Capitulo 53
“A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.”.
(Vinícius de Moraes)
_Vai pra onde
meu doce Victor? – Helen o parou antes de entrar no carro.
_Vou ver a Luciana.
Ela está na cidade.
_Ai meu
querido, você pode deixar pra depois? É que vou precisar de você hoje.
_Para?
_Escolher a roupa do reveillon, nunca rompi ano em fazenda, você pode me ajudar.
_Escolher a roupa do reveillon, nunca rompi ano em fazenda, você pode me ajudar.
_Peça ajuda a
Paula, minha mãe, Tatiana, elas sabem como deve ser isso.
_Por favor?
Victor lembrou
as palavras de Tatiana:
“Ela vai ficar aqui e não vai voltar pra São Paulo, você terá o tempo todo pra fazer essa visita.”
“Ela vai ficar aqui e não vai voltar pra São Paulo, você terá o tempo todo pra fazer essa visita.”
Logo pensou e
decidiu deixar para depois, ela com certeza precisaria descansar. Foi junto com
Helen, passou a tarde inteira com ela no shopping decidindo o que levar. Ao
passar em uma loja, comprou um sapatinho rosa e não parava de olhar para ele,
iria dar de presente a Luciana quando fosse visitá-la. Acabaram chegando no
começo da noite e Victor decidiu ir visitá-la na manhã seguinte.
Luciana acordou
cedo e foi para a consulta, assim que chegou na clinica algumas pessoas já
olhavam para ela atravessado, como se ela realmente fosse uma assassina,
sentiu-se constrangida. Guilherme a atendeu primeiro.
_Luciana, como
está?
_Bem.
_Não parece.
_É que... – Sua fala foi cortada pelo choro – A Gabi sabe?
_Esqueça isso.
Não ta fazendo bem nem pra você tampouco o bebê, Luciana, você não teve culpa
eu estava lá na hora do parto e vi o quanto você tentou. Tente se acalmar que
vou aferir sua pressão.
Fez tudo como
de praxe e depois sentaram.
_Você tem se
alimentado bem Luciana?
_Acho que sim.
_Acho que sim.
_Eu tenho
certeza que não. Está abaixo do peso ideal, isso não pode acontecer Luciana,
você que é medica sabe do que estou falando. Vou te passar uma vitamina, pense
que em menos de um mês estará dando a luz a essa pequenina, ela não tem culpa
de nada do que acontece com nós adultos.
Prescreveu a
vitamina e depois foram para a sala de ultrassom, o único momento que Luciana
abriu um sorriso largo, lembrou de Victor, queria ele do seu lado para mais uma
vez prestigiar esse momento. Após isso Guilherme a levou até a porta.
_Bem Luciana,
acho que da próxima vez que nos vermos será o momento do parto, ela está quase
na posição, mais um pouquinho e ela nasce.
_Quantos dias
será que tenho?
_Não sei, mas acho que em menos de dez ou quinze dias ela virá ao mundo.
_Não sei, mas acho que em menos de dez ou quinze dias ela virá ao mundo.
_Ok, Obrigada
doutor.
Tomou um táxi
já que não conseguia dirigir e foi para LUCADAN, Carol ao vê-la abraçou-a como
se tivessem se visto há meses.
_Ahh e aí? Como
foi a consulta?
_É, foi normal.
_Mas tenho
certeza que você abriu esse sorrisão quando estava na hora da ultrassom.
_Claro (Sorriu
mais uma vez ao lembrar) Não vejo a hora de minha filha nascer.
_Ótimo, então
enquanto isso não acontece que tal irmos almoçar? Tô de folga a tarde toda.
_Vamos sim.
Saíram dali e
foram para um restaurante, depois passaram a tarde no apartamento de Carol,
Junior ficava perguntando sobre a gravidez de Luciana e ela sorria como uma boba,
depois percebeu algo.
_Caramba Ká,
acho que deixei meus celulares em casa.
_Putz! Sorte
sua que não precisa tanto assim.
_Mas minha mãe
vai ligar pra avisar quando poderá vir.
_Esquece,
qualquer coisa você liga do meu celular.
Empolgada
Luciana permaneceu no apartamento de Carol, acabou dormindo por lá. Ligou para
os pais e eles avisaram que no outro dia pela manhã estariam em Uberlândia. Ela
foi os buscar mas antes passou por seu apartamento, olhou rapidamente os
celulares e lá constava varias ligações de um numero só, estava tão apressada
que ignorou e foi buscar os pais no aeroporto, ao vê-los abraçou e como não
tinha levado bolsa deixou os celulares na bolsa da mãe.
Victor pela
manhã levantou-se cedo e foi para a cidade, queria ver Luciana e estava
preparado para isso. Ao chegar à frente do edifício ligou para ela, só chamava,
o porteiro avisou que ela tinha saído, ficou assim o dia inteiro, tentando
ligar para Luciana, sem chance.
O dia 31 foi
animado na fazenda, fizeram churrasco, todos estavam reunidos. Victor estava
criando coragem para ligar para Luciana. Tatiana se aproximou dele.
_E aí, como foi
o encontro seu com a Lu?
_Não foi. Fui até lá e ela não estava, liguei e ela não atendeu.
_Não foi. Fui até lá e ela não estava, liguei e ela não atendeu.
_Soube que ela
foi para a consulta e de lá foi para o apartamento de Carol, acho que ela
esqueceu os celulares em casa.
_Não pode ser,
Luciana nunca larga aqueles celulares.
_Tenta hoje,
vai que da certo. – Saiu
Victor mais uma
vez ligou, chamou três vezes, na quarta uma voz diferente atendeu, aquela voz
que ele sabia bem quem era, até a voz de Geovana era insuportável.
_Alô?... Alô?
Ele desligou
com receio, foi até Tatiana mais uma vez.
_Quem atendeu
foi Geovana.
_Os pais dela
virão para passar a virada de ano mesmo.
_Então deixa
pra lá, quando eles forem embora eu a procuro.
Passou o
restante do dia cabisbaixo, nem as piadas de Helen ele estava rindo. Pela
noite, tomou um banho e trocou de roupa, estava na varanda, triste. Helen
apareceu com dois copos e uma garrafa de Whisky.
_Quer dividir
comigo a garrafa? – Sentou do
lado dele – Estou brincando
meu doce Victor.
_Se é
brincadeira ou não põe uma dose pra mim. Hoje estou triste.
Continua...
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