dela por completo.

   Ali estava sua amada, deitada e encarando-o, ele ficou de joelhos segurou as pernas dela e puxou-a mais para si, penetrou-a devagar e assim ficou até um certo ponto, parou de fazer os movimentos e saiu de dentro dela, em pedido mudo segurou a cintura dela e a virou de costas, ela logo ficou de joelhos e apoiou as mãos no colchão. No começo, Victor apenas pincelou com seu membro nas partes intimas dela, ali mesmo pode vê-la se retorcendo de prazer e soltando o ar pesadamente, penetrou-a mais uma vez devagar, acelerou um pouco os movimentos, Luciana ergueu a cabeça.

_Victor... Mais forte, quero um sexo selvagem!

   Nunca imaginou ouvir isso daquela que um dia chegou a ser sua amiga e nada mais. Sentiu uma sensação forte e em um gesto involuntário segurou os ombros dela, investiu forte e agora com mais pressa nos movimentos. Ouviu um "isso!" Vindo dela que pelo o que pode perceber estava sentindo um prazer enorme e já rebolava o quadril jogando todo o cabelo preto para trás. Ele sabia que não iria segurar muito, tentou pensar em outra coisa só para não ser deselegante e atingir o ápice primeiro que ela mas estava sendo impossível, Luciana já estava quase gritando, Victor tirou uma das mãos que estavam no ombro dela e começou a dar tapas na região glútea dela, a mão que tinha restado no ombro subiu para as madeixas preta fazendo um rabo de cavalo com a própria mão e puxando-a para si fazendo assim um certo barulho ao encontro do corpo de ambos, atingiram o ápice juntos em meio a gemidos alto.

   Do jeito que estava Luciana foi escorregando e caiu na cama de bruços, no seu rosto estava estampado a felicidade e satisfação. Victor ficou ainda de joelhos procurando o ar, se inclinou um pouco e distribuiu selinhos na região glútea onde momentos antes tinha distribuído diversas tapas, deixando assim certa vermelhidão na região onde se destacava com a pele branquinha. Subiu para beijar a nuca dela e sussurrar:

_Desculpa
_Pelo o que?
_Por ter deixado um lado do seu bumbum vermelho.

  Luciana fez um riso alto e se virou para encará-lo.

_Te amo Victor
_Te amo mais.


  Beijaram-se e ficaram ali namorando ate Gabriela acordar chorando.

Continua... 

Cap. 61


                    Capitulo 61


   Luciana não sabia para onde olhar, a sua sala estava cheia de gente que pra ela eram importantes. Alguém tomou Gabriela dos seus braços enquanto cada um ali se aproximava, abraçava e entregava presentes, algumas lagrimas tomou conta do seu rosto.

    Aos poucos as pessoas a abraçavam e iam sentar no sofá ou ficavam em pé ali. Quem ela mais queria ali foi o ultimo a felicitá-la. Aproximou-se dela e com um meio sorriso abraçou-a

_Felicidades Lu. Tudo de bom na sua vida.
_Obrigada Victor.

   Aquele abraço lhe causou várias lembranças na mente. Sentiu seu coração bater mais forte e ficar com a respiração ofegante, para não perder a sanidade mental na frente de todos foi para a mesa, olhou para o bolo.

_Hum... Deve estar gostoso.

Todos se aproximaram e contra a vontade dela cantaram parabéns aos risos.

Leo: _Faça um pedido antes de soprar as velinhas – Todos riram

   Luciana desejou algo que pra ela todos já imaginavam, assoprou a vela e ajudou Joyce a entregar os pratinhos, Leo sussurrou no ouvido dela.

_Gostou cunhadinha? Rsrsrs
_Claro, vocês me pegaram bem direitinho não desconfiei de nada.

   Os dois sorriram e só depois ela pode perceber que Victor estava do outro lado da mesa, com Gabriela nos braços e encarando-os como se quisessem adivinhar o que falavam. Ela baixou a cabeça timidamente.

