segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Cap. 64





Atenção: Este capítulo contém cenas de sexo! Caso não se sinta confortável, não leia.




_Poxa Ká, – Suspirou – me pegou de surpresa.
_Desculpa amiga, é que eu não sabia como te fazer essa proposta. Sei lá, você está tão bem com a sua sala, atendendo suas pacientes...
_Entendo.

    Deram uma pausa para ambas pensarem. Encarar novos rumos, tentar, poderia dar certo, mas também poderia não dar. Luciana estava confusa, não queria falar mais nada, queria ir para sua casa, deitar em sua cama e pensar.

_Lembra que isso é um sonho antigo?

    Olhou para Carol, os olhos da amiga estavam marejados, esperando uma resposta positiva.

_Claro Ká, assim que nos conhecemos no hospital.
– Olhou para o céu – Caramba parece que foi uma eternidade. Sonhávamos com o progresso da Lucadan.
_Vou entender se você não quiser.

    Victor apareceu ofegante, sorrindo. Sorriso esse que desfez ao ver que o rosto delas estava sério demais para estarem em uma festa infantil.

_Amor, acho melhor cantarmos os parabéns. A Mariana está sonolenta.
_Vai na frente.

    Assim que ele saiu olhou para Carol, podia sentir tensão no rosto da amiga:

_Podemos conversar sobre isso uma outra hora?
_Como quiser, Lucy.
_Então vamos lá.

    Juntas foram até o salão. Luciana procurou se distrair e focar na festa, Mariana estava empolgada, mas com os olhos cansados. Achou melhor cantar logo parabéns, Victor segurou-a no braço enquanto Luciana se aproximava da mesa com Gabriela, estava feliz, todos estavam ali, sorridentes em um momento tão intimo e bom.

    Após servirem o bolo alguns convidados foram embora, ficando só família e alguns amigos. A energia de Gabriela parecia não ter fim, estava empolgada nos brinquedos e com a irmã.

_Nunca pensei que Gabi se apegaria tanto a Mariana.
– Marisa se aproximou de Luciana.
_Nem eu, pensei que ela fosse ter ciúme.
_Acho que vai muito pela criação e pelo o que estou vendo, você e o Victor estão fazendo certo.
_É duro quando temos que repreendê-las, mas é para o bem delas.

    Observava a filha brincar quando Carol apareceu.

_Lucy, tenho que ir.
_Mas já? Fica mais um pouco.
_Não, amanhã tenho plantão no hospital. E quanto aquele assunto só me dê a resposta quando puder.
_Tá certo. Muito obrigada.

    Abraçou a amiga e sentiu uma paz dentro de si. Ouviu um baque, Gabriela estava chorando e as duas sorriram:

_É, me deixa ir lá resgatá-la e tirar do brinquedo.
_A melhor fase é essa. Tchau.

    Foi até a filha que estava chorando muito, reclamando do joelho.

_Vai passar meu anjo.

    Aproximou-se com a filha nos braços, Mariana já dormia no colo de Tatianna.

_É, acho que a festa acabou já que a aniversariante está dormindo.
_Também acho, Seu Ronald.
– Olhou para Victor – Amor as coloca no carro que vou pegar a caixa de presentes e acertar tudo aqui com o buffet.

    Finalizou tudo e voltou para casa, estava um tanto pensativa sobre a proposta feita pela amiga. Colocou as filhas para dormir e desceu para a cozinha, Joyce e Lucas estavam esperando-a para falar algo.

_Me chamaram, aqui estou.
_Minha filha, precisamos falar algo para você. Espero que não se chateie.

    Estranhou o tom de voz do pai, Victor estava chegando e abraçou-a por trás.

Luciana:
_Fala logo, Pai.
Joyce: _Espero que isso não seja motivo de confusão. Justo agora que estamos tão próximas. – Olhou para Lucas – Fala logo.
Lucas: _Porque eu tenho que falar para eles? Fala você
Joyce: _A filha não é minha.
Luciana: _Tá, vão direto ao assunto. Isso está me deixando nervosa.

    Victor sorriu próximo ao seu ouvido.

Lucas: _Bom, nós... O que você acha de ter um irmãozinho?

   Os olhos de Luciana correram para a barriga de Joyce.

_Como assim?! Vocês... Joy está grávida? Como pode isso?

Joyce: _Calma Lucy, não estou grávida.
Luciana: _Pai! Quer dizer que eu tenho um irmão? Você teve um relacionamento extraconjugal...
Lucas: _Também não é nada disso, Luciana. Eu e a Joyce percebemos que a casa está tão sem vida, triste, que decidimos adotar uma criança.

