Capitulo 92
Victor nada
falou, foi para o banheiro e ao entrar no chuveiro deixou que aquela água
caindo o deixasse mais relaxado. Ao voltar para o quarto Luciana estava sentada
na cama o esperando. Ainda calado ele procurou uma bermuda em sua mala, depois
vestiu, isso sem encará-la
_O que esta
acontecendo Victor?
_Nada Luciana.
Não posso ter meu momento não? –
Arqueou as sobrancelhas.
_Olha, desculpa
por não poder estar hoje aqui... – Levantou-se e o abraçou por trás. – Prometo amanhã ou depois vou dar um jeitinho de vir te
ver. – Beijou as costas dele.
Por um segundo
Victor fez um risinho bobo e se sentiu uma criança. Prometeu que a ajudaria em
sua profissão, então iria cumprir. Acariciou as mãos da sua amada que
repousavam no abdômen, virou-se e distribuiu selinhos em seus lábios.
_Tudo bem...
Desde que... Você me recompense quando voltar, ok?
_Eu prometo meu
amor.
Não se
conformaram somente nos selinhos e entregaram-se em um beijo mais profundo,
Victor foi empurrando-a até a cama, caiu por cima dela, suas mãos já estavam na
alça da blusa de Luciana tentando tirar, enquanto as mãos dela já aproveitando
que ele não fechara a bermuda ficou brincando com a barra da cueca. Aquilo
estava indo longo demais.
_Para. – Empurrou-o de leve.
_Porque Morena?
Tava tão bom.
_Tenho que ir.
Sentaram-se na
cama ainda procurando fôlego.
_Vou sentir
saudade. – Beijou o ombro dela.
_Eu também.
Acho que vou deixar a Gabi aqui.
_A Tati vai
adorar.
Antes de ir
embora Luciana conversou com Tatianna que com um sorriso perfeito aceitou tomar
conta de Gabriela. Infelizmente Victor não pode acompanhá-la até o aeroporto
pois tinha que fazer a passagem de som na casa de show.
Ansiosa,
Luciana queria gritar de alegria, dizer como aquele dia estava lindo para todos.
Ao chegar em casa ela pegou rapidamente as chaves do carro, em seu closet
procurou seus trajes profissionais e foi para o hospital.
“Já chegou em Uberlândia? Antes de entrar no
hospital me dá um toque. Victor.”
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Sorriu, tudo estava voltando ao normal, como nos velhos tempos onde sua amizade com Victor era algo forte e inocente... Mas não, a segunda mensagem que chegou demonstrou que a inocência entre ambos não era a mesma:
“Hey, te amo pra valer, lembre-se de não
esquecer...
...Beijos infinitos na sua boca... Minha gostosa J Victor.”
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Dessa vez
soltou uma gargalhada gostosa e assim entrou no hospital, fora recebida pelo
chefe de plantão.
_Desculpa Lucy,
não tivemos tempo de pedir sua papelada. Hoje está um caos aqui, estamos
precisando mesmo.
_Ok, amanhã ou
depois eu trago minha carteira de trabalho e outras papeladas.
_Venha, te mostrarei
a ala dos funcionários.
Tudo era mais
vivo, mais alegre naquele hospital, Luciana pode ver os rostos dos funcionários
que sempre estavam em harmonia uns com os outros. O ambiente era perfeito.
Antes de
guardar sua bolsa, ligou para Victor.
_Oi
_Não tá dando
pra te ouvir.
_Espera... – Gritou com o pessoal da banda que estavam
tocando algo para se divertirem – (Hey! Parem de barulho que estou falando com uma das mulheres
da minha vida!) – Luciana
ouviu alguns assovios e um “Gostosa” que ela podia jurar que vinha de Leo. – (Mais respeito com minha esposa.) – Voltou a falar com ela – Então agora consegue me ouvir?
_Sim, vou começar a trabalhar e ai... Estou nervosa.
_Sim, vou começar a trabalhar e ai... Estou nervosa.
_Vai dar tudo
certo meu amor, eu confio em você.
_Você falando
assim me dá uma injeção de animo sabia?
_Mas é claro que sei.
_Mas é claro que sei.
_Obrigada... Te
amo.
_Boba, te amo
mais.
_Tenho que
desligar. Beijos.
_Outro
Desligaram e
ela pode sentir a mulher mais amada do planeta. Seguiu para a ala da
maternidade e a tarde foi tranqüila, sem muito trabalho, pela noite foi falar
com uma das enfermeiras.
_A paciente do
404, como está? Alguma evolução na dilatação?
_Não doutora, acho que terá que ser cesárea. A menina também é muito novinha.
_Não doutora, acho que terá que ser cesárea. A menina também é muito novinha.
Sentiu seu
corpo tremer. Depois de um ano iria fazer uma cesárea e pra piorar ao olhar
para a paciente lembrou de Gabriela.
Encaminharam-na
para sala de cirurgia, Luciana sabia que não conseguiria fazer aquela cesárea
sozinha. Antes de entrar na sala bebeu cinco copos de água, alguém sussurrou em
seu ouvido.
_Não acha que
está nervosa demais não?
Ao virar-se
Michael estava ali, se jogou nos braços dele.
_Michael, não
sei se vou conseguir.
_Eu chego aqui
pra pegar o plantão e você já me abraça? Vou querer estar sempre por perto quando
você estiver nervosa. O que houve?
_Sabe, é a minha primeira cesárea e eu... Acho que não vou conseguir.
_Sabe, é a minha primeira cesárea e eu... Acho que não vou conseguir.
O rapaz sorriu
e voltou a fixar os olhos nos dela.
_No passado
você que me ensinou a não ficar nervoso na hora de um parto... hoje sou eu quem
tenho que te ensinar?
_Então, aqueles ensinamentos... Tá com você? Preciso que passe essa força pra mim.
_Então, aqueles ensinamentos... Tá com você? Preciso que passe essa força pra mim.
Michael riu e
enlaçou-a pela cintura.
_Vamos, eu te
ajudo a perder esse medo.
Um homem
grisalho passou por eles.
_A novata mal
chegou e você já quer pegá-la?
Só uma frase
assim para Luciana perceber que aquela troca de carícias mais parecia ser vinda
de um casal. Baixou a cabeça e soltou-se do rapaz.
_Vamos?
Entraram na
sala e antes de fazer a incisão, Luciana sentiu que estava tremula, olhou para
Michael.
_Não conte
comigo doutora, quero ver você perder o medo e fazer isso.
Continua...
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