Cap. 66

           Capitulo 66

    Aviso: Este capítulo contém cenas de sexo. Se você se sente desconfortável, não leia =P

    Luciana estava tensa, não porque iria sair para jantar com Victor, mas porque teria que deixar sua filha em casa. Mesmo com Joyce lhe garantindo que se algo acontecesse ligaria.

    Terminou de se arrumar e foi para a sala, desceu as escadas devagar para não cair do salto, ao erguer o rosto percebeu que os olhos de Victor brilhavam. 

_Linda como sempre. Vamos?

_Vamos – Olhou para Joyce – Me promete que qualquer coisa vai ligar pra mim.

_Já te falei Dona Luciana, qualquer coisa eu ligo mesmo. Vá se divertir. – Garantiu a empregada.

    Foram para o mesmo restaurante de sempre. Já sentados, Luciana olhava ao redor, mexia no celular e isso estava irritando Victor.

_Hey, larga esse celular aí só um minuto. Pode ser?
_Desculpa meu amor mas é que e se a Joyce ligar?
_Você já colocou no volume máximo do toque do celular Luciana. Por favor.

_Tudo bem. O que vamos conversar enquanto nossos pedidos não chegam?
_Que tal falar de você. Não pense que não percebi sua tristeza e tensão, me fale o que tem?

   Aquele assunto era delicado para um momento tão perfeito. Luciana iria contar a Victor, mas precisava de um tempo para isso.

_Vih, precisamos mesmo falar sobre isso agora?

_Não sei o que está acontecendo Luciana mas você precisa me dizer.

_Prometo que te conto quando chegarmos em casa ok?

   Luciana procurou se alegrar com assuntos paralelos. Após jantarem Victor iniciou uma outra conversa.

_Bom, já que você quer somente alegria hoje, eu venho lhe presentear com algo que servirá para nós dois.

_Hum... O que será?

  Victor puxou uma caixinha de joalheria, abriu-a e nela tinham duas alianças. 

_Acredita que eu nem tinha pensado nesse detalhe?
_Que detalhe Lu?

_Nas alianças. – Segurou a caixinha e seus olhos brilharam – Ela não é a mesma.

_Joguei fora aquelas, estava nos fazendo mal. Vida nova, alianças novas.

_Meu amor – Se levantou e foi até ele, que também se levantara. – Te amo muito.

_Eu também Lu, te amo muito. – Segurou o dedo dela e colocou a aliança – Aceite isso como prova do meu amor e da minha fidelidade.

   Luciana também colocou a aliança no dedo dele e após isso se beijaram como se não tivesse ninguém ali, foram acordados do transe com várias pessoas aplaudindo e assoviando. saíram dali, pois Luciana já estava sem jeito com todos os olhares voltados para ela. Durante o trajeto decidiu contar tudo.

_Foi o Daniel.

_O que tem ele? – Não olhou para ela enquanto estava dirigindo.

_Ele pediu pra que eu saísse da sociedade da clinica.

_E você não aceitou né? Luciana, eu vi todo o esforço de vocês pra que a LUCADAN desse certo e agora tenho certeza que você... – Olhou para ela, que já estava com tristeza no olhar. – Não Luciana, você aceitou isso calada?

_Eu não vou ficar em lugar onde alguém me odeie Victor. Ele tá fazendo isso pra colocar a esposa dele no meu lugar e se for pra dividir meu espaço com aquela mulherzinha prefiro ficar longe da clinica.

_A Karen, filha do seu patrão.

_Tô nem aí se ela é filha do meu patrão, não gosto dela e pronto. E ela que vá tomar no cú!

_Luciana! (Repreendeu a esposa)

_Me deixa Victor, preciso desabafar.

   Calaram-se e Victor procurou prestar atenção no trânsito, mas Luciana precisava desabafar.

_Às vezes eu acho que o Daniel esta certo. E se por causa daquele maldito processo nenhuma paciente me procurar? E se eu montar minha clinica e não dar certo? – A voz estava embargada e o choro foi obvio.

_Não Luciana – Olhou para ela – Não me diz que você vai chorar. – Tarde demais. Ela já soluçava. – Esquece isso o que o Daniel falou. Ele é um idiota e a minha vontade agora é de socá-lo.

_Esquece isso... – Encostou a cabeça no ombro dele – Eu estou com medo Victor.

_Nenhum mal vai te acontecer Luciana, estou com você, não deixarei.

   O clima estava tenso, só ouvia os soluços de Luciana, Victor cantarolou algo para ela ir se acalmando e deu certo, chegaram em casa e ela já estava mais calma. Antes de entrarem em casa, abraçou-a fortemente.

_Estarei do seu lado para o que der e vier Luciana. Te amo.

_Obrigada.

   Assim que entrou na casa Luciana foi correndo para o quarto de Gabriela, Joyce estava sentada na cadeira.

_Ela deu trabalho? – Se aproximou do berço

_Não Lucy, mas eu pensei que vocês voltariam só mais tarde.

_É, ela não vive sem a filha. – Victor se encostou na porta do quarto.

_Agora com licença que vou dormir. Boa noite Dona Luciana, Seu Victor.

  Assim que Joyce saiu dali Victor foi até Luciana e mais uma vez abraçou-a por trás.

