quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Cap. 32


All this time you've been telling me lies
(Todo esse tempo você esteve me dizendo mentiras)
Hidden in bags that are under your eyes
(Escondidas em bolsas que estão debaixo dos seus olhos)
And when I asked you I knew I was right
(E quando eu te perguntei, eu sabia que estava certo)

                            (Too Close For Confort – McFly)


_O que?! – Luciana ficou boquiaberta.

   Tatianna não estava bem, sentiu isso após receber uma mensagem dela lhe convidando para almoçar em um restaurante. Agora, já sentadas a mesa esperando o prato, ela desabafou.

_Sim, eu já havia desconfiado e até fingi não ver, mas ler aquelas trocas de mensagens no celular, foi o fim.
– Em momento algum retirou seus óculos escuros
_Mas deve ter sido algo rápido, Tati. Não imagino o Leo fazendo isso, tendo uma vida dupla. Sei lá.
_Por um momento até achei que ele iria discutir e logo vir pedindo perdão, mas ele mesmo fez questão de dizer que não estava agüentando mais, que queria ser feliz.
– Parou para controlar o choro – Lucy, ele saiu de casa, levou tudo dele. Disse que só estava comigo por causa dos pequenos e que agora queria ser feliz. Porque ele faria isso? Só pode ter sido essa mulher aí.
_Tô tentando me lembrar dessa tal de Clarisse, mas são tantas. Acho que só vendo uma foto para saber.
– Segurou as mãos de Tatianna – Nada vai mudar entre nós. Mesmo que vocês cheguem a se separar, eu estarei aqui como amiga.
_Eu sabia que poderia desabafar com você. Só não te liguei ontem de madrugada porque poderia estar dormindo. Eu só quero saber onde ele passou a noite ontem.
_Fica tranqüila, ele dormiu lá.

   Continuaram a conversa, Luciana ainda estava boquiaberta com a calmaria que Tatianna passava, sabia que se fosse ela no lugar, já estaria se descabelando, chorando. Em sua mente passou algo: E se Victor tivesse oportunidade de traí-la, será que ele resistiria? Ficou com esse pensamento até chegar em casa, ele tinha saído com Gabriela para a fazenda. Sendo assim, ela aproveitou para tomar um banho e relaxar, não no seu quarto. Ela sentia leves arrepios só de pensar no sonho que tivera naquela madrugada.

   Estava tão empolgada lendo um livro que não percebeu a presença dele com sua filha nos braços. Sorriu ao ver os dois, abraçando-os, Joyce se ofereceu para subir com Gabriela e dar-lhe um banho. Olhou para o marido com ternura, Victor abraçou-a e juntos sentaram no sofá.

_Como foi seu dia?
_Cansativo. Gabriela puxa toda a minha energia
– Sorriu lembrando da filha se divertindo na fazenda – Mas não existe momento mais gostoso do que vê-la empolgada olhando os cavalos. E o seu como foi?
_Cheio de trabalho, e amanhã ainda tenho plantão no hospital.
– Choramingou – Juro que to com vontade de pegar minha licença logo.
_Êh chorona
– Abraçou-a de lado, beijando-lhe o rosto

   Eles faziam carinho em silêncio, Luciana estava com os olhos fechados quando lembrou-se da conversa que teve com Tatianna.

_O Leo se separou da Tati. Ainda não acredito.
_Pior de tudo é saber que o pivô da separação foi uma menina.
– Soltou o ar que prendia nos pulmões – Desculpa por não ter te contado, Lu. O assunto era do Leo e não meu.
_Tudo bem. Mas acho ridículo isso dos homens saírem a procura de prazer fora de casa, esquecendo das esposas. Quando elas descobrem olha no que dá, acaba toda aquela estrutura de confiança que existia entre ambos.

   Victor remexeu-se inquieto, a indireta estava sendo recebida com sucesso, caiu como uma luva. Se antes sentia vontade de contar algo sobre Katherine, naquele momento todas as chances acabaram.

