Capitulo 44
"Nareul tteona bonaen
geuga ajik neomu miwoyo"
(Ainda
estou odiando você que me deixou partir)
Luciana não
sabia o que fazer ao ficar de frente para aqueles repórteres, sentiu uma mão
envolver sua cintura e empurrá-la para saída, ao virar-se, Victor estava ali.
Repórter: _Mas a festa já acabou?
Victor: _Não, decidimos ir embora.
Victor: _Não, decidimos ir embora.
Repórter: _Mas por quê?
Victor: _A Lu tá um pouco cansada, coisas de grávida.
Sem mais
perguntas Victor a levou para o carro que os esperavam, o caminho até o hotel
ambos ficaram calados, com seus pensamentos. Ao entrar no quarto ele esbravejou
toda a sua raiva.
_Ainda não
entendi o porque daquele barraco todo. Logo você Luciana?! – Alterou a voz
_Você não sabe
o que ela disse para ficar achando que eu estava errada.
_Você poderia
ter tido a consciência e se afastado dela. Na frente de todos Luciana?
_Porque você se
preocupa tanto com a opinião dos outros Victor? – Sentiu sua fala começar a cortar.
_É fácil, não
vai ser você que vai ter que dar satisfação a programas de TV sobre o ocorrido!
Luciana cegou,
a raiva falou mais alto.
_É MESMO, ENTÃO
JÁ QUE VOCÊ PREFERE FICAR DO LADO DESSA VAGABUNDA FIQUE SABENDO QUE ELA ESTA
NOS DIFAMANDO POR AÍ! SABE O QUE ELA ME FALOU? QUE NOSSO CASAMENTO ERA DE
FACHADA E QUE ESSE FILHO QUE ESTOU ESPERANDO NÃO ERA SEU!
_NÃO É SÓ ELA
QUE PENSA ASSIM.
_ENTÃO QUEM
MAIS PODERIA PENSAR VICTOR? ALGUÉM IMPORTANTE PRA SUA VIDA? ALGUÉM QUE TE FAÇA
SE PREOCUPAR AINDA MAIS? QUEM É ESSA PESSOA?
_SOU EU!
O silêncio
predominou o ambiente, Luciana não tinha mais fala, sentiu seu estomago revirar
e sua visão falhar involuntariamente.
_Espera, eu
entendi bem isso? É isso mesmo Victor?
Victor se
arrependeu amargamente de ter falado aquilo mas precisava desabafar.
_Isso mesmo
Luciana, eu estava desconfiado desde o principio.
_Porque essa
desconfiança?... E... Porque não falou pra mim? Estou enlouquecendo, só pode. – Colocou a mão na cabeça. – Como pode desconfiar de mim, sempre fui
fiel e nunca te dei motivos. –
Sentou na beira da cama.
_Quer saber
Luciana? Estou cansado, não agüento mais suas crises de ciúmes, seus choros sem
motivos, sua impaciência sempre que chego cansado... Esses momentos que eu
nunca passei com namorada nenhuma na minha vida... E esse filho... Como vou
saber se é meu, quando transamos você ainda namorava o Fernando.
_Eu te falei
que nós não transamos naquele dia e sempre que isso acontecia era com
camisinha. – Deixou as
lagrimas caírem livremente.
_E como vou
saber? Eu não estava na hora em que vocês transaram...
_JÁ CHEGA! – Levantou-se – CANSEI DE SER HUMILHADA! NÃO MEREÇO
ISSO VICTOR. ERREI EM TE MAGOAR, ERREI, MAS NÃO PRECISAVA ESCUTAR ISSO TUDO
VINDO DA SUA BOCA!
Ficaram em
silêncio, só se ouvia os soluços de Luciana ecoando naquele quarto.
_Acabou – Sussurrou – Você não é o Victor que eu conheci.
_Se é assim que
você quer, a porta da frente é serventia da casa. – Apontou para a porta do quarto.
Calada, Luciana
pegou sua mala, recolheu os objetos que usara durante o dia e antes de sair
olhou para Victor, depois baixou a cabeça e se retirou dali, foi direto para um
táxi que estava parado na porta do hotel, colocou a mala no bagageiro do
veículo e entrou nele.
_Para onde
vamos moça?
_Aeroporto... – Pensou um pouco – Não, espera. Se eu te indicar a cidade você me leva pra lá?
_Não sei moça, é muito longe daqui?
_Aeroporto... – Pensou um pouco – Não, espera. Se eu te indicar a cidade você me leva pra lá?
_Não sei moça, é muito longe daqui?
_Não, olha...
Eu pago o que você quiser.
Após muito
insistir o taxista aceitou e a levou. Durante o trajeto as lagrimas mais uma
vez caíram livremente, para Luciana, esse não era o Victor que ela conhecera,
aquela expressão no rosto ao dizer severas palavras, não, aquele ali não era
ele. Assim que o táxi parou no destino em que ela pedira lembrou das palavras
do mesmo.
“...Luciana, quando não vamos pelo amor,
vamos pela dor. Pense nisso.”
Apertou o
interfone insistentemente. Sabia que se Lucas não estivesse em casa, sua mãe
estaria.
_Quem é? – Lucas estava com a voz sonolenta.
_Pai... Sou eu,
abre aqui... Por favor – Foi o
que conseguiu falar aos choros.
Em menos alguns
minutos Lucas abriu a porta, seu rosto estava pálido afinal, ninguém recebe
visita àquela hora da madrugada, ainda por cima sendo sua filha que desde a
ultima vez que se viram, houve briga.
_PAI! – Correu até ele e o abraçou.
Luciana
soluçava, chorava alto e não queria largar o pai. Lucas colocou sua mala dentro
da casa e a levou para a cozinha, foi até o escritório e voltou com kit medico,
aferiu a pressão dela, deu-lhe um calmante natural.
_Luciana, fala
comigo, o que aconteceu pra você vir parar aqui a essa hora? – Tocou-lhe os braços – Você está fria, venha, vamos para seu
quarto.
Geovana
apareceu na cozinha, assustou ao ver sua filha ali.
_Luciana, o que
aconteceu? – Correu até ela. – Me diga o que aconteceu agora!
_Nada mãe... – Queria falar mas o choro impedia. – Me deixa mãe...
_E o Victor...
Onde está?
_Eu... Nós
brigamos.
Lucas: _Já chega de tantas perguntas, venha
Luciana, vamos para seu quarto.
Geovana: _Deixe Lucas, eu a levo.
Subiram para o
quarto, Luciana logo deitou na cama do jeito que estava, tudo o que queria
naquele exato momento era chorar e ficar sozinha.
_O que houve
Luciana?
_Nada mãe,
esquece.
_Tudo bem, vou
deixar você sozinha. Boa noite, qualquer coisa me chame.
Saiu do quarto
e Luciana aproveitou para dar vazão a todo o sofrimento. Como a vida mudou e em
menos de algumas horas sua vida estava totalmente em um inferno astral.
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Após Luciana
sair do quarto Victor ficou pensativo, dissera palavras duras a ela, coisas que
nem ele mesmo sabia como saiu da sua boca. Estava irritado por tudo ter dado
errado, por saber que no outro dia vários fofoqueiros de plantão comentariam
sobre a suposta briga entre sua esposa e Helen, parou para lembrar da sua ex e
já imaginava que como ela estava caída na mídia isso seria um bom assunto para
a carreira dela decolar mais uma vez, só de pensar em seu nome associado a
alguma noticia que deprimia sua imagem ele sentiu raiva, pegou o jarro com as
rosas vermelhas que tinha mandado para sua amada naquela tarde e jogou na
parede, encostou na parede e aos poucos foi escorregando, caiu no chão e assim
ficou até adormecer ali mesmo.