Jéssica: _E aí Lucy, qual foi o melhor presente que você ganhou hoje? – Falou um pouco alto pois estava no sofá.
Luciana: _Ainda não abri os presentes e peço desculpas a todos mas já posso dizer que o melhor presente hoje foi saber que tenho a Gabi, a minha filha é melhor presente da minha vida.
Carol: _Aê Vitão conseguiu dar o melhor presente pra Lucy. 

   Todos riram e Victor sentiu que todo o sangue se concentrara em seu rosto, sorriu tímido enquanto pegava um brigadeiro na mesa. Luciana queria que o chão se abrisse ali, não era sua intenção ao falar isso mas literalmente tudo o que tinha era agradecer a ele por ter lhe dado esse presente. Aos poucos as pessoas iam embora, se despediam de Luciana até ficarem só íntimos.

Tatiana: _Ai Lu eu estava tão nervosa, fiquei com medo de você desconfiar de algo.
Luciana: _Juro que não desconfiei mas quando você me pediu carona te achei estranha.
Leo: _Gostou dos brigadeiros? O Matheus ajudou a Joyce a fazer ele hoje pela tarde. Ou melhor, mais comia que ajudava.
Luciana: _Ahh então a idéia foi sua Matheus? – colocou as mãos na cintura e encarou o menino ali – Obrigada meu amor (Agachou-se e beijou a bochecha) É o doce que mais amo nas festas.
Victor: _Não só nas festas. – Se aproximou dela. – Lembrei das vezes que fazíamos brigadeiro de panela lá em casa.

  Luciana o encarou e Victor continuou com o olhar, em momento algum o quebrou.

Carol: _Bom gente, vou nessa porque amanhã o plantão me chama. Junior (Chamou o filho que estava brincando na sala) vamos.
Tatiana: _Também já vamos né Leo?
Leo: _Mas Tati e a Luciana vai ficar sozinha?
Carol: _O Victor e a Joyce ajudam ela né? – Piscou o olho para os dois.
Victor: _Podem ir, eu fico aqui ajudando a Luciana.

   Todos saíram e enquanto Joyce lavava os pratos Luciana limpava a mesa com a ajuda de Victor. Após isso foi dar um banho em Gabriela e colocar a filha para dormir, por fim sentou ao lado dele no sofá.

_Nunca pensei que uma mini festa fosse tão cansativa.
_Imagina quando for a festinha de um ano da Gabi.
_Não quero nem pensar – Riram.

_Dona Luciana, eu posso levar um pedacinho de bolo pro Murilo?
_Claro que sim Joyce.
_Obrigada, prometo não demorar.

   Assim que a empregada saiu Luciana olhou para Victor e ambos fizeram um riso.

_Ela tá de caso com o porteiro? – Victor apontou para a porta onde Joyce saia.
_Sim, ela não me fala nada mas sempre nas folgas eles saem juntos.

    Ficaram em silêncio apensa se olhando, Luciana virou o rosto e ficou assistindo TV, a mão de Victor segurou o queixo dela para virar, ao fazer isso estavam quase com o rosto colados, olhar caiu para a boca e a essa altura o coração de Luciana já batia fortemente. Beijaram-se de uma maneira carinhosa, mas com a saudade para ser matada a velocidade das línguas foi aumentando, as mãos já não se sabiam onde colocar mas Victor sabia muito bem, repousou-a na cintura dela e de uma maneira apressada puxou o corpo dela mais para si, já estava faltando o ar para eles, Luciana o empurrou de leve.

_Melhor irmos com calma Victor.

   Não tinham mais coragem para se encararem, ambos ficaram olhando para a TV mas ela não agüentou muito tempo.

_Vem cá que quero matar a saudade.

   Tomou os lábios de Victor e já estava quase sentando no colo dele. Aquele beijo, até as mãos envoltas do seu quadril a deixava com mais vontade de tê-lo dentro de si.

_Eu quero você de volta Luciana... Não agüento mais tanta solidão.
_Sei disso por que também não estou agüentando ficar longe de você assim.
_Volta pra casa, sinto saudades de você.

   Mais uma vez se beijaram e o clima foi interrompido pelo celular de Luciana. Foi atender na varanda.