_Eu vou resolver umas coisas na minha sala.

   Saiu o mais rápido possível dali, nos seus olhos exalava a mentira prestes a ser descoberta. No momento, traição era uma palavra que não podia entrar em sua vida.

   Luciana estranhou o jeito de Victor agir naquela situação, estava escondendo algo, só não tinha coragem de lhe contar. Em passos largos foi até o studio, batendo de leve na porta, recebendo a autorização dele, entrou.

_Vih, você tem algo para me dizer?

  Foi pego de surpresa, até sobressaltou assustado.

_Eu? Por quê? Está desconfiada até de mim? O casamento do Leo e da Tati é deles, Luciana. Não temos nada a ver.
_Só fiz uma pergunta, você que está aí todo desconfiado.
_Claro, você me faz uma pergunta dessas depois da nossa ultima conversa.
– Não ousou em olhar novamente para ela – Se eu tivesse algo a dizer, eu diria. – Pegou o violão e ficou dedilhando

   Sem falar mais nada, Luciana fechou a porta e saiu. Algo a estava perturbando, poderia ser o sonho que tivera e agora que viu o casamento do cunhado desestruturar, achar defeito no seu também. Não quis pensar em mais nada, tomou um banho e adormeceu.



***

   Pela janela do seu consultório, Luciana pode ver o céu em seu tom mais escuro revelando a noite que se iniciava. Estava exausta, mas como sempre, detestava bagunça em sua sala. Raquel fora pegar algumas fichas enquanto ela organizava sua estante, ouviu barulho de salto que com certeza não era da sua recepcionista. O cheiro do perfume doce quase a fez pôr para fora todo o alimento que digerira naquela tarde.

_Olá Lucy.

   Aquela voz enjoada, Luciana nem lembrava mais como era. Em gestos lentos, foi virando e viu Sarah Oliver como sempre fora: Roupas de grife, maquiagem perfeita, um sorriso debochado em seus lábios. Ela por ali com certeza era algo que estava aprontando.

_Oi Sarah. Como está.
– Procurou o melhor tom de voz para disfarçar sua irritação.
_Bem e você, como foi de viagem?
_Foi perfeito, estava precisando desse curso.
_Coragem sua abandonar marido e filha para tentar algo lá fora.
_Não abandonei, o Victor me entende e até me deu forças para ir a Havana.
_Agora entendo o por que.
– Sarah sorriu fraco.
_Nos entendemos. Ele me faz feliz a cada dia.

   Luciana estava vibrando dentro de si, Sarah demonstrou com um olhar que não estava gostando daquele papo.

_Tem certeza que se sente feliz ao lado do Victor?
_Existe prova melhor que essa?
– Acariciou a barriga.
_Expor demais um relacionamento é porque significa que tudo não passa de uma mentira, não acha?
_Do que está falando?
_Que a vida nem sempre é linda. Impossível uma mulher viver feliz ao lado do Victor, esse homem nasceu pra ser de todas.
_Pena que ele me escolheu.

   Luciana tremia por dentro, queria acabar com aquele assunto logo, tinha medo de Sarah falar o que estava preso em sua garganta. Mudou o rumo da conversa:

_E você, o que faz em meu consultório? Não me diga que está... Grávida?
_Credo, vira essa boca pra lá.
– Fez um gesto com as mãos para afastar algo invisível – Não quero ser mãe novamente. Marina já foi o suficiente para eu ter me arrependido de ter colocado aquele ser no mundo.
_Então, pra que veio? Vamos ser sinceras, nosso santo não bate.
_Espere! Nós não estamos suportando uma a outra porque você tirou o Victor de mim.
_De você?
– Riu sarcástica – E desde quando o Victor tem dona? Se enxerga, Sarah.
_Tá, hoje eu vim na missão de paz. Você não merece, mas vou abrir seus olhos.
– Mexeu na bolsa – Enquanto você viajava a trabalho, o Victor andava freqüentando a casa de uma velha amiga. E acho que não era para somente conversarem.