    Os olhos dela ficaram rasos de emoção, sentou-se na primeira cadeira que viu na frente.

_Amor, você está com as mãos geladas.
– Victor segurou-as
_Caramba... Isso é lindo! Eu sempre fui a favor da adoção. – Mexeu-se na cadeira – Mas me digam, ele já está na sua casa? E porque você não o trouxe Pai!

Lucas: _Não é tão fácil assim. Entramos com o pedido, mas estamos na lista de espera.
Luciana: _Pensei que iria ser fácil já que você tem um emprego fixo, residência fixa...
Joyce: _Mas ele não é casado, ele é viúvo.
Lucas: _E é sobre isso o que queremos falar – Puxou Joyce para ficar do seu lado. – Decidimos casar.

   Luciana levantou-se empolgada:

_Pode deixar Joy, te ajudo nos preparativos, o vestido, as flores na Igreja...
_Não Luciana. Só vamos nos casar no civil. Uma cerimônia simples e lá no cartório mesmo.
– Olhou para Joyce – Ela não quer festa.
_E não quero mesmo
– O abraçou de lado – Estamos felizes, isso é o que importa. Vocês poderiam ser nossos padrinhos.
_Seria uma honra
– Victor sorriu – Então, parabéns?
_Acho que é isso.


   Luciana os abraçou passando energia positiva. Subiu para o quarto, deixando Victor conversando com eles. Relaxou enquanto tomou um banho, logo em seguida sentou-se na cama, encostada a cabeceira. Aquela proposta que Carol lhe fizera estava muito tentadora. Ficou vagando em seus pensamentos até sentir a presença de Victor que agora desligava a luz do banheiro e sentava do seu lado.

_Está pensativa hoje.
_Lembrei que fez um ano que a Mariana nasceu. Um ano que tudo aquilo aconteceu.
– Passou a mão no cabelo dele, o acariciando
_Já passou, quero esquecer.
_Também não quero lembrar mais.
– Balançou a cabeça – Passei por tantas coisas e que foram a causa de a Mariana ter nascido antes do tempo. – Olhou para ele – Mas depois de um ano, como você está?

    Victor respirou fundo, aquelas lembranças ficaram gravadas em sua memória.

_Estou bem. Claro que às vezes me bate o desespero quando estou em um local estranho e sozinho, mas nada que me faça cair de novo.
_Assim fico mais tranquila.

   Deitou-se, Victor foi junto, abraçando-a por trás.

_Sobre o que você e a Carol conversavam?
_Ela desfez a sociedade com o Daniel.
_Poxa. Bom pra ela.

   Ficaram alguns segundos em silêncio, Luciana remexeu-se na cama:

_Não sabia que uma festa de filho cansasse tanto.
_Você está cansada? Juro que não estou
– Apertou-a na cintura, sussurrando no ouvido dela – Dá até pra namorar essa noite.
_Fica pra outro dia, estou muito cansada Vih.
_Ahhh minha senhora, esse cansaço logo passa. Quer ver?


    Virou-a para ficar de frente, passando as mãos pela nuca de Luciana e encostando-lhe os lábios. O beijo intenso não os acalmava, só acendia mais o fogo da paixão, as mãos dela espalmavam nas costas de Victor. Finalizando o beijo, desceu os lábios para o pescoço dela, com as mãos ágeis puxando a alça da camisola que Luciana usava, ela já se contorcia de ansiedade. Os lábios dele fizeram um percurso até o colo, descendo mais e abocanhando um dos seios, fazendo-a arfar e entrelaçar as mãos na nuca dele. Poderia parar, mas não, Victor desceu uma das mãos, apertando a coxa de Luciana, logo subindo e achando o caminho do prazer, explorando com seus dedos ainda por cima da lingerie. A essa altura ela já estava gemendo baixinho, suplicando para ele ir mais além.

    Inverteu as posições, deitando sobre ele, trocando olhares íntimos enquanto descia as mãos pelo peitoral de Victor.

_Acho que meu cansaço já passou.

    Sorriu enquanto sentava e inclinava o rosto para beijar os lábios dele, um beijo provocativo, mostrando o que sua língua era capaz e assim mostrou: Desceu os beijos para o pescoço, peitoral, abdômen, parando e erguendo o rosto para saber se podia ir mais além. Com um sorriso Victor indicou-a para ir adiante. Por cima da boxer, Luciana podia senti-lo mais vivo, ativo e esperando para que ela liberasse-o daquela prisão de acumulo de prazer, levemente apertou-o vendo-o se inclinar para frente e gemer entre os lábios. Voltou a beijá-lo, encaixando seu quadril ao dele, remexendo-o para sentir o encontro das intimidades mesmo que ainda estando com as peças intimas. Parou de beijá-lo para sussurrar com seus lábios encostados aos dele:

_Eu te amo, Victor.