_Oi mãe.
_Feliz aniversario.
_Poxa, pensei que estivesse esquecido de mim.
_Não tenho a vida boa que você tem Luciana, tenho que trabalhar. Me diga, como foi seu aniversario?
_Bem. Passei a tarde na fazenda junto com a Tatiana.
_Você como sempre né Luciana? Correndo atrás desse rapaz. Ele não te quer.
_Deixa ele em paz mãe. Ele é o pai da minha filha.
_Espera... – Deu uma pausa leve – Você está com esse rapaz Luciana, estou sentindo. Saiba que ele está te enganando. Porque ele não conta sobre a tal da Katherine que está tendo um caso? A Jenifer me mostrou os sites que falam sobre ele e essa garota. Luciana, ontem ele dormiu com ela.
_Para de se meter na minha vida mãe. Boa noite.

   Desligou o celular enfurecida. Na sala, Victor estava esperando-a com um olhar terno, mas passou direto e foi para a cozinha, precisava beber água para se acalmar, porém, ele foi atrás dela.

_Sua mãe no telefone? Acertei?
_É, ela mesmo.
– Colocou com toda raiva o copo na pia. – Victor, acho melhor você ir embora.
_Mas o que aconteceu Lu?
_Acho melhor você ir ficar com a “Katherine” e me deixar em paz.
_Sua mãe... O que ela te disse?
_A verdade, coisa que você não me falou! Você dormiu ontem com essa mulher. Melhor sair daqui.

   Pela porta da cozinha Victor foi andando em passos lentos, abriu-a mas a  vontade de desabafar foi maior, bateu a porta com toda força e voltou para ela.

_QUER SABER? EU TRANSEI COM ELA SIM PORQUE AINDA ONTEM EU NÃO TINHA NENHUMA SATISFAÇÃO A DAR PARA VOCÊ! E TENHA CERTEZA QUE ELA É UMA BOA PESSOA...
_BOA PESSOA? CONTA OUTRA VICTOR – Começou a tremer. Nunca tinha visto ele tão nervoso daquela maneira.
_ELA É UMA BOA PESSOA PORQUE NO MOMENTO EM QUE EU ESTAVA MAL E COM SAUDADES DE VOCÊ FOI ELA QUE ESCUTOU MEUS PROBLEMAS SER RELATADOS A ELA... – Se virou e socou o armário ali – MAS QUE PORRA LUCIANA! NÃO SEI O QUE VOCÊ TEM QUE ME FAZ TE AMAR MESMO DEPOIS DE UMA SITUAÇÃO DESSAS. NÃO SEI POR QUE... MAS EU TE AMO E ISSO ME IRRITA!


   Victor não falou mais nada, saiu dali já sentindo na sua garganta ser formado um nó. Ao entrar no carro a chuva começou e dessa vez estava forte, em seu pensamento sentia arrependimento porque queria Luciana mas sempre tinha algo ou alguém para afastá-los.

Continua...

Cap. 60


           Capitulo 60

   Os dias se passaram e Luciana podia sentir uma certa frieza a cada vez que Victor ia visitar a filha, ficava tão distante em seus pensamentos, deixando-a um pouco desapontada e desacreditada de que algo entre eles poderia existir.


   Victor vez outra estava freqüentando a casa de Luciana para visitar sua filha, queria ir aos poucos, bem devagar, tudo isso para não assustar Luciana. A amava e disso tinha certeza mas não estava preparado agora para voltar com ela, sabia que não teria como dar atenção suficiente pois estava se preparando para entrar em Studio em alguns meses seguintes e gravar CD novo mas antes vinha a nova turnê, com tudo novo e sempre era uma correria com ensaios, repertórios, reuniões.

**********************************************

    Aquele dia estava sendo diferente para Luciana, o sol estava mais belo e o humor dela também. Fora acordada por Joyce com Gabriela nos braços e um presente.

_Parabéns!

   Abraçou a empregada e segurou a filha junto com o pacote de presente.

_Ahh Joy não precisava – Abraçou-a – Mesmo assim obrigada.
_Não tem de que menina, você merece. Está feliz em pleno dia de aniversario?
_Na verdade sim
– Olhou para a filha – Não tem presente melhor que esse ser aqui. – Abraçou-a – Amo muito essa minha pequenina.
_Venha que hoje fiz um café da manhã repleto do que você gosta.