   Luciana ficou boquiaberta, já estava esperando a “facada”, mas não imaginasse que iria lhe doer tanto.

_Sai daqui, não vou ouvir mais nada. Você como sempre querendo achar um buraco para se enfiar e ferrar com a nossa vida.

   Deu-lhe as costas e voltou a olhar para a estante só para não olhar para Sarah.

_Ok, sabia que você não iria acreditar em mim, mas caso queira ver a realidade diante dos seus olhos, tome isto...

   Ainda de costas, ouviu quando Sarah colocou algo em sua mesa, eram papeis.

_Se achar que fotos não são o suficiente, tome essa prova mais concreta.
– Colocou algo a mais na mesa.

   Sarah se foi, Luciana sabia ao ouvir o barulho dos seus saltos agulha de distanciando. Rapidamente virou-se, pegando o envelope apressadamente. As primeiras fotos eram de Victor chegando em uma casa, com uma mala de mãos. Seu coração doía com medo das próximas fotos...

_Doutora?

  Sobressaltou-se na cadeira, rapidamente jogando tudo em sua gaveta.

_Oi Raquel.
_Já terminei tudo...
– Olhou desconfiada para Luciana – Está tudo bem?
_Sim.
– Balançou a cabeça rapidamente.
_Se quiser eu posso ficar, Luciana.
_Não. Vá, pode ir. 
– Sua voz estava fraca.
_Ok. Os históricos das gestantes que serão atendidas com Doutor Guilherme enquanto você estiver de licença estão na recepção.
_Eu vou ler eles em casa. Obrigada.

   Assim que sentiu que Raquel se fora, puxou rapidamente as fotos. A foto seguinte fez Luciana ficar incrédula com o grau de intimidade que Victor tinha com a tal garota, analisando profundamente, ela percebeu que a moça era Katherine. Levou a mão na boca, segurando um soluço de susto. Nas fotos existam a data e a hora desde que ele entrara naquela casa, até a saída de Victor na manhã do dia seguinte.

   Um homem e uma mulher, a sós em uma casa, por uma noite... Essa cena se repetira na vida dela, porém, na versão anterior Luciana quem era a personagem principal. Uma amizade que acabou se tornando algo a mais.

   Saiu rapidamente da sua clínica, ainda não aceitava isso, Victor não seria capaz de tamanha baixaria. Lembrou-se do CD que Sarah havia colocado na mesa ao lado do envelope, colocou-o para tocar:

“_Alô?
_Victor me ouve...  Me dá uma chance.
_Esquece isso, Kate. Seria loucura.
_Uma loucura boa. Você gostou, eu senti isso enquanto transávamos e te dava prazer.
_Não vou mentir, eu gostei, mas agora não dá. Eu já cometi uma loucura na minha vida ao ficar com Luciana, não vou te colocar em uma furada. Você é linda Kate e merece alguém que lhe dê valor.”


   Foi preciso parar o carro para se recompor do que acabara de ouvir. Pior do que as fotos, era saber o que Victor pensava sobre o relacionamento deles. Encostou a cabeça no volante enquanto soluçava em meio ao choro, ainda achando que tudo não passava de um pesadelo e que logo iria acordar, assim como quando sonhou com Gabriela. Voltou para casa furiosa, Victor não estava, mas logo estaria chegando após o show daquela madrugada, ela iria esperá-lo. Tentou ler os históricos de suas pacientes, foi em vão. No seu celular, as chamadas eram várias, Victor ligava insistentemente, mas Luciana não tinha focas para atender.

   Estranhando, Victor continuava em ligar para Luciana.

_Estranho. A Lu não está atendendo minhas ligações.
_Ela deve ter colocado no silencioso, Vitor.
_Luciana nunca fez isso, Leo.
_Falta pouco para você vê-la.

   Fez um gesto positivo para o irmão só para acabar com aquela conversa, e permaneceu assim, calado, o tempo inteiro. Falou rapidamente com Leo assim que descera do jatinho, voltou para casa mais rápido o possível, durante o trajeto, ligava outras vezes mais para Luciana. Ao chegar, tudo estava calmo, as luzes apagadas. Passou pela sala e uma luz acendeu, fazendo-o virar rapidamente e achar Luciana ali. A iluminação era fraca, mas pode ver a expressão de tristeza dela, que lhe olhava sem para, nada dissera.

_Amor eu te liguei direto. Onde deixou seu celular?
– Foi até ela e beijou-lhe o topo da cabeça. – Está tudo bem?
_Sim.
– Respondeu vagamente.

   Estranhando o clima, Victor subiu para o quarto e logo foi para o banheiro, precisava de um banho para relaxar. Voltando para o closet, Luciana o seguiu:

_Você tem algo para me contar?

   Enquanto colocava sua cueca, Victor olhou para Luciana, agora com aquela luz clara viu que os olhos dela estavam vermelhos, inchados, revelando que ela passara a noite toda chorando.

_O que eu teria pra te contar?
_Sei lá.
– Encostou-se de lado na parede, cruzando os braços. – Algo que fez enquanto eu estava viajando.

   Victor soltou o ar pesadamente. Seu coração aumentou o ritmo, mas prometeu a si mesmo de mentir até o fim.

_O que já vieram te contar? Encheram sua cabeça com asneiras e por isso você está assim. Acertei?
– Ergueu as sobrancelhas.
_Não fale por mim, apenas quero que seja sincero. Você andou freqüentando a casa de alguma “amiga” (Fez o gesto das aspas com as mãos)
_Claro que não, Luciana. Às vezes você acredita no que te falam, usa a cabeça ao menos uma vez nessa sua vida. Se tivesse acontecido algo, com certeza eu te diria.

   Deu as costas a ela para abrir a mala e pegar alguns objetos necessários. Luciana apenas observou com lagrimas nos olhos.

_Às vezes eu fico imaginando até onde vai a capacidade do ser humano mentir. Dessa vez você foi longe demais, Victor. Eu só queria lealdade e confiança mesmo que você tivesse feito algo de errado.
_Quer calar a boca?!
– Fechou a mala em um gesto impaciente, virando-se para ela – Eu cheguei cansado, preocupado porque te liguei e você não atendia a porra do celular e agora me vem com papo de lealdade?

   Passou por ela rapidamente, quase esbarrando. Luciana não ia deixar barato ou pra depois, pegou o envelope, retirou as fotos, não esquecendo do CD; em passos largos foi até o quarto, achando Victor preocupado, com uma mão na cintura e a outra em uma das têmporas, de costas para ela.

_Da próxima vez faça suas porcarias direito.

   Virou-se rapidamente, tempo suficiente para receber as fotos que ela jogava para ele, batem no corpo de Victor e caíram no chão.

_E agora, o que você tem a dizer, Victor?

   Ele agachou-se segurando cada foto, não acreditando que aquilo estava acontecendo. Teria que arranjar alguma desculpa convincente.

_Fotos não dizem nada. Principalmente nessas, eu estava na casa da Kate sim, mas nada prova que houve algo a mais. Você tem que parar de ser tão neurótica assim ou o nosso casamento irá ao fim.
_Nosso casamento já foi ao fim depois disso.
– Colocou o CD na cama – Acho bom você ouvir também.

   Victor segurou o CD, com receio, balançando a cabeça negativamente.

_Mas que porra é essa?
– Sussurrou.
_Então você acha que fez a maior burrada ao me aceitar na sua vida além da amizade, é isso?
– Sua voz estava falha, entrecortada. Em seus olhos, as lagrimas voltavam – Ficou comigo por pressão, por pena? Eu nunca pensei que fosse te dizer isso, mas... Eu te odeio, Victor.

   Chorando, Luciana foi para o closet, pegando sua mala e separando algumas roupas.

