Capitulo 57
Quanto talento
Pra discutir em vão
Será tão frágil
Nossa ligação
(Sandy – Estranho jeito de amar)
Carol entrou no
quarto com o jarro nas mãos.
_Luciana para
de gritar, você não pode ter raiva. – Se aproximou da amiga.
_CAROL QUEM
DEIXOU ELE ENTRAR... NÃO QUERO ELE PERTO DA MINHA FILHA!
_Victor, sai
daqui a Luciana não pode ter raiva...
_Mas Carol...
Eu s...
Carol tirou
Victor dali, o levou até o corredor.
_Mal passo
cinco minutos longe e vocês já estão brigando? Victor, a Luciana não pode ter
raiva, ela acabou de ter bebê.
_Eu não tenho
culpa, ela quem começou a ficar histérica. Eu não entendo, ela liga pra mim de
madrugada, aí agora vem com esse escândalo todo.
_Era pra ela
ligar pra mãe dela, discou o numero errado.
_Não sei porque
a Luciana está assim comigo. Às vezes acho que Dona Geovana quem encheu a
cabeça dela com coisas minha.
_E também junta
o que a Helen falou.
_Oi? – Victor não entendeu.
_A sua
namoradinha fez uma visita a Lucy no primeiro dia do ano, bem cedinho.
Victor lembrou
que desconfiara da saída repentina da namorada, na época preferiu deixar para
lá.
_Co-como assim
Carol?
_Ela foi lá e
disse pra Luciana que você tinha confessado a ela que a Gabi não era sua filha.
_ELA FICOU
LOUCA?! EU NUNCA DISSE ISSO CAROL... EU... – Procurou em sua mente quando dissera isso. – Eu não sei como ela soube.
_Olha Victor,
dá um tempo. Esse mês a Luciana não pode ter raiva, evite um confronto com ela.
_Mas e a minha
filha? Eu preciso vê-la.
_Eu sei mas dê
tempo ao tempo. A Luciana não pode ter raiva agora, por favor.
A vontade que
Victor tinha naquele momento era de voltar ao quarto e dar boas palmadas em
Luciana para ela parar de birra.
_É mesmo? Então
diga a ela para não cair nas conversas da mãe dela também.
_Dona Geovana
não convém ao caso.
_Mas foi por
causa dela que eu não procurei Luciana depois da morte da Gabriela. Ela exigiu
por telefone que eu deixasse a filha dela em paz.
_Tenta se
acalmar Victor, por Deus!
_O melhor que
tenho a fazer é ir embora.
Voltou para
casa entristecido, gostaria de estar ali, ao lado de Luciana e sua filha.
Aproveitou a raiva e ligou para Helen.
_Oi meu doce
Victor.
_Quem mandou
você ir procurar a Luciana e falar asneiras pra ela como se eu tivesse falado?
_Do-do que você
está falando?
_Não se faça de boba Helen, eu soube de tudo. Porque foi na casa dela?
_Não se faça de boba Helen, eu soube de tudo. Porque foi na casa dela?
Helen ficou em
silencio procurando uma boa resposta, no fim, nada achou.
_Desculpa
Victor, acho que eu levei nosso romance a serio demais.
_Não entendo
porque fez isso se entre nós dois não rola mais nada.
_Me desculpe
meu amor.
_Acho melhor
não continuarmos mais com essa farsa. Não me sinto bem Helen, melhor
terminarmos.
_Ok, como você
quiser... – Suspirou
impaciente do outro lado da linha – Fique calmo que eu não falarei nada. Só irei colocar uma nota
avisando que terminamos, mas fique sabendo meu Doce Victor, que o amo, pena que
não sou correspondida. Beijos.
Desligou o
celular na cara dele, o que o deixou meio confuso, aquilo seria um termino de
namoro? Não sabia mas tudo o que queria ela relaxar para passar a dor de cabeça
que lhe corroía, ao deitar na cama mexeu no celular para ver a foto de sua
filha, talvez tivesse sido a primeira a ser tirada. Não sabia, mas guardaria
como uma lembrança.