_Porque você não vai pro quarto?

_Não agora, olha nossa filha como dorme tão lindo.

_Luciana... – Virou-a para que o encarasse. – Acho melhor você ir pro quarto.

_Mas por quê? E que olhar é esse?

_Vai pro quarto e me espera lá ok?

   Tinha algo estranho na voz de Victor. Luciana foi para o quarto, ao abrir a porta o ambiente estava em meia luz, algumas velas de cheiro já estavam ali ligadas, na cama, um conjunto de lingerie e um bilhete. 

“Espero que goste. Te amo. Victor C.”

   Todo aquele ambiente a fez deduzir que ele gostaria que ela usasse a lingerie. Bastante trêmula foi ao banheiro e colocou a peça, o espartilho demorou um pouco mas como Luciana já tinha algumas peças assim em seu guarda roupa foi fácil de colocá-lo. Olhou-se no espelho admirada e ainda tremendo passou a mão pelo corpo, admirando cada detalhe. Mais uma vez se sentiu uma adolescente boba e apaixonada.

   Devagar, ela foi abrindo a porta. Ele já estava sentado na cama e só de cueca boxer, ao vê-la saindo do banheiro se sentiu um menino, ela estava do jeitinho que ele imaginara.

_Você está linda.

_Tô com vergonha. – Baixou a cabeça timidamente.

_Vem cá – Bateu nos próprios joelhos – Que a timidez passa rápido.

   Luciana sentou no colo de Victor que tomou-lhe os lábios para beijar. A respiração estava ofegante e as línguas já se moviam de uma maneira apressada, cada toque dele, Luciana achava que iria morrer ali mesmo, se arrepiava e ondas de prazer invadiam-na. Enquanto uma mão repousava no quadril a outra subia para segurar os cabelos dela para segurar um pouco forte.

_Não sei o que acontece comigo, cada vez que você se aproxima sinto que vou morrer de tanto te amar Luciana... Eu te amo.

   Luciana calou a boca dele com um beijo. Ele deitou-a e retirou-lhe a calcinha, tremia mais que ela, beijou a parte do seio onde a lingerie não cobria e logo voltou as atenções a intimidade dela, caprichou nos movimentos e pode sentir que ela já estava sussurrando o nome dele. Parou com o que estava fazendo encostou as costas na cabeceira da cama, em um pedido mudo olhou para Luciana, que entendeu o recado e antes de qualquer coisa o ajudou a tirar a boxer, sentou em cima dele com uma perna de cada lado da cintura, ajudou a colocar o membro dele dentro de si e mexendo o quadril ela pode o sentir invadindo-a aos poucos, ao sentir por completo começou a fazer movimentos rápidos, enquanto ela o ajudava com os movimentos, Victor beijava os seios dela que ainda estavam cobertos pelo espartilho, ver Luciana subindo e descendo, aos chorinhos de prazer o mundo já poderia acabar que naquele momento estavam se sentindo felizes. Já sentindo que não agüentaria por muito tempo, Victor colocou uma das mãos na intimidade de Luciana e fez movimentos com os dedos para que ela logo atingisse o ápice e sim, estava dando certo, os dois atingiram quase ao mesmo tempo, ficaram inertes, procurando fôlego. Para descansar Luciana encostou a cabeça na curva do ombro com o pescoço dele.

_Eu te amo Victor – Falou após um pouquinho de tempo – Não canso de dizer.

_Não pare de falar isso, porque é musica para meus ouvidos. Rsrsrsrs

_Você tem bom gosto, amei o presente.

_Fico feliz por isso. Lembra que um dia eu te disse que compraria uma lingerie bem sexy?

_E eu não acreditava. Porque espartilho?

_Porque lembrei de quando você usava aquelas blusas tomara que caia e eu ficava imaginando como seriam seus seios.

_Victor (Ergueu o rosto para encará-lo e repreendê-lo)

_Desculpa Luciana, na época você era minha amiga mas não era por isso que eu deixaria de ser homem. Mas também, você só queria saber do Fernando.

_E você com ciúmes aí.

_Nem estou com ciúmes. Mas ele é seu ex e isso complica.

_Tá então vamos falar de ex, onde está a Redemilda mesmo? – Luciana não conseguiu segurar o riso.

_Deixa ela em paz. Só porque ela tinha um nome estranho não queria dizer que não me satisfazia. – Ele percebeu que Luciana ficou séria e voltou a encostar a cabeça no ombro para não encará-lo – Mas tenho que dizer que o sexo dela era coisa de outro mundo.

_Safado! – Bateu no ombro dele e saiu do colo.

_Mas aí você entrou na minha vida e me completou. – Deitou-se do lado dela e beijou-lhe a bochecha. – Larga de ser ciumenta que eu não preciso de outra mulher em minha vida, te amo sua boba.

   Beijaram-se apaixonadamente mas o clima foi quebrado pela babá eletrônica com os choros de Gabriela.

_A Gabi nunca acorda essa hora... E o choro dela está estranho.

_Vai lá Lu, pode ser que ela esteja com saudades da mãe.

   Luciana se enrolou em um roupão de seda e foi até o quarto da filha, voltou de lá pálida.

_Victor, acho que a Gabi está febril

Continua....