_O que você está fazendo?
– Victor estava mais branco que a parede.
_Tentando me afastar de você.
_Espera Luciana. 
– Tocou-lhe o braço – As coisas não são assim. Vamos sentar e conversar.
_Eu já perdi meu tempo demais com você
– Limpou as lagrimas

   Desesperado. Era assim que Victor estava, ainda não tinha ouvido aquele CD, mas sabia que não era nada bom contido nele. Em sua mente procurava um jeito de frear a situação.

_Você vai embora, é isso?
_Sim.
– Pegou mais roupas, ignorando a presença dele
_Quer ir, vá. Mas minha filha fica.

  Luciana fitou-o reprovando tudo o que ele dissera.

_A Gabi vai comigo para onde eu for.
– Alterou a voz
_Não. Daqui minha filha não sai. Você tem que agir como uma adulta, Luciana.
_Eu agi até agora Victor e você não vai me impedir de passar por aquela porta sem a minha filha.
_Se vira como pode, mas daqui a Gabriela não sai. Tenho dito. Quer sair pra refrescar a cabeça tudo bem, mas não ponha a vida da nossa filha em risco.
_Acho que você não entendeu... NOSSO CASAMENTO ACABOU, VICTOR!
_NÃO ACABOU, EU SEI DISSO. VOCÊ SÓ VAI AGIR COMO UMA ADOLESCENTE COMO SEMPRE AGIU EM TODA SUA VIDA. BRIGA COMIGO, DIZ QUE VAI EMBORA, MAS VOLTA ME PEDINDO PERDÃO.
_SE TEM ALGUÉM QUE TEM QUE PEDIR PERDÃO, ESSE ALGUÉM NÃO SOU EU. NOSSO CASAMENTO ACABOU SIM.

   Victor retirou-se do closet, sentou na cama. Estava com medo de perder Luciana, naquele momento sentiu o peso da sua consciência, o medo lhe invadir. Talvez contando a verdade a ela tudo fosse normalizar. Voltou um pouco mais calmo.

_Hei.
– Tirou uma peça de roupa que Luciana estava colocando na mala – Para com isso.
_Me deixa Victor e não toca em mim.
– Falou entre os dentes.
_Ok.
– Afastou-se dela. – Sim. Eu te traí, não vou mentir. Acontece que... Foi o calor do momento, sou um fraco. – Sentiu-se humilhado por se rebaixar tanto – A culpa também é sua, não mando viajar e me deixar sozinho.

   Luciana direcionou o olhar para ele, agora Victor atingira o limite máximo da impaciência dela. Ela estava incrédula ao ouvir tudo aquilo de uma vez só.

_No começo eu fiquei com você por pena. Mas eu não sabia que me apegaria tanto a você.
_Eu tô com nojo de você.
– Soluçou entre o choro.

   Com raiva, Luciana retirou a aliança que estava dedo anelar esquerdo, jogou na cara de Victor, que se encolheu para o objeto não lhe ferir e ir direto ao chão.

_ACABOU. NÃO QUERO TE VER NA MINHA FRENTE NUNCA MAIS.

   Dessa vez ela chorou alto, urrando de dor. Doía-lhe ouvir tantas palavras ditas ao ponto de lhe machucarem não na carne do seu corpo, mas na sua alma. Estava esgotada fisicamente e mentalmente.  

   Victor nunca fora tão humilhado em toda sua vida como naquele momento, aquela aliança que ele comprou com todo seu amor, a mesma em que juraram um amor eterno diante do altar, agora não simbolizava nada para ambos.

_Não precisa sair. Eu me retiro.
_A casa é sua...
_Não! Como palavra, minha filha fica nela e como você não quer deixá-la, saio eu.

   Colocou uma roupa qualquer, pegando a mala, Victor desceu e entrou no seu carro. Seu coração batia fortemente, de estresse, tristeza, de dor por saber que tanto ele como ela errou naquela noite. Sentiu que não teria volta, mas agora estava maduro o suficiente para aceitar os fatos.

Continua...

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