    Sentiu as mãos do marido segurar-lhe a cintura e puxá-la para baixo, podia sentir o membro rígido encostando em seu corpo. Sentou-se sobre ele mais uma vez, agora indo direto ao ponto, puxando a cueca dele, acariciando-o, olhando para o rosto de Victor enquanto fazia as expressões de prazer. Ele sabia que ela era seu ponto fraco, não resistia aos carinhos e teve que se conter quando sentiu a boca dela onde antes as mãos estavam, Luciana fazia movimentos contínuos, tendo a dosagem certa de ir além, sugando-o, o deixando entorpecido e sem saber mais o que pensar ou falar. Segurou-a, invertendo as posições e retirando a calcinha dela, passando os dedos pela intimidade que já estava pronta para recebê-lo.

    Ficando entre as pernas de Luciana, Victor investiu lentamente, absorvendo cada segundo em que o rosto dela demonstrava o prazer que estava recebendo. Queria gravar na memória as caras e bocas que ela fazia, amava o jeito como ela se rendia para ele. Luciana abriu os olhos e navegou naquele par de olhos castanhos que agora eram seu inferno, seu calor, sua emoção. Juntos olharam para baixo e viam a maravilha que eram, nesse momento eram apenas um, um só corpo, uma só alma. O prazer dela estava chegando, passando as mãos na nuca de Victor, puxando os cabelos da região enquanto mordia o próprio lábio para conter seus gemidos alto, sentindo-o acelerar os movimentos e sussurrar palavras para o momento, atiçá-la e enfim chegar ao seu paraíso, sua paz de espírito. Não demorou muito para também sentir o ápice e assim ajoelhar-se e em movimentos rápidos e fortes, segurando o quadril dela, chegar a sua plenitude, seus gemidos foram se tornando falhos, a voz rouca e sua respiração desregular. Deitou sobre ela, tomando-lhe os lábios e beijando-a como forma de agradecimento.

    Victor deitou-se acomodando a cabeça no travesseiro, Luciana aninhou-se em seu peito, ainda com a respiração forte.

_Queria sua opinião.
– Sussurrou após alguns minutos de silêncio.
_Fala meu anjo – Acariciou o cabelo dela.
_A Carol me fez uma proposta. Ela quer que... Eu faça uma sociedade e juntas abrirmos uma clinica.
_Não é uma idéia ruim. Porque não faz isso?
_Tem a sala medica que você me deu Vih
– Encostou o queixo no peito dele, o encarando
_Vende.
_Não concordo, presente é presente.
_Luciana, você tem que se arriscar. Se com o louco do Daniel, a sociedade deu certo por anos, porque com a sua amiga não dará certo, hum?

   Luciana calou-se por alguns segundos.

_Acho que você ficaria mal se eu vendesse a sala.
_Não senhora. Eu te dei, você faz dela o que bem entender.
_Mas aí vem reforma, não vamos alugar ou comprar um ponto e abrirmos a clinica. Vai vir dinheiro, vêm equipamentos...
_Eu ajudo, posso te dar uma quantia...
_Victor, eu não quero.
– Saiu dos braços dele, deitando no travesseiro – Seu dinheiro é seu, meu é meu.
_Que pensamento mais feminista, amor
. – Virou-se de lado, passando a mão na barriga dela, acariciando.
_Sabe que eu não gosto de falar sobre finanças com você.
_Sei... Sempre orgulhosa.
– Beijou-lhe o rosto – Mas não tenha vergonha se precisar de mim.
_Eu sei. Por enquanto vai ser isso, depois eu vejo. Ainda tem a parte dela.
– Ficou imaginando como a clinica seria – Quero fazer festa de inauguração.
_Lá vem ela com os eventos...
– Rolou os olhos.
_Vai ser maneiro, Vih. Ahh amanhã converso com a Carol.
– Deu-lhe um selinho rápido – Boa noite.  
_Dorme bem, meu anjo.

Continua...     

2 comentários:

  1. Coloquei meu nome na historia e viajei nessa emoção de muito prazer com meu lindo Victor Chaves... Tamy geminha vc é muito inteligente...Parabéns por todos os seus contos...Arrasaaaaaaaaa...Te amoooo...Bjs Sueli

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  2. Ahhhhhhhhhhhh Geminha sua lindaaaaa! Escrevo esses capítulos hots pensando em vcs safadinhaaaas! KKKKKKKKKKKKKKKK Bjs Su, Te amooooo *.*

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