sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Cap. 51


                       Capitulo 51


                   I'll never be your mother's favorite
                   Eu nunca serei o favorito da sua mãe
                  Your daddy can't even look me in the eye
                  Seu pai nem consegue me olhar nos olhos
                 Oooh if I was in their shoes, I'd be doing the same thing
                 Se eu estivesse no lugar deles, faria a mesma coisa
                 Sayin' there goes my little girl
                  E diria: "Lá vai a minha garotinha
                 Walkin' with that troublesome guy
                  Com aquele cara problemático"
                                              (It will rain – Bruno Mars)


   Após Victor ir embora Carol descansou um pouco no sofá, ao ouvir um barulho vindo no quarto de Luciana foi até lá, ela já havia tomado banho e estava vestindo um vestido preto.

_Luciana, você vai aonde?
_Tenho que ir pro funeral de Gabriela.
_Não faz isso. Você mal dormiu essa madrugada, a mãe dela vai estar lá.
_Já estou decidida de ir Carol, acho que ela precisa dessa ultima homenagem vinda de mim. – Começou a chorar e sentou na cama.
_Então se você vai, irei junto.
_Pode ir pra casa, vá cuidar do seu filho e do seu marido.
_Não Lucy, amiga é pra essas coisas.

   Nos braços da amiga Luciana mais uma vez se desesperou, chorou, ouviu o interfone tocar e Carol foi atender, voltou estranha.

_O que foi Carol?
_O porteiro avisou que tem uma mulher te procurando na portaria.

   As duas desceram e ao se aproximar viram Marilda e um rapaz que aparentava ter seus 25 anos. Com um olhar compreensivo, Luciana foi até eles para abraçá-los, porém, Marilda recusou o abraço.

_Não quero abraços, só vim pra ver sua cara de culpa. Sua assassina!

  A pressão de Luciana começou a cair e ela ficou pálida.

_Dona Marilda, eu não tive culpa, se dependesse de mim a Gabriela ainda estaria aqui entre nós. – Começou a chorar.
_Por sua causa minha filha morreu – Alterou a voz – Agora minha Gabriela não está entre nós. – Começou a chorar e foi amparada pelo rapaz.
_E-eu juro Dona Marilda, não tive culpa.
_Cala a sua boca! Se você não tivesse feito a cabeça dela quando eu quis que ela fizesse o aborto a Gabi estaria aqui.

   Luciana começou a chorar, queria justificar, queria explicar mas não tinha argumentos.

_Eu dei o melhor de mim Dona Marilda, eu juro.
_Não jure em vão sua assassina! Vou fazer de tudo para te colocar na cadeia, você nunca mais vai poder exercer sua profissão de médica, eu juro Luciana, serei o seu inferno a partir de hoje! Me aguarde.

  Luciana parou de chorar e viu tudo ao seu redor girar.

Carol: _Como você fala isso com a Luciana, ingrata! Quem mais cuidou e se preocupou com a sua filha foi a Luciana. Não está vendo o estado dela? Ela está grávida, respeite-a
Marilda: _O que eu desejo a você Luciana é que esse filho que carrega na barriga não passe pelo o mesmo que meu neto está passando. No fundo, eu queria que você morresse pra sua mãe sentir o que seu sinto.
Carol: _SAIA DAQUI OU EU CHAMO A POLICIA!

_Vem mamãe, vamos sair, você já disse o que tinha pra dizer a essa assassina – Saiu levando Marilda para o carro.

   Luciana sentou no batente da entrada do edifício para não desmaiar, o porteiro lhe ofereceu um copo com água e depois de alguns minutos ela conseguiu voltar para o apartamento com a ajuda de Carol.

_Acho que Marilda tem razão... Eu sou uma assassina.
_Não fala assim Luciana!


  Depois disso Luciana não conseguiu falar mais nada, ficou horas sentada no sofá pensativa, com o olhar perdido. Carol tomou uma atitude que deveria ter tomado há tempo.

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   Durante a viagem, Victor estava com o corpo dentro do jatinho mas sua mente estava em Uberlândia mais precisamente em Luciana.

_Hey, acorda dos pensamentos aí que estamos chegando.

  Aterrissaram em Florianópolis, Victor mal falou com as fãs e elas puderam sentir isso, foi direto para o quarto e se trancou até o horário do show. Já no camarim falou com algumas fãs presentes e entre um intervalo de conversa com alguém ele tentava discar o numero de Luciana mas logo lembrou que ela não tinha mais aqueles, fez o show bastante pra baixo, errou algumas notas no violão e já na madrugada decidiu ligar para Carol.

_Oi Victor – A voz estava sonolenta
_Desculpa Carol, pensei que estivesse acordada.
_Agora estou.
_Me fale, como está a Lu?
_No momento não sei.
_Onde você está?
_Estou no meu apartamento.
_A Luciana não pode ficar sozinha Carol!
_Relaxa que hoje ela teve que ir pra São Paulo.
_Por quê? Aconteceu alguma coisa com ela?
_Não, na verdade eu quem tomei essa decisão. A mãe da Gabriela foi lá no edifício xingar a Luciana, a chamou de assassina. Acho que agora Luciana entrou em depressão de vez Victor.
– Ele pode sentir o coração bater descompassado de preocupação – Liguei pra mãe dela e exigi que levasse Luciana para passar uns dias lá.
_Ok, você pode me dar o novo numero dela?
_Tá com caneta e papel?
_Sim
_Então anota.

    Ela passou o numero para ele e desligou, Victor queria ligar na mesma hora mas algumas fãs apareceram no camarim e pediram pra tirar foto, uma delas ainda perguntou o porque de ele estar assim e ele alegou que estava um pouco cansado e com dor de cabeça. Em um momento quando estava somente ele ali enquanto Leo levava as fãs até a porta resolveu ligar, chamou e ele pode sentir o coração bater a cada chamada.

_Alô?
_Luciana?
_Não, é a mãe dela, quem gostaria?
_Dona Geovana aqui é o Victor.

  Ouviu a mulher suspirar impaciente do outro lado da linha.

_O que você quer Victor?
_Quero saber como ela está.
_Olha, nesse momento a Luciana está dormindo mas eu te peço, não ligue mais para ela.
_Ma-mas Dona Geovana, ontem eu quem amparei Luciana no momento que ela mais precisou de mim.
_Ontem é ontem, Luciana não precisa de você. Só quem estava do lado dela esses meses em que você a abandonou sabe o que ela sofreu. Esqueça Luciana, e não se preocupe que nós daremos um jeito de tirá-la do seu caminho, não piore a situação mais do que já está. Continue com sua namoradinha e tente não iludir mais ainda minha filha. Tenha uma boa noite. – Desligou.

   Victor ficou inerte, não sabia o que falar, dizer, responder. Ficou assim por longos minutos, Leo se aproximou.

_O que houve?
_Eu liguei pra Luciana
_E...?
_A mãe dela atendeu e pediu para que eu a deixasse em paz. – Sentiu um nó se formar em sua garganta. – E... E, eu não fiz nada para me defender diante das acusações.
_Olha Victor, deixa pra lá, um dia você vai mostrar a essa mãe da Luciana com ações que a ama.

   Talvez Leo tivesse razão, Luciana precisava de um momento ao lado dos pais dela, talvez o destino queria unir aquela família mas sem Victor do lado. Foi para o hotel e dentro do quarto não conseguiu segurar as lagrimas, iria se afastar dela por um bom tempo, para o bem de ambos e de todos ao seu redor.   

Continua....

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