Capitulo 55
Y sin embargo sé
(E
ainda assim eu sei)
Que cuando ella se
desnuda
(Que
quando ela se despe)
Estas pensando en mi
(Você
está pensando em mim)
Que el pecado es la
locura de seguir así
(Que o
pecado é loucura de continuar assim)
Apesar que lo nuestro
es evidente
(Embora
o nosso seja evidente)
Que este amor es tan
potente
(Que
este amor é tão poderoso)
Tienes miedo de
perderte junto a mi
(Você
tem medo de se perder ao meu lado)
Ao abrir os
olhos em uma fração de segundo, Luciana viu tudo o que aconteceu de ruim
naquela manhã passar em sua cabeça. Levantou-se, fez sua higiene e ao passar
pela sala Geovana estava folheando revista.
_Lucy, vi você
adormecer e preferi deixar, está melhor? – Geovana sabia ser amável quando queria.
_Vou indo. – Baixou a cabeça pensativa.
_Quer
conversar?
_Não, deixa
quieto.
Foi a cozinha e
tomou um café rápido, voltou ao quarto e seu celular estava tocando, ao ver
somente o numero encarou a tela, aquele numero que ela sempre discou para dar
um bom dia, Boa tarde, Boa noite, Bom
show, te amo. Seus olhos se
encheram e recusou a ligação. Pra que ouvir da boca dele um “não dá mais” e como a namorada do mesmo
a alertou, poderia ouvir um “esse filho
não é meu”. Cheia de pensamentos preferiu desligar o celular, iria desativá-lo
por um bom tempo, quem quisesse que ligasse para seu residencial. Geovana e
Lucas tiveram que ir embora pois o dever os chamavam, mas prometeram a Luciana
que antes de Gabriela nascer estariam por lá.
Na mesma manhã
Victor tentou ligar para Luciana mas não obteve resultado e nas pressas da
viagem acabou esquecendo de tentar ao menos mandar uma mensagem. Estava
empolgado com as férias mas algo o perturbava, seria naquele mês que Luciana
iria ganhar bebê e com isso ele contava os dias, queria estar antes em
Uberlândia. Helen estava tentando se aproximar de todos, porém, eles quem não
queriam muito conversar com ela. Tentou algo a mais com Victor e ele cedeu mas
ao fechar os olhos imaginava Luciana em cada toque, cada carícia. Dois dias
após estarem na casa ela teve que ir embora pois sua agenda de show naquele mês
estava lotada. Certo dia, sentou-se na beira da piscina ao lado de Tatiana,
ambos ficaram vendo Antonio e Matheus brincarem.
_Tô cansado de
correr atrás.
_Oi? – Tatiana se assustou, estava pensando em
algo da sua vida.
_Há dias que eu
tento ligar pra Luciana mas só cai na caixa postal.
_É Victor, eu liguei
pra Carol e ela me infirmou que a Luciana não quer falar com você. Acho que foi
porque te esperou na virada do ano e não compareceu.
_Eu não sei o
que deu em mim... Eu bebi além da conta, isso nunca aconteceu comigo. Tinha
planos pra ir vê-la.
_Só você que
não percebeu que a Helen fez de propósito.
_Acho que não
Tati, impossível isso acontecer.
_Pra você que é
homem nada disso pode acontecer. Só te peço pra abrir os olhos Victor.
Ficou ali em
silêncio depois saiu e foi conversar um pouco com a mãe
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Aqueles dias
Luciana estava sentindo uma certa inquietação, algo dizia que sua filha iria
nascer e ela já estava se preparando. Ligou para Geovana avisando, porém ela
estava cheia de trabalhos e iria dar um jeito de ir até onde a filha estava. Na
aflição, foi passar a tarde no apartamento de Carol.
_Senti isso
mesmo Lucy quando estava pra ter o Junior. Mas é só relaxar.
_As contrações
venho sentindo há alguns dias mas sei que a hora não vai ser agora. – Sentia que precisava desabafar com alguém
– Ká, preciso conversar.
_Sobre o tudão
Deus Grego do Victor? Pode falar.
_Eu não te
expliquei porque não queria vê-lo nem pintado de ouro né? (A Amiga fez um gesto
afirmativo com a cabeça) Então, a Helen apareceu lá em casa no dia primeiro do
ano, bem cedinho.
_Como? – Quase caiu da cadeira.
_Ela me disse
que o Victor afirmou que a Gabi não era filha dele – Sentiu as lagrimas caírem.
_Deve ser
invenção dela e você boba acreditou.
_Como não
acreditar? Só quem sabia do porque da nossa discussão e termino era eu e ele,
contei bem depois pra você.
Carol ficou
boquiaberta. Nenhuma das duas se pronunciou até Luciana quebrar o silêncio.
_Pra mim o
Victor que eu conheci no passado não existe mais. Talvez nunca existiu.
_Não Lu, para
com isso. Tentou falar com ele pra saber a verdade?
_Não e nem quero saber... – Levantou-se – Vou pra casa, tô meio sonolenta hoje.
_Não e nem quero saber... – Levantou-se – Vou pra casa, tô meio sonolenta hoje.
_Eu te levo.
Até o caminho
da casa de Luciana, Carol deu inúmeros conselhos a amiga. Ao entrar em casa
Luciana já sentia as pontadas na barriga ficarem um pouco mais fortes, tentou
ligar para Geovana pelo telefone residencial porém a linha estava com problema.
Depois de um bom tempo desligado, ela teve que ligar o celular, em meio a
tantas mensagens avisando que teve ligações perdidas, todas elas pode ver que
eram do numero de Victor, como prometeu a Carol tentou ligar, na hora do medo
só tinha a ele para recorrer, não esperou nem dar a primeira chamada, desligou
com receio de ouvir algo que não gostaria vindo dele, tomou um banho e foi
dormir.
No começo da
madrugada Luciana sentiu as dores da contração piorar, devagar se levantou e
foi a cozinha para tomar água, sentiu um liquido descer por entre as pernas e
por mais que fosse uma médica obstetra sentiu medo, queria alguém por perto mas
não tinha ninguém. Foi até o quarto, pegou o celular e apertou nos números
discados achando que estava fazendo uma ligação para mãe, na hora do nervosismo
sequer olhou para onde estava discando, o numero caiu na caixa postal e ela
meio perdida deixou uma mensagem.
Pela noite
Victor ficou inquieto, algo aconteceria naquele dia e ele sentia que era bom.
Enquanto todos foram dormir, ele ficou ali compondo uma de suas musicas, ainda
ligou para Helen e nesse momento o celular descarregou, deixou-o um pouco de
lado e focou naquela composição, após isso foi tomar um banho, por enquanto
colocou o celular para carregar. Ao entrar no quarto para descansar ligou o
aparelho e nele tinha uma mensagem de voz... Aquela voz que ele conhecia bem,
mesmo que de longe e estava suplicando, pedindo ajuda.
“Oi, tô sentindo as contrações fortes
desde o começo da tarde. Agora minha bolsa estourou... Vem logo pra cá – Pausou para chorar, ele pode escutar os
soluços – Tô com medo, vem logo!”
Continua...
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