***********************************************
Ao entrar na
sala Carol se assustou, Luciana estava em pé com a filha nos braços,
sussurrando algo.
_Luciana! Você
não pode ficar em pé.
_Ele não vai
levar minha filha Ká.
_Me dá a Gabi
aqui. – Tomou dos braços de
Luciana – Agora deita.
Ajudou Luciana
a deitar e procurou não falar sobre o ocorrido daquela manhã. Tatiana, Leo,
Marisa, Ronald e Paula foram visitá-las no mesmo dia, ao ser questionada sobre
a ausência de Victor, Carol entrou na conversa e alegou que ele veio mas logo
foi para casa.
Geovana e Lucas
chegaram e ficaram em Uberlândia por alguns dias, tempo suficiente para Luciana
se adaptar a nova vida. Bastante cuidadosa e carinhosa ela não deixava passar
nada, sempre ali agindo como uma mãe tem que agir. Quinze dias após o
nascimento de Gabriela, Geovana mandou Joyce para ajudar a filha e Luciana só
agradeceu, Joyce era um amor de pessoa e juntas iriam se dar super bem. Soube
através de Carol que naquela noite da virada do ano Helen embebedara Victor e
sua consciência doeu, queria ter coragem para ligar e pedir desculpas, que ele
poderia sim visitar a filha mas não tinha forças.
Passado alguns
dias enquanto Luciana estava dando banho em sua filha a campainha tocou, Joyce
foi atender e logo entrou no quarto.
_Dona Luciana,
tem um homem aí na porta lhe procurando.
_Quem é? Como
assim o Murilo autorizou a entrada sem me consultar? – Entregou Gabriela a empregada – Cuida dela que eu vou atender.
Ao se aproximar
da porta pode perceber que o homem aparentava ter mais de 35 anos, com trajes
social, bateu receio.
_Pois não?
_Senhora Luciana Alves de Alcântara, ela está?
_Senhora Luciana Alves de Alcântara, ela está?
_Sou eu mesma.
O homem pegou
um papel e entregou a ela, depois puxou outro e uma caneta.
_Você foi
intimada a comparecer ao fórum no dia 02 de fevereiro.
_Para?
_Um processo corre em seu nome, por favor, assine aqui.
_Um processo corre em seu nome, por favor, assine aqui.
Com as mãos trêmulas
Luciana assinou e assim que o homem saiu ela abriu o papel, o motivo da intimação
era sobre a morte de Gabriela. Sentou no sofá e ficou inerte, quase chorando.
_Dona Luciana,
está tudo bem? – Joyce sentou
ao lado dela.
_Ach... Acho
que não. – Colocou as mãos no
cabelo desesperada. – O que
eu faço?
Ligou para Carol e ela logo apareceu. Mostrou o papel da intimação.
Ligou para Carol e ela logo apareceu. Mostrou o papel da intimação.
_O que eu faço
Carol? – Começou a chorar.
_Calma Luciana,
isso deve ser de praxe.
_Bem que a Marilda falou que ia ferrar com minha vida. Eu não quero ser presa e se eu não poder ter mais contato com minha filha?
_Bem que a Marilda falou que ia ferrar com minha vida. Eu não quero ser presa e se eu não poder ter mais contato com minha filha?
_Não é pra
tanto Lu, aí vem as testemunhas e todos que estavam na sala de cirurgia irão
responder a seu favor.
_Mas você não
entende, a Marilda tem dinheiro, ela pode comprar tudo nessa vida... Até minha
liberdade! O que eu faço Carol, não vou sobreviver sem minha pequenina por
perto. – Soluçou.
_Olha, vou
arranjar um bom advogado.
_Falta uma
semana pra esse julgamento Carol! Qual advogado irá defender essa causa... Tô
perdida!
_Não está. Eu
vou te ajudar amiga.
Luciana chorou alto, só de pensar em ser presa
por assassinato se desesperou, não iria conseguir sobreviver sem sua filha por
perto.
Continua...
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