segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Cap. 98


        Capitulo 98


  Os últimos dias de dezembro estavam literalmente “voando”. Victor viajou para fazer os últimos shows da dupla, sempre que a saudade batia, ele abria o pingente da corrente, passava vários minutos ali, apenas apreciando. Luciana aproveitava cada momento com Gabriela que agora não queria mais sair do andajá.

   Dia 31 Victor voltou para casa, estava com a saudade grande. Entrou no quarto e Luciana estava dormindo, parou para admirá-la, ela era perfeita e no fundo ele sentiu que fizera a escolha certa ao querê-la por toda a vida. Tomou uma ducha e tentou deitar na cama de uma maneira que não a acordasse, porém, ela se virou.

_Vih? – Se aninhou no peito dele, que envolveu os braços envolta do corpo dela.
_Oi amor.
_Porque chegou agora? – Olhou para o relógio que ficava próximo a cama. – Cinco da manhã?
_Tentamos chegar mais cedo mas houve  tumulto na nossa saída no aeroporto.

   Luciana voltou a dormir, Victor ainda ficou fazendo carinho nos cabelos dela e por fim adormeceu, assim que acordou ela não estava mais do seu lado. Desceu para a cozinha e ao olhar pela janela, Gabriela já estava no andajá, com Joyce ajudando-a.

_Ela é linda, eu sei disso. Mas já levou três quedas nesse andajá. – Luciana se aproximou sem que ele percebesse.
_E você ainda deixa ela andar nesse andajá Luciana? (Repreendeu-a)
_Ihh pai babão, relaxa. São as primeiras quedas Victor, isso é normal. Eu tenho que ir.

  Olhou para ela e pode ver que pelas vestes branca que Luciana usava já iria trabalhar.

_Acho maldade te colocarem justamente hoje pra trabalhar.
_Eu escolhi o natal como folga né? Mas ó, a Joyce vai te ajudar a arrumar a Gabi mais tarde e sua roupa está pronta lá no closet. – Sentiu que iria chorar – Me abraça?

   Abraçaram-se fortemente, assim que se afastaram Victor segurou o rosto dela e tomou-lhe os lábios. O beijo estava romântico mas foi intensificando e não restou outra opção se não colocá-la na parede mais próxima e pressionar seu corpo ao dela, as mãos já estavam fazendo um tour no corpo de ambos. Luciana finalizou o beijo.

_Melhor pararmos por aqui. Eu tenho que ir.
_Não vai, fica?
_Tenho mesmo que ir Vih – Deu um selinho nos lábios dele. – Te amo
  
   Sem olhar para trás, Luciana foi deslizando a mão no braço dele até chegar na mão, Victor apertou forte e entrelaçou-a. Ainda sem olhar para trás Luciana foi em direção a porta, entrou no carro e antes de dar a partida viu Victor indo em sua direção.

_O que foi?
_Nada, só queria dizer que também te amo.

  Tomou os lábios dela mais uma vez e assim viu sua amada partir.

   Pela noite, Joyce cuidou de Gabriela, arrumou-a e quando viu que Victor já estava pronto para sair, entregou a filha a ele.

_Seu Victor, vou ter que ir pra casa do Murilo, o senhor se importa de ir sozinho com a Gabi?
_Não, pode ir Joy. Quer carona?
_Não, muito obrigada. Feliz ano novo desde já
– O abraçou.
_Você também, muita saúde e paz.

   O trajeto até o apartamento de Leo e Tatianna, ele ligou o som, vez outra olhava pelo retrovisor e conversava com Gabriela.

_Amor, chama papai. A primeira palavra tem que ser papai ok?

   A menina sorria no banco de trás e ele mais ainda. Olhou para o banco do passageiro e suspirou, Luciana fazia muita falta, queria ela ali, linda, sorridente, algumas vezes o manobrando ao falar “Mais devagar Victor” ou “não avança o sinal”,“ olha a placa de pare” “olha o limite permitido da via Victor”.

Minha chatinha, minha marrenta... Que saudades de você, desabafou sozinho.


    Assim que entrou no apartamento onde seria a festa de virada de ano, Paula já foi pegando sua filha dos seus braços e Leo o chamando para conversarem.

**********************************************
   O plantão estava mais parado impossível, naquela tarde Luciana fez dois partos e nada mais, já estava entediada. Pela noite ainda apareceu uma cesárea e após isso ficou ali esperando alguém aparecer. Sentou-se na recepção da maternidade para assistir TV e tentar se distrair.

_Acho que os anjinhos não querem vir ao mundo nessa data tão especial. – Michael sentou do seu lado.
_O que está fazendo aqui? Seu plantão é amanhã.
_É ruim quando não se tem família aqui. Estão todos no Rio de Janeiro e exatamente a essa hora – Olhou o relógio no pulso – Estão na praia de Copacabana.
_Nossa, que ruim pra você.
_Pois é, aí pensei, você tem amigos, família, marido e filha que queriam sua presença onde quer que estejam na cidade.
_Ahh mas eles entendem que é meu trabalho. – Baixou a cabeça.
_Vai.
_Oi?
_Eu falei pra você ir pra casa ou seja lá onde todos estão reunidos.
_Mas, não posso deixar o plantão.
_E quem vai saber? Você acha que os donos do hospital estão preocupados com isso? Quanto ao chefe de plantão ele vai te entender, conversamos hoje a tarde sobre isso no telefone.
_Mas e você?
_Eu?
– Olhou para Daiane, pediatra de plantão que se aproxima na recepção. – Tenho uma missão, ganhar o coração dela.
_Sério que você está de olho nela?
_Carne nova no pedaço. (Sorriram) brincadeiras a parte, conheço-a de longa data, agora o destino meio que está me dando “um empurrãozinho”

   Luciana já sentiu seus olhos marejarem, quase sentou no colo dele como agradecimento, o abraçou forte.

_Obrigada meu amigo! Juro que nunca esquecerei o que está fazendo por mim.

   Assim que Luciana saiu para a sala dos funcionários, Michael baixou a cabeça e sussurrou.

_Pena que você só me ver como amigo Luciana.

   Claro que falara aquilo de conquistar Daiane para despistar o que sentia por ela, ninguém poderia saber, Luciana era casada e feliz com Victor, não queria atrapalhá-la na vida.

   Outro problema Luciana enfrentou, transito imenso! Tentou cortar caminho, mas em tudo quanto era rua existiam carros e carros. Ainda iria passar em casa e se vestir.

_Calma Luciana, vai dar tudo certo – Sibilou.

Continua... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário