Capitulo 58
A semana
seguinte estava voando para Luciana, fora obrigada a depor na delegacia sobre a
morte de Gabriela, tudo isso levaria em conta na hora do julgamento. Pelo fato
de ser a ex-esposa de Victor, a noticia do seu julgamento rolou em sites de
jornalismo de nível nacional. Carol conseguiu um bom advogado, amigo do marido
dela, ele ajudou-a em tudo, tanto na delegacia como no processo.
Victor soubera
de tudo, oras pensava em ir até ela para lhe oferecer apoio, mas já imaginando
que ela naquele momento o repudiaria preferiu deixá-la em paz. Por e-mail
sempre recebia fotos de Gabriela, Carol estava o ajudando e muito, junto com as
fotos sempre vinha algum texto escrito: “Tenha
calma, Luciana está passando por um momento delicado na vida dela. Sei que o
final de vocês é ficarem juntos e pra
sempre”. No dia dois de fevereiro
- Dia a audiência de Luciana – Soubera que o
julgamento seria publico, qualquer um poderia assistir, trocou de roupa e decidiu
ir, pelo menos de longe passaria uma energia positiva a ela.
Pela manhã Luciana acordou triste, nos últimos meses as coisas não estavam caminhando como ela gostaria, só uma coisa boa que sempre se orgulhava, Gabriela, que veio como uma luz e nos momentos de aflição bastava olhar para aquele ser tão frágil e logo todos os problemas a sua volta sumiam. Levantou-se, fez seu desjejum, amamentou sua filha e após se arrumar o advogado já estava na frente do edifício esperando-a, durante o trajeto ele passara todo itinerário do que iria acontecer, as testemunhas que assim como ela também já tinham ido a delegacia para depor. Entraram no fórum por uma porta dos funcionários, pois na frente já se instalavam inúmeros repórteres esperando-a. As hora demoraram a passar, assim que foi chamada para se encaminhar para a audiência esbarrou em Marilda.
_Pois é
Luciana, hoje quero ver você sair daqui direto para a cadeia, assassina.
Luciana não
conseguiu falar nada, as lagrimas vieram instantaneamente, fazendo-a parar
antes de entrar para a audiência, gostaria de ter sua mãe do seu lado, mas como
sempre, nos momentos mais importantes da sua vida seus pais não estavam. Pensou
em Victor, queria o abraço dele, olhar profundamente para ele e ver a calmaria
que ele transmitia. Várias pessoas falavam ao mesmo tempo e como a audiência fora
aberta para o publico, muitas pessoas estavam ali por pura curiosidade, sentiu
uma vergonha enorme.
A audiência se
esticou pelo dia, nos intervalos para se alimentar ela não podia ter contato
com ninguém exceto o advogado. Pela tarde, as testemunhas foram chamadas, médicos,
enfermeiros presentes na hora óbito de Gabriela e aos 45 do segundo tempo, graças a Vinicius que relatou tudo o que viu,
pois nos últimos meses de gestação da sua namorada estava acompanhando-a no pré-natal.
O veredicto foi dado e Luciana foi inocentada, pois não haviam provas cabíveis que
a culpavam, aquilo foi tomado como uma alegria tamanha e tudo o que queria
naquele momento era abraçar sua filha bem forte, no fim Carol correu para abraçá-la,
tiveram que esperar a poeira abaixar para enfim saírem daquele fórum.
A espera foi em
vão, ao sair pela porta da frente, Luciana se deparou com inúmeros jornalistas
abordando-a, um pouco atrás um grupo de pessoas gritando e chamando-a de
assassina, ela não sabia o que fazer, estava perdida. As mãos de alguém
envolveu-lhe a cintura e empurrou-a para o lado direito, ela tentava olhar para
trás mas os jornalistas ainda enchiam-na com perguntas e assim foram até ela
entrar dentro de um veículo. Aquele carro era familiar, ela conhecia bem mas no
momento estava tão nervosa que só fazia chorar, ouviu o carro dando a partida e
saindo dali em uma velocidade apropriada para o momento, ergueu a cabeça para
agradecer ao menos com os olhos já que seus soluços tomavam conta do ambiente e
se assustou, Victor estava prestando atenção no transito, não olhou para ela
mas sentiu que estava sendo observado, no primeiro sinal vermelho segurou a mão
dela e apertou, ela continuava chorando feito uma criança.
_Obrigada
Victor.
_Não tem de que
Lu.
O resto do
trajeto ambos permaneceram calados, Luciana tirou sua mão das dele e preferiu
olhar para a paisagem na rua. Victor parou o carro na frente do edifício.
_Está entregue.
_Quer subir?
Victor nada
respondeu, subiu calado, estava fazendo isso para ver sua filha. Assim que entraram
no apartamento ele pode ver Joyce com a sua pequena nos braços. Luciana correu
para abraçar a filha e aos prantos sussurrava.
_Mamãe nunca
vai te abandonar minha pequena... Eu te amo.
Sentiu-se desconfortável
ao ver essa situação, Luciana precisaria descansar e ele tinha que respeitar.
_Bom – Olhou no relógio – Como já passam das seis, uma boa noite a
todos. – Foi sozinho até a
porta, Luciana o chamou.
_Victor.
_Oi Luciana? – Virou para encará-la
_Muito
obrigada.
Com um meio
sorriso ele se despediu e foi embora, queria ter um momento com a filha mas ali
não era hora.
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Passado algumas horas Luciana caiu a ficha e ficou pensativa, deveria ter deixado Victor se aproximar mais da filha, ele tinha todo direito. Carol foi visitá-la aquela noite.
_Então sua
boba, ligue pra ele.
_Eu não sei Ká.
_Lucy, o Victor
só está esperando você tomar alguma atitude.
_Eu sei, mas
algo me bloqueia.
_Quando chegar a
hora certa você sentirá. Tenho que ir.
Assim que a
amiga saiu e Joyce foi dormir, Luciana segurou o celular e ficou fitando-o por
horas, estava sem coragem. Pela madrugada conseguiu forças, o celular de Victor
só chamava, por fim ele atendeu.
_Luciana?... Lu, está aí?
Continua...
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