    Foi para a cozinha, colocou Gabriela no carrinho de bebê e fez seu desjejum, Carol apareceu.

_Ahhh Amiga felicidades! – Abraçou-a – Tudo de bom, muita paz, saúde e muito sexo com o Victor para encomendar mais um afilhado.
_Ká! (Repreendeu a amiga aos risos) Mesmo assim obrigada por tudo. Senta e vamos tomar café.
_Não vou recusar. – Sentou a mesa – Agora me fala. O que vai fazer de bom hoje?
_Vou ficar em casa, com minha filhota... É isso.
_Credo Lucy você tem que aproveitar a vida.

  Joyce apareceu com o telefone nas mãos.

_Dona Luciana, telefone, é a Tatiana.

  Agradeceu a empregada e atendeu.

_Oi Tati.
_Felicidades amiga! Tudo de bom, saúde e paz.
_Obrigada Tati. Está tudo bem aí?
_Sim. Ai Lu precisamos colocar o papo em dia. Vai fazer algo hoje?
_Não, estava falando justamente isso pra Carol. Vou ficar em casa.
_Então porque você não vem pra cá? Venha ao menos passar a tarde aqui, estou na fazenda.
_Não sei Tati, nunca viajei com a minha pequenina.
_Ahh Lu, vem... Por favor – suplicou.
_Vou ver, qualquer coisa te ligo.
_Ok. Beijos.

   Desligou e ainda com o telefone na mão ficou pensando, queria muito ir mas tinha receio de Victor pensar que ela estava querendo tentar uma certa aproximação.

_Hey, Planeta terra chamando – Carol estalou os dedos perto do rosto dela.
_Ai Ká, desculpa. A Tatiana ligou me chamando pra passar a tarde lá na fazenda.
_E você vai né? Por favor, Luciana não fica presa aqui. Aproveita enquanto essa aí – Apontou para Gabriela – Está pequena porque quando cresce...
_Vou ver.
_Dá um jeitinho e vai amiga.
_Tudo bem
_Ótimo – Levantou-se – Tenho que ir que hoje a clínica tá cheia.

   Assim que Carol se foi Luciana sentiu uma vontade imensa de ir, precisava de um ambiente com energia positiva e não tinha lugar melhor que a fazenda para isso. Após o almoço, se arrumou, arrumou Gabriela e foi para a fazenda, preferiu dirigir devagar, afinal de contas era a primeira vez que pegou no volante para ir tão longe com a filha.

**********************************************
    Victor estava em um sono mais que profundo, mas ao ver a claridade tomar conta percebeu que não estava no seu quarto, Katherine arrastou as longas cortinas e depois sentou do lado dele.

_Acorda seu dorminhoco.

    Ele sorriu e com as mãos nos olhos procurou se esconder daquela claridade, com isso arrancando risos da moça ali.

    Seu relacionamento com Katherine foi algo de repente. Assim que descobriu que Luciana estava grávida ele a conheceu em um rodeio, ela dançava nos intervalos entre um show e outro, bastante simpática falou com ele e o irmão no camarim e logo pediu uma foto por admirar o trabalho da dupla. Entre uma conversa e outra acabaram entrando no assunto sobre relacionamentos e eis que ele achou alguém onde poderia desabafar seus problemas sem ter nenhuma cobrança de volta. Assim que se separou de Luciana ela lhe dera conselhos de ir atrás, pedir desculpas e sempre com carinho comentava que admirava o amor que ele sentia pela ex. Não o apoiou quando soubera do namoro fake com Hellen, e sempre que o via insistia para ele dar um freio na situação antes que piorasse, e piorou. Para alguns eles eram amantes, tinham um caso mas tudo o que faziam era passar a noite conversando sobre seus amores complicados na casa dela em Porto Alegre. Nesse intervalo em que todos os problemas de Luciana vieram a tona e o nascimento de Gabriela foi que começaram a ter algo mais intimo, mas para os dois, não passava de uma transa qualquer e nada mais. 

_Pensativo? É algo que se refira a Luciana – Deitou do lado dele e ficou acariciando os cabelos dele.
_Hoje é o aniversario dela. – Continuou encarando o teto com as mãos apoiadas na nuca.
_E o que está esperando? – Pegou o celular dele na mesinha – Ligue pra ela.
_Não tenho coragem.
_Como assim não? Hey, você é o Victor Chaves, aquele que arrasta multidões e milhares de mulheres se derretem pelo seu jeito gentleman de ser. – esticou o celular para ele segurar – Ligue para ela.

   Victor ficou pensativo, não sabia o que aconteceu mas seu relacionamento com Luciana esfriara de uma maneira que para ele era uma estranha e nada mais que mãe da sua filha.

_Depois eu faço isso. – Colocou o celular de volta na mesinha – E você? Dormiu bem?
_Do seu lado com seus carinhos como não dormir? – Sorriram – Vem, o café já está pronto.

   Admirava muito a vida que Katherine levava, não era nada fácil pra ela. Sempre em busca de empregos, e quando conseguia algo, logo ofereciam o teste do sofá, o que a fazia ficar desiludida e já buscando um emprego decente. “Não desista do seus sonhos” era o que Victor lhe aconselhava sempre. Após o café da manhã, ele fez suas malas e foi para o aeroporto, estando lá Katherine recebeu uma mensagem.

_O que houve?
_Ele quer me ver.
– Katherine rolou os olhos
_Quando você vai desistir dele? O cara é casado Kate.
_Eu sei Victor mas é que... Meu amor por ele é tudo.
_Ok, não posso rebater, não tenho argumentos. Se você o ama seja feliz. Eu tenho que ir, beijos.

  Despediu-se dela e foi para o portão de embarque.

**********************************************

   A tarde não podia ter sido melhor para Luciana, sentiu vontade de perguntar por Victor mas ficou receio. Aproveitou ao máximo aquele ambiente tranqüilo, já no fim da tarde decidiu ir embora.

_Lu, você pode me dar uma carona? Meu carro foi pra revisão e o Leo ligou pra mim querendo que eu fosse pra cidade.
_Ok, vamos.

   Durante o caminho Luciana sentiu Tatiana estranha, não sabia o porquê mas algo a incomodava. Tatiana foi junto com ela para o apartamento alegando que iria ajudá-la com as bolsas de Gabriela.

_Credo, a casa tá escura. Onde será que a Joyce foi? – Estava passando a chave na porta mas pela fresta já percebia que a sala estava escura.

  Assim que abriu o susto tomou conta de si.

_SURPRESA!!! – Todos gritaram.

Continua...

Cap. 59


        Capitulo 59

    Luciana travou, não sabia o que falar ou começar um assunto no celular, mas precisava pensar em algo urgente ou Victor desligaria.

_Vic... Victor, é.. Oi, tudo bem?
_Tudo sim
– O ouviu se mexer na cama e pode imaginar ele sentando. – Aconteceu alguma coisa com a Gabi?
_Nã-não, está tudo bem com ela... Obrigada por hoje.
_Ah não tem de que Luciana, e você, como está?
_Bem.
– Mais uma vez o silêncio predominou. – Victor, eu estive pensando, hoje você veio por aqui e nem viu direito a Gabi. Quer vir vê-la?
_Agora? (Se assustou)
_Sim.
_Pode ser, se não for muito incomodo pra você.
_Não é. Venha que eu te espero.

    Ao desligar Victor ficou em pé no meio do quarto sem entender nada do que se passava dentro de si. Estava com medo de seguir adiante mas algo o impulsionava a trocar de roupa e ir até lá ver sua filha e também conversar com Luciana, se é que teria a capacidade de encará-la e conversar como duas pessoas civilizadas. Trocou de roupa, pegou seus pertences e foi até o apartamento dela, ao parar o carro o porteiro recebeu ele com um sorriso estampado.

_Olá senhor Victor.
_Oi Murilo, a Luciana...
_Pode deixar, ela já me avisou.

    Subiu tenso, não sabia o que falar ou como agir em uma situação como aquela. Ao chegar diante da porta parou alguns segundos, antes de apertar a campainha Luciana abriu a porta. Ela estava nervosa também, ele pode sentir pela respiração ofegante e a mão trêmula, usava um roupão de seda mas ele pode ver as rendas da camisola e involuntariamente veio em sua mente as noites em que chegava de viagem e ela estava assim, o esperando.

_Oi – Cedeu um pouco para ele entrar.
_Tudo bem? – Entrou e ficou perto do sofá.
_Sim. Me desculpe ter te acordado. Mas é que eu precisava fazer isso ou enlouqueceria.
_Acho que não vou poder ver a Gabi, ela deve estar dormindo a essa hora – Olhou para o relógio em seu pulso.
_Daqui a pouco ela acorda para mamar. Senta.

   Sentaram no sofá e apenas ficaram se encarando. Victor quebrou o silêncio.

_E agora, está se sentindo livre? Aquela mãe da sua paciente é uma louca.
_Nem me fale. Acho que foi preciso um susto desses para dar valor a vida. Pensei que seria presa e não pudesse ver minha filha nunca mais. – Seus olhos marejaram.
_De maneira alguma eu não iria deixar isso acontecer Lu, faria o impossível.
_Obrigada.

   Luciana ligou a TV para ambos se distraírem em momentos que o silêncio se tornava algo incomodante. Ao sentir o perfume dele, sentiu vontade de abraçá-lo, beijá-lo, dizer que estava com saudades, mas o que saiu na sua voz foi algo que até ela não entendeu o porquê.

_Me desculpa Victor. Passamos tanto tempo afastados e eu... Fui tão rude com você no aniversario do Antonio.
_Se tem alguém que tem que pedir desculpas sou eu Luciana, te julguei e me senti mal por isso.

  Voltaram a atenção a televisão, toda essa distancia estava deixando-a louca.

_Você não viu o quarto da Gabi como ficou. Quer ver?
_Por favor.

    Luciana foi andando na frente, ao vê-la assim de costas sentiu uma vontade imensa de agarrá-la e beijar a nuca dela. Ao entrar no quarto ele estava do mesmo jeito como da ultima vez que entrou mas para não puxar mais assuntos e lembrar daquele tão sofrido dia para ela, fingiu estar vendo aquilo tudo pela primeira vez. Os sapatinhos que dera estavam ali, em uma das prateleiras de roupinhas no guarda roupa. Nada o chamava atenção até ele se aproximar do berço, sua filha estava em um sono profundo e perfeito, sentiu os olhos marejarem de tamanha emoção.

_Como ela é linda... Eu não sei nem o que falar.
_Sou suspeita em falar, mas de todas a minha filha é a mais linda... A nossa filha.
_Nossa filha que foi gerada com muito amor. – Encarou-a.

   Gabriela começou a fazer caras e bocas e logo chorou, Luciana pegou-a do berço e sentou em uma cadeira ali, deu de mamar com muito carinho, alisava os poucos cabelinhos presentes na cabeça. Victor olhava tudo atentamente, não tinha duvida ao falar para seu interior que elas eram as mulheres da sua vida.

_Prontinho, toma – A entregou para Victor – Segura.
_Eu? Não Lu, sou desastrado e não sei segurar em bebês.

  Luciana sorriu e continuou insistindo com a filha pendurada em seus braços.

_Você não sabe segurar os outros bebês mas essa é a sua filha. Segura ela.
_Eu não levo jeito.
_Faz o seguinte, vem pra sala.

   Foram para a sala, Luciana fez Victor sentar e colocou Gabriela nos braços dele. No começo Victor ficou com receio, parecia que estava segurando algo quebrável e fazia expressões assustada no rosto arrancando risos de Luciana.

_Fica com ela um pouco, vou tomar água.
_Não Lu, espera, e se ela chorar?
_Não vai Victor, fica calmo, a cozinha é bem aqui.

   Tomou água e ao voltar pode perceber que ele já estava a vontade, conversando com a filha, oras cantarolando algo que Luciana não entendia. Gabriela acabou dormindo nos braços dele.

_Quer colocar ela no berço?
_Não! Leva você Luciana.