Pela manhã
ouviu batidas na porta, levantou-se do chão ainda meio atônito sem entender
nada do que passara, foi até a porta abriu, Leo estava ali.
_Victor, avisa
a Luciana que eu e a Tati vamos passear por São Paulo, vocês poderiam ir
conosco.
Em um milésimo de
segundo Victor lembrou de tudo o que ocorrera na noite anterior, abriu mais a
porta para o irmão entrar e foi para a cama, sentou-se.
_Luciana não
está. Voltou pra Uberlândia
_Mas... Por quê?
Fala serio que vocês discutiram por causa da Helen.
_Sim, eu acho
que agora não voltamos mais Leo – Pela primeira vez depois da ida de Luciana ele sentiu algumas
lagrimas brotarem em seus olhos.
_Para com isso
rapaz – Sentou do lado dele na
cama – Lembra quantas vezes
discuti com a Tati e você veio me dar conselhos? Então agora estou aqui te
dizendo que isso não vai acontecer.
_Você não sabe
o que aconteceu.
_Quer
desabafar?
Victor baixou a
cabeça e ficou pensativo, o silêncio predominava ali até ele criar forças para
falar.
_Falei palavras
fortes para ela.
_Na hora da discussão todos falamos coisas da boca para fora Vitor.
_Na hora da discussão todos falamos coisas da boca para fora Vitor.
_Não. Eu a julguei,
humilhei. Ela foi embora e eu não tive a coragem de pedir pra ela voltar. Leo,
eu disse pra ela que desconfiava que não era o pai daquele bebê que ela está
carregando. – Começou a
chorar.
Leo levantou e
ficou andando de um lado pro outro, precisava dar conselhos ao irmão.
_Já ligou pra
ela?
_Não tenho coragem. – Limpou o canto do olho
_Não tenho coragem. – Limpou o canto do olho
_Então aguarde
um momento bom para ligar, ela vai atender.
_Ok, vou fazer
isso.
_Muito bem, então,
você quer ir conosco?
_Não, hoje eu
vou ficar aqui no quarto.
_Qualquer coisa
me liga ok?
_Tá, obrigado
pelo conselho.
Leo saiu e
assim Victor ficou por vários minutos. Agora sabia que sem Luciana sua vida não
era completa. Ligou para a recepção e pediu que alguém viesse limpar os cacos
do jarro e tirar aquelas rosas dali, após isso ele ficou o dia inteiro na cama,
pensando somente nela, sua Luciana.
A noite passou
a custar e antes das onze decidiu ligar para ela, todos os seus celulares
estavam desligados, por ele já estaria em Uberlândia pedindo perdão a ela e se
preciso fosse, ficaria de joelhos perante ela. Pela manhã voltaram para casa,
assim que Victor chegou algo estava estranho, subiu para o quarto e do mesmo
jeito que estava, desde a ultima vez que os dois saíram, estava. Entrou no
closet e as roupas dela ainda estavam ali, desceu para a garagem e o carro dela
estava ali. Foi até o jardim, Lourdes estava aguando as plantas.
_Lourdes, sabe
me dizer se a Luciana dormiu aqui essa noite?
_Não Victor, vocês não tinham viajado juntos?
_Sim, mas ela veio na frente. – Colocou a mão no quadril e olhou ao redor do jardim como se estivesse procurando-a.
_Não Victor, vocês não tinham viajado juntos?
_Sim, mas ela veio na frente. – Colocou a mão no quadril e olhou ao redor do jardim como se estivesse procurando-a.
Para ele um enigma começava, onde Luciana estava?
Pensou na casa dos pais dela mas sabia que ela era um tanto orgulhosa e ali
seria o ultimo destino na lista dela. Ligou para ela e mais uma vez todos os
celulares estavam desligado, sentiu uma aflição o invadir por dentro.
Continua...
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