   Luciana segurou a filha nos braços e no caminho Gabriela acordou mais uma vez, conseguiu adormecer nos braços da mãe depois de um tempinho. Ao voltar para a sala ela viu Victor deitado no sofá, a TV ligada, porém, ele estava dormindo.

_Vih – Tocou no braço dele
_Hum...
_Vai pra cama dormir.

   Victor abriu os olhos e por um milésimo de segundo imaginou que fosse um sonho mais que perfeito. Sentou no sofá e aos poucos foi acordando.

_Tenho que ir pra casa. Já passam das duas – Olhou mais uma vez o relógio.
_Não tem por que ir embora essa hora. Durma aqui.
_O que?! – Sabia que não responderia por si se dormisse na mesma cama que ela
_Seu bobo, dorme aqui.
_Mas o quarto que era meu a Gabi...
_Durma na minha cama, eu fico no quarto da Gabi, lá tem uma cama.
_Mas Luciana não vai ser incomodo?
_De maneira alguma.

    Antes de Victor deitar em sua cama, Luciana recolheu o travesseiro, deixou-o a vontade e foi para o quarto de Gabriela. Em um momento que fora a cozinha, ela parou na porta e sentiu uma vontade imensa de entrar e dormir ao lado dele, porém, se controlou, gostaria de voltar a amizade com ele e isso só o assustaria, afinal não sabia se ele queria o mesmo que ela. Para Victor aquela noite fora estranha, deitar na cama de Luciana era sentir o cheiro dela estampado nos lençóis, até o cheiro cítrico do shampoo que ela usava estava naquele travesseiro, não iria tomar nenhuma iniciativa, se ela não quisesse isso poderia fazer com que se afastasse dele.

   Ao acordar bem cedinho Luciana deu a mamada a Gabriela e voltou a dormir, estava exausta do dia anterior. Foi acordada com conversas alterada vindo do seu quarto, deu um pulo da cama e correu até lá.

_Mas o que está acontecendo?

   A cena que vira fez rir interiormente, poderia ser cômico se Joyce não estivesse mais branca que a parede daquele cômodo. Victor estava de cueca boxer preta, apenas vestindo isso e bastante sem jeito.

Victor: _Eu... Ela não sabia que... – Não sabia nem o que falar.
Joyce: _Eu pensei que a senhora quem estava dormindo aqui no quarto e entrei, ele saiu do banheiro assim... – Colocou as duas mãos nos olhos.
Luciana: _Calma Joy, esqueci de te avisar que o Victor teve que dormir aqui.
Joyce: _Mas antes de eu me deitar a senhora estava sozinha, sem ninguém.
Victor: _Eu cheguei de madrugada. Desculpa tá?
Joyce: _Eu vou sair, com licença.

   Assim que a empregada saiu Luciana deu uma gargalhada gostosa, há tempos que Victor tinha presenciado essa Luciana risonha, cheia de vida.

_Pelo menos alguém viu o Victor Chaves só de cueca. (Ironizou)
_E você fica rindo né Luciana? Não foi você quem ficou constrangido.
_(Risos alto) Relaxa, nem me olha assim porque já te vi do jeitinho que veio ao mundo.

   Ao olhar para ela por completo pode ver a camisola que o roupão cobrira naquela madrugada. As rendas estampadas nela davam certa sensualidade. Luciana olhou para si e baixou a cabeça timidamente, encarando o chão pode ver os pés dele se aproximando, seu coração bateu forte, ao erguer o rosto pode sentir a respiração ofegante dele. Sim, queria um beijo dele com muito fervor e paixão, estava já suplicando, humilhando com um olhar por isso. O celular dele tocou, atendeu e ao desligar foi logo pegando a calça e vestindo.

_Tenho que ir, Leo me ligou.
_Ah sei. – Aquilo a deixou triste. – Toma café comigo?
_Acho que não vai dar Lu, fica pra uma próxima.


   Terminou de se trocar, passou no quarto de Gabriela e depositou um beijo na testa dela, foi embora com um “até breve” que dera a Luciana. Ao fechar a porta ela se sentiu só, deveria estar feliz pois fizera as pazes com ele, tinha a amizade mas o amor de Victor... Era algo impossível.